O grande perdedor

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No dia 1º de novembro, o cenário político no estado de Rondônia estará completamente alterado. Haverão perdedores e ganhadores. A partir de hoje, começo uma série de avaliações sobre quem estará de um lado ou de outro. Publicarei no site +RO. Início com uma análise sobre os dois principais protagonistas que disputam o governo do estado.

Caso perca as eleições no próximo domingo, o atual governador Marcos Rocha não será o principal derrotado. Ele não perde sozinho. A derrota eleitoral de Mariana Carvalho colocou um óbice enorme no projeto político do grupo no qual do qual o governador faz parte. Se Mariana ganhasse a eleição para o Senado, o caminho estaria pavimentado para que o controle político do estado ficasse com o grupo por, ao menos, oito anos.

Pois bem. Embora os dois concorrentes ao governo no segundo turno sejam alinhados ao mesmo candidato à reeleição no nível federal, as campanhas no segundo turno de ambos têm sido conduzidas de forma tão agressiva que não haverá nenhuma chance de interlocução entre eles após o desfecho eleitoral – seja ele qual for. Com isso, se ganhar Marcos Rocha, os cargos serão preservados. Se perder, Marcos Rocha…

Logo, com o projeto político do grupo comprometido – controlar o Executivo estadual e o do município de Porto Velho e controlar a Assembleia Legislativa – a partir da derrota de Mariana Carvalho, a derrota de Marcos Rocha limitaria os seus espaços na prefeitura controlada com mão de ferro pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB), à uma bancada numerosa na Câmara Federal (quatro deputados), nenhum nome aliado no Senado Federal e a uma bancada na Assembleia sabidamente fisiológica.

Como se vê, para Rocha e seu grupo só há um caminho: vencer ou vencer.

Elizeu Lira