Pesquisadores americanos apontam possível tratamento para a asma

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Uma pesquisa realizada por cientistas norte-americanos e publicada na revista inglesa Nature Communications apontou uma nova possibilidade de tratamento contra a asma. Os pesquisadores descobriram que o desenvolvimento dos sintomas ligados à doença está diretamente relacionado com bactérias que vivem alojadas nas vias aéreas superiores.

Ao todo, 214 crianças entre 5 e 11 anos foram analisadas no estudo. O grupo foi escolhido com estes critérios porque a asma é uma doença crônica que se desenvolve na infância. Os pesquisadores coletaram amostras do muco nasal de cada uma delas e constataram que os sintomas da doença estavam mais presentes nos jovens que continham alguns grupos de bactérias na amostra.

Sendo assim, abriu-se uma possibilidade para desenvolver uma nova forma de tratamento para a doença, a partir de estudos destes grupos de bactérias e do manejo delas. Em breve, os pesquisadores farão testes em camundongos para comprovar a relação entre estes microrganismos e a asma.

A esperança é que seja possível suplementar o organismo das crianças afetadas com bactérias boas, ou até mesmo fazer alterações no conjunto de microrganismos que vivem nas vias aéreas dos pacientes, com o objetivo de reduzir os sintomas da doença. A asma é uma doença muito complexa e está ligada a diversos fatores, logo, o manejo dessas bactérias provavelmente não proporcionará um tratamento definitivo, mas será muito útil para aliviar os sintomas e interromper a evolução já nos primeiros anos de vida.

Números sobre a Asma preocupam no Brasil e no mundo

No Brasil, mais de 6 milhões de pessoas acima dos 18 anos sofrem com a doença. Os números são extremamente preocupantes, pois a asma é a quarta maior causa de hospitalização em todo o território nacional: são cerca de 300 mil internações por ano, que custam mais de R$500 milhões aos cofres públicos.

A doença mata entre três e seis pessoas todos os dias no país. No mundo, a asma atinge mais de 235 milhões de pessoas e em Rondônia não é diferente. Mais de 21 mil pessoas portadoras de doenças crônicas recebem remédios da Farmácia Especializada e a asma grave está entre as doenças mais recorrentes entre os pacientes do estado.

Apesar de não ter cura, é possível controlar a asma, desde que o paciente tenha responsabilidade. Os remédios são o primeiro passo para manter a qualidade de vida e não ter maiores complicações. Porém, boa parte dos medicamentos para asma exige o uso de um nebulizador, sendo um processo um pouco mais complicado do que o uso de remédios comuns, o que faz com que muitos pacientes relaxem no tratamento. Além de manter a medicação em dia, fazer exercícios também ajuda a pessoa asmática, pois as atividades físicas aumentam a capacidade pulmonar, aliviando os sintomas.