Sobe para 16 número de mortos por furacão Laura nos EUA; Trump visita região atingida

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Maioria das vítimas morreu após inalar monóxido de carbono ao tentar ligar gerador por falta de energia, que deve durar os próximos dias.

Subiu para 16 o número de mortes pelo furacão Laura nos Estados Unidos, segundo balanço divulgado neste sábado (29). Embora o governo do estado de Louisiana, um dos estados mais afetados, tenha afirmado que os impactos da tempestade foram menores do que o previsto, autoridades estão preocupadas com a falta de energia no sul dos EUA causada pelo fenômeno.

Essa preocupação aumenta porque, segundo a imprensa americana, mais da metade das vítimas morreu não por causa dos ventos, e sim por asfixia por monóxido de carbono. Segundo a agência Associated Press, essas pessoas morreram ao ligar sem os devidos cuidados os geradores de energia movidos a gás após ficarem horas sem eletricidade.

Na sexta-feira, havia 464.813 usuários sem eletricidade em Louisiana, de acordo com o site Poweroutage.us. E, na cidade de Lake Charles, um incêndio em uma fábrica de produtos químicos gerou uma nuvem tóxica gigantesca que obrigou os moradores a se refugiarem em suas casas.

Além da falta de energia, o estado de Louisiana precisa lidar com a falta de água. O departamento estadual de saúde estima que mais de 220 mil pessoas estejam sem acesso ao recurso. Autoridades temem que a reconstrução completa do serviço de distribuição de água possa demorar mais de um ano até que volte ao normal.

Esses impactos mostram que, embora o governador John Bel Edwards tenha adotado tom otimista, o furacão Laura causou estragos importantes para Louisiana. Ele chegou a dizer que estava “aliviado” com a destruição menor do que o previsto, após meteorologistas inicialmente dizerem que o furacão Laura era “impossível de sobreviver”.

Inundações causadas pelo furacão Laura atingem área ao redor de rodovia no estado de Louisiana, nos EUA; foto de 28 de agosto — Foto: Gerald Herbert/AP Photo

Após atingir a categoria 4, a segunda pior de uma escala que vai até 5, e ventos de 240 km/h, o furacão Laura perdeu força ao chegar ao continente. Ainda assim, a tempestade foi considerada a pior a chegar ao sul dos EUA em cerca de 150 anos — na comparação com a velocidade dos ventos, foi pior até do que o Katrina, furacão que causou enormes estragos em New Orleans há 15 anos.

Antes de causar estragos em Louisiana e no Texas, o Laura deixou rastro de mortes e danos no Caribe, especialmente no Haiti e na República Dominicana. Estima-se que 31 pessoas morreram nesses dois países.

Trump visita região atingida

Donald Trump, de costas e com boné vermelho, visita local destruído pelo furacão Laura em Lake Charles, Louisiana, no sul dos EUA — Foto: Alex Brandon/AP Photo

O presidente Donald Trump, em campanha pela reeleição, visitou na tarde deste sábado as áreas mais afetadas pelo furacão Laura nos estados de Louisiana e Texas. O republicano sobrevoou cidades e elogiou os trabalhos das equipes de resgate e dos profissionais que tentam reconstruir Lake Charles, uma das localidades afetadas.

“Vamos cuidar de vocês”, disse Trump.

Joe Biden, candidato do Partido Democrata à Casa Branca, disse em nota que está em oração pelas vítimas do furacão. “Nós vamos estar aí para ajudar vocês a reconstruírem para melhor”, disse.

Infográfico mostra a rota da tempestade tropical Laura — Foto: Arte/G1

Fonte: G1