Um dos pilares da prevenção da Covid-19, as máscaras são novidade no dia a dia do brasileiro. A ciência corrobora a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS): uma análise feita com dados de 194 países pela Virginia Commonwealth University, nos Estados Unidos, descobriu que países onde a máscara não era recomendada oficialmente tiveram um aumento de 55% nas mortes por coronavírus a cada semana após o primeiro caso. Nas nações em que o uso do item é cultural, esse aumento foi de 7%.
O uso da máscara no Brasil é obrigatório em vários estados e os cidadãos ainda se sentem confusos sobre qual tipo de máscara devem usar. Não é qualquer pedaço de pano amarrado no rosto que funcionará como filtro para manter o vírus microscópico longe das vias aéreas — cada tecido possui uma trama diferente e, por isso, protege de maneira distinta.
A recomendação oficial da OMS é que a população opte por máscaras de tecido, feitas com três camadas diferentes, e deixe as opções específicas de ambientes hospitalares para os profissionais de saúde. Encaixar corretamente a máscara no rosto também é essencial: não adianta deixar o nariz para fora ou colocar o item no queixo.
Confira, na galeria, as cinco melhores opções para se proteger do coronavírus:
Enrolar um lenço ou camiseta no rosto – É melhor do que nada, mas não é o ideal. Uma camada de algodão com 80 fios é uma das maneiras menos efetivas de bloquear o coronavírus. O mesmo estudo do aspirador de pó afirma que essa opção diminui em 44% o risco de contaminação em 30 segundos
Máscara N95 – É a opção mais recomendada, principalmente para profissionais de saúde. As fibras da máscara são unidas, há um filtro para conter patógenos e encaixa perfeitamente no rosto. Segundo pesquisas, ela tem pelo menos 95% de eficiência. Porém, como a demanda pelo modelo tem sido muito alta, a recomendação é que a população evite comprá-la e deixe para os profissionais de saúde, que estão mais expostos ao vírus.
Máscara cirúrgica – Feita de TNT (tecido não tecido), é a segunda melhor opção. Um estudo de 2013 descobriu que esse modelo é três vezes mais eficaz para conter aerossóis do que a máscara feita em casa — o coronavírus também é difundido por essa via. Uma pesquisa de abril de 2020 mostrou que esse modelo reduz a transmissão de vários tipos de coronavírus. A máscara cirúrgica é recomendada principalmente para profissionais de saúde,
Máscara de três tecidos diferentes – É a recomendada pela OMS para uso da população em geral. O ideal é que seja feita com duas camadas de algodão com mais de 600 fios e uma de seda, chiffon ou flanela, por exemplo. Algumas pesquisas mostram que essa combinação pode ser até mais eficiente do que a máscara cirúrgica para evitar a transmissão de pequenas partículas
Com filtro de aspirador de pó – o material usado no eletrodoméstico pode ser encaixado em uma máscara comum, de tecido. Segundo um estudo do Jornal de Infecção Hospitalar, essa mistura diminui o risco de contaminação em 83% depois de 30 segundos de exposição ao coronavírus
Fonte: Metropoles