PDT suspende Sílvia Cristina (RO) e mais sete infiéis da reforma da Previdência

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O voto de Silvia irritou o PDT

A Executiva Nacional do PDT decidiu nesta quarta-feira (17) suspender a deputada federal Sílvia Cristina (RO) e mais sete deputados da sigla por terem contrariado a orientação da sigla e votado a favor da proposta de reforma da Previdência . Foi instaurado processo disciplinar contra os oito parlamentares, que agora passam a ter suas representações partidárias suspensas até que o processo seja concluído – o que pode demorar até 60 dias.

Além de Sílvia Cristina, também estão suspensos os deputados Alex Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Tábata Amaral (SP), Marlon Santos (RS), Jesus Sérgio (AC), Gil Cutrim (MA) e Flávio Nogueira (PI). A bancada do PDT na Câmara é formada por 27 deputados federais.

A reunião realizada nesta manhã entre os dirigentes do partido não contou com a presença de Ciro Gomes , terceiro colocado na eleição presidencial de 2018 e  um dos principais defensores da expulsão de Tabata e dos demais ‘infiéis’ da legenda.

Em nota divulgada pelo PDT , o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, disse que a decisão do Diretório Nacional é soberana e representa todas as instâncias partidárias. “Todos tiveram todas as instâncias partidárias para discutir, apresentar propostas. E, somente no dia da votação, depois de meses de discussões internas, os parlamentares se posicionaram a favor desta covardia contra os trabalhadores brasileiros”, explicou.
Lupi, por outro lado, mostrou-se esperançoso de que os ‘rebeldes’ do partido venham a se realinhar com a orientação do partido na votação da reforma da Previdência em segundo turno, que deve ocorrer em agosto no plenário da Câmara. “É importante lembrar também que ainda terá uma segunda votação na Câmara, em agosto. O ser humano vive da evolução. E acho que todos podem evoluir durante esse processo.”

A partir de hoje, a Comissão de Ética do partido, que conta com cinco membros permanentes e mais três suplentes, inicia o processo disciplinar contra os parlamentares. O partido assegurou que os parlamentares “terão amplo espaço de defesa, onde poderão expor todas as variáveis que os levaram a desrespeitar a decisão” do partido em relação à votação da reforma. Depois, um relatório será encaminhado à Executiva Nacional da legenda, que por sua vez, levará ao pleno do Diretório Nacional. A decisão poderá levar até 60 dias.