As Ilhas Maurício prenderam o capitão do navio do Japão que encalhou em sua costa e de onde saiu um derramamento de óleo no ambiente marítimo ao redor, um dos mais intocados do mundo, disse a polícia nesta terça-feira (18).
O navio cargueiro MV Wakashio atingiu um recife de coral na ilha do Oceano Índico em 25 de julho e começou a derramar óleo em 6 de agosto. O governo teve que decretar estado de emergência ambiental.
A guarda costeira das Ilhas Maurício tentou várias vezes avisar ao navio que seu curso era perigoso, mas não obteve resposta, disse à Reuters um oficial marítimo com conhecimento do incidente que pediu para não ser identificado.
“A rota definida cinco dias antes do acidente estava errada, e o sistema de navegação do barco deveria ter sinalizado isso para a tripulação. Parece que a tripulação o ignorou. O barco também falhou em enviar um SOS (quando encalhou), e não respondeu às tentativas da guarda costeira de entrar em contato”, disse o funcionário.
O outro homem preso é o vice-capitão, disse ele, acrescentando que os dois homens foram acusados de colocar em risco a navegação segura.
Ainda não está claro se a tripulação estava comemorando um aniversário com uma festa no momento em que o navio encalhou. Os marinheiros foram questionados sobre esse relato, mas isso não foi confirmado.
O oficial também negou relatos da mídia de que o navio navegou perto de terra em busca de um sinal de wi-fi. Encontrar um sinal de telefone não exigiria navegar tão perto de terra.
Os cientistas dizem que o impacto do vazamento ainda está ocorrendo. Os danos podem afetar as Ilhas Maurício e sua economia, dependente do turismo, por décadas. A remoção do navio provavelmente levará meses.
O funcionário observou que foi o segundo acidente na área em quatro anos e disse que o governo pode estabelecer uma estação de sinalização nas proximidades para tentar evitar futuros desastres.
Fonte: G1