Roberto Jefferson retoma presidência do PTB ,mas, justiça ordena leilão dos bens do partido

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Nilton Capixaba
Nilton Capixaba exalta qualidades do ex-presidiário Roberto Jefferson
Nilton Capixaba (C) exalta qualidades do ex-presidiário Roberto Jefferson

Rio – O Tribunal de Justiça do Rio ordenou o leilão de todos os bens do diretório regional do PTB, em nome do ex-deputado Roberto Jefferson e sua filha, a deputada federal Cristiane Brasil, em virtude de uma dívida com a Now Produções, contraída em esquema de caixa dois nas eleições de 2004. A Now Produções não recebeu pela campanha do candidato a prefeito de Nova Iguaçu Fernando Gonçalves. A participação da produtora não foi declarada à Justiça Eleitoral. No processo, o PTB disse que a empresa atuou de forma gratuita.

O leilão acontece no momento em que o ex-deputado federal Roberto Jefferson retorna como presidente nacional do PTB. Jefferson, substituindo a filha, deputada Cristiane Brasil (RJ), que estava no comando da legenda. Cristiane é um dos 367 golpistas que disseram “sim” ao impeachment de Dilma.

Em 2012, ele foi condenado a 7 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em seu discurso, Roberto Jefferson agradeceu ao deputado federal Nilton Capixaba, por sempre ter dado apoio a ele, onde citou a honra de ser o padrinho de casamento, ratificando ser uma honra voltar ao comando do PTB, o qual se orgulha muito pelas lutas e conquistas políticas alcançadas ao longo de sua trajetória como parlamentar.

Capixaba disse que esse momento é histórico, uma vez que Roberto Jefferson representa um símbolo de perseverança e luta partidária ao longo de sua trajetória política.

Roberto Jefferson só esqueceu de citar a prisão do ilustre petebista Gim Argelo (DF), pela Operação Lava Jato. E que o partido  arrecadou nas eleições 2014 (doações diretas ao partido + ao comitê + a candidatos do partido) R$ 4,378,730.00 de empresas relacionadas na Lava Jato.

A nova fase da Lava-Jato prendeu Gim Argello, ex-senador do PTB, mas mira outros ex-parlamentares. Eles são suspeitos de partilhar R$ 5,3 milhões em propina para não convocarem dirigentes da OAS e da UTC para depor na Comissão Parlamentar Mista (CPMI) que investigava irregularidades na Petrobras, em 2014.

A OAS é suspeita de pagar R$ 350 mil a Argello e a UTC, R$ 5 milhões. O próprio dono da UTC é um dos colaboradores da Operação Lava-Jato que confirmou ter desembolsado a quantia para não ser convocado a depor na CPMI, tocada pela Câmara Federal e Senado, em conjunto.