Novela: cancelada licitação para terminar Hospital Regional de Guajará-Mirim

0
444

PORTO VELHO- Não houve nenhuma empresa habilitada no edital lançado pelo UNOPS, organismo da ONU responsável pela licitação para a conclusão das obras do Hospital Regional de Guajará-Mirim (RO).  Um novo edital será lançado e a mais longa novela continua com capítulos que o povo não aguenta mais.

As obras do hospital se arrastam há mais de 10 anos. Segundo informações, faltam apenas 10% da fase de conclusão da obra. Muitos políticos se elegeram em cima desta obra que agora mais parece fantasma. O atual governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (União Brasil),  se elegeu em 2018, prometendo concluir a obra. Terminou o mandato e nada. Se reelegeu em 2022 com a mesma promessa. Inclusive o ex-secretário de Saúde, Dr. Fernando Máximo (União Brasil) , foi eleito deputado federal, mas, no entanto, não tem feito nenhum trabalho para agilizar o término das obras.

Ainda está longe a conclusão das obras do Hospital Regional de Guajará-Miim

A Unops já recebeu do governo do Estado em 2021, cerca de R$ 41 milhões para executar o projeto mas, já estamos na metade do ano de 2023 e a obra continua paralisada.

Hoje uma pessoa para poder ter um atendimento mais qualificado tem que ser transportada por mais de 320km (Guajará a Porto Velho) para poder ser atendida no Pronto Socorro João Paulo II, mesmo assim, não sabe se conseguirá vaga.

Deputada estadual Dra. Taissa….Foto: Rafael Oliveira I Secom ALE/RO

Em face do cancelamento da licitação, a deputada estadual Dra Taíssa (PSC), que é  de Guajará-Mirim, fez aprovar requerimento solicitando ao secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha, sobre a situação do Hospital Regional. Não houve nenhuma empresa habilitada no edital lançado pelo UNOPS, organismo da ONU responsável pela licitação para a conclusão das obras do hospital, e um novo edital será lançado.

A deputada está indignada com a morosidade do processo para conclusão de uma obra, que está paralisada há décadas. A empresa (Unops) já recebeu do governo do Estado em 2021, cerca de R$ 41 milhões para executar o projeto e “já estamos na metade do ano de 2023 e a obra continua paralisada. Já se foram mais de dois anos”, questionou a parlamentar.

Sugestão do deputado estadual Luizinho Goebel (PSC), apresentada em reuniões anteriores para firmar parcerias com as usinas hidrelétricas (Samuel e Santo Antônio) ou a Energisa (distribuidora de energia elétrica em Rondônia), foi novamente apresentada. A Energisa deve R$ 1,3 bilhão para o Estado na compra da Centrais Elétricas de Rondônia-Ceron, por R$ 50 mil, mas assumindo passivo e ativo. Segundo o deputado Luizinho, a Energisa poderia construir os hospitais regionais (Ariquemes e Ji-Paraná) e terminar o de Guajará-Mirim, assim como ocorreu com as usinas, que concluiu o regional de Cacoal, que estava há 20 anos em construção.

O Hospital Heuro de Ariquemes, cuja obra está nos escombros de um princípio de alicerce, segundo o deputado delegado Rodrigo Camargo (Republicanos), “herança maldita do hoje senador Confúcio Moura (MDB), que colocou uma pedra no local, tirou fotos, mas hoje está tudo tomado pelo mato” está abandonada. “Ser bem atendido pelo secretário da Sesau, ele demonstrar boa vontade é importante, mas não o suficiente”.

Unops

O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops) é o organismo operacional da ONU que apoia seus parceiros na execução de ações humanitárias, de desenvolvimento e de consolidação da paz em todo o mundo. A Unops presta serviços de gestão de projetos, infraestrutura e aquisições, áreas para as quais tem mandato claro e conhecimentos especializados, a governos, instituições privadas e organizações das Nações Unidas.

Fontes: Mais RO com informações da Secom-ALE-RO