COLUNA ZONA FRANCA

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HC X MR

É certo que o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) e o governador Marcos Rocha (União Brasil), vão estar indiretamente na sucessão municipal na capital do Estado. Disso ninguém tem dúvidas. O que está  em jogo, na verdade, são as eleições de 2026. A prefeitura de Porto Velho é apenas um aperitivo. O grupo de Chaves terá Mariana Carvalho (Republicanos), como pré-candidata já definida.

HC X MR 2

O entorno do governador vai realizar uma pesquisa para saber quem será o candidato. O grupo é misógino, só tem macho! Vão estar na pesquisa o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), o deputado estadual, presidente da ALE-RO, Marcelo Cruz (PRD) e o ex-deputado federal Léo Moraes (Podemos). A deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil), ficou de fora.

Lopes no PL

Na verdade, Cristiane Lopes está mais para o PL do que para o União Brasil. Se migrar pra sigla bolsonarista, ela vai  se deparar com o pré-candidato a prefeito de Porto Velho, coronel Chrisóstomo.

Quem será o vice de Vini?

É quase que uma certeza o martelo ser batido em torno do nome do jovem advogado e ativista dos direitos humanos, Vinícius Miguel (PSB), filho do presidente do  Tribunal de Justiça de Rondônia, Raduan Miguel, pra representar  Frente Progressista composta por quase de partidos. E a pergunta é, quem será o ou a candidato(a) vice neste frentão? Nomes não faltam. Tem bons nomes no MDB, PT, Rede, PSOL, etc.

Quem será o vice de Vini? 2

Provavelmente em meados de março já se tenha o nome do vice de Vini. Reuniões, encontros, assembleias, tudo de direito, serão realizados nesse sentido.  E terão que decidir logo. O tempo não para.

Senado, 2026

Serão duas vagas para o Senado, em 2026. Para muitos, é mais fácil se eleger senador do a governador. Além do que, o mandato de senador é de 8 nos. Para quem gosta de tranquilidade, o Senado é o caminho. Mas, ser governador tem lá suas vantagens. Pode nomear pessoas para centenas de cargos, exercer o poder sobre todas as prefeituras, etc.

Sobre identitários

Lula causou maior polêmica ao descer a lenha na pauta identitária durante o ato de filiação de Marta Suplicy. Em alguns segundos, de forma apaixonada, disse que a pessoa deve se candidatar não por ser mulher ou negra ou isso ou aquilo. Deve se candidatar por querer ser liderança real aos movimentos sociais e não pela identidade. Lula tem toda a razão. Tem que ter votos! Na verdade, negro não vota em negros, gay não vota em gay, professor, não vota em professor. Branco vota em branco. Rico vota em rico. Pobre vota em rico. Pronto, falei!

Sobre identitários 2

Imitando a voz de Lula, “ah, tem ter uma mulher no STF”. Sim, tem que ter. Mas, antes, precisa ter mulheres no Congresso Nacional. Muitas. O suficiente para exigirem (com razão), duas, três ou mais mulheres no STF. Se as mulheres não elegem as próprias mulheres ao Senado, à Câmara Federal, como querem uma mulher no STF, em ministérios? A mesma regra vale para negros, gays, quilombolas, indígenas, etc. Pronto, falei de novo!

A riqueza não é vilã – os ricos sim

Nos últimos 30 dias fomos alcançados por duas notícias que jogam por terra a ideia de que a riqueza tira o coração das pessoas e coloca um cofre em seu lugar. Os integrantes da direita escravagista acham que há direitos trabalhistas de mais – e lucros de menos. Os integrantes da direita conservadora acreditam que há políticas sociais em exagero – e que políticas “de fomento à produção e ao mercado” são escassas. Os liberais de direita acham que há “muito Estado” e pouca liberdade para que possam praticar o Deus que cultuam: a meritocracia.

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No último Fórum Econômico realizado em Davos, na Suíça, um grupo de 250 super-ricos apresentou um documento em que pedia que os países cobrassem mais impostos deles e de todos os super-ricos do planeta. Certamente esse gesto não deriva da generosidade que o cofre, digo, coração de cada um deles possa conter. O que há é a constatação tardia de que suas nações/sociedades permitiram-lhes acumular tanto e de tal maneira que se sentem “constrangidos” em viver no meio delas.

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Nesta semana, no Brasil, o Ministério da Fazenda anunciou que os impostos arrecadados dos super-ricos brasileiros foram de tamanha grandeza e em tal volume que já é possível prever que em março, isto mesmo, no terceiro mês do ano em que a cobrança se inicia, não haverá dificuldades de atender as necessidades dos ministérios e não será necessário fazer nenhum tipo de retenção orçamentária. Ou há um erro nisso ou passamos 524 anos brigando – ideologicamente – por nada.

Bolsonaro preso?

Pode ser uma imagem de textoA coluna identifica uma provável estratégia de Bolsonaro. Ele quer ser preso logo, para sair antes das eleições de 2026. Esse cozimento está deixando ele nos nervos. Uma vez preso, o bolsonarismo pega fogo e Bolsonaro acha que poderá repetir a façanha de Lula, que foi preso e milhares de seguidores passaram 580 dias acampados de frente da PF em Curitiba. Além disso, vai alegar perseguição.

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Mesmo que ele não saia candidato em 2026, a prisão dele ajuda o bolsonarismo tanto nestas eleições de 2024, quanto em 2026. A prisão dele é boa para os bolsonaristas e isso não é uma análise de Míriam Leitão. Risos. E com certeza haverá acampamento em frente da Papuda. Por isso ele está fazendo lives, afrontando mais ainda o STF. Porque ele quer ser preso logo. De qualquer forma, é bom ele ser preso logo. Tipo, segunda-feira.

Bolsonarismo é perigoso

O professor da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) João Cezar de Castro Rocha advertiu que, se for comprovado o uso da “Abin paralela” para favorecer os interesses da família Bolsonaro ou para investigar adversários políticos, o bolsonarismo finalmente passará a ser enxergado como a maior ameaça à institucionalidade brasileira que já se viu: “se ficar comprovada a utilização da Abin de forma paralela à oficial para favorecer o clã Bolsonaro […], se ficar comprovado que ministros do Supremo, que promotores e promotoras, desembargadores e desembargadoras, juízes e juízas, deputados e deputadas foram investigados de maneira indistinta, então, pela primeira vez, o Bolsonaro e o bolsonarismo se revelarão para todos pelo que de fato representam: […] a maior ameaça à institucionalidade de toda a história brasileira”, afirmou o professor em entrevista à TV 247.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

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