Grito por justiça para Ari, Bruno e Dom Phillips em Porto Velho

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PORTO VELHO- Em Porto Velho o sábado foi dia de cobrar por justiça para Ari Uru-eu-wau-wau, Bruno Pereira e Dom Phillips. As manifestações foram organizadas por Bem viver RO, UJC, DCE Unir, Levante contra o feminicídio RO, MST, Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia, além de Neidinha Suruí, mãe da ativista Txai Suruí e diretora da Kanindé Ambiental.

Ari Uru-eu-wau-wau foi encontrado morto em RO — Foto: Reprodução/KanindéHá dois anos Ari Uru-Eu-Wau-Wau foi encontrado morto em Tarilândia, distrito de Jaru (RO). Em 2022 sua esposa e filhos continuam em luto sem saber qual a motivação do assassinato.

Ari trabalhava registrando e denunciando extrações ilegais de madeira dentro da aldeia, pois fazia parte do grupo de monitoramento do povo indígena Uru-Eu-Wau-Wau. Ele foi morto durante a noite de 17 de abril de 2020 e o corpo encontrado na manhã seguinte, com sinais de lesão contundente na região do pescoço, que ocasionou uma hemorragia aguda.

São Paulo

Foto Reuters

Uma manifestação ocupou o vão do MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) hoje para pedir justiça ao indigenista Bruno Araújo Pereira e ao jornalista britânico Dom Phillips, assassinados este mês enquanto trabalhavam a favor de pautas indígenas no Amazonas. “Basta de ataques aos direitos indígenas”, dizia um dos cartazes. Outro apontava para o problema do garimpo em regiões reservadas para indígenas: “Garimpo polui e mata”. Também havia críticas à Funai (Fundação Nacional do Índio) e pedidos de socorro para a Floresta Amazônia.

Manifestantes também lembraram do assassinato do indigenista Maxciel Pereira dos Santos. O crime ocorreu em setembro de 2019, no mesmo local de Bruno e Dom e segue sem solução até hoje. Placas com nome de Paulo Paulino Guajajara, conhecido como Lobo Mau, também estiveram presentes no ato. O ativista ambiental foi assassinado também em 2019, mas no Maranhão.

Andamento do caso Bruno e Dom

Hoje, a PF (Polícia Federal) prendeu o terceiro suspeito de envolvimento nas mortes de Bruno e Dom. Jefferson da Silva Lima, conhecido também como “Pelado da Dinha”, se entregou para as autoridades hoje após saber pela sua família que a polícia o procurava. Segundo a corporação, ele será interrogado e, em seguida, encaminhado para audiência de custódia. Ele é apontado como alguém que participou diretamente do duplo homicídio e ajudou na ocultação dos corpos. Lima se apresentou por volta das 6h na Delegacia de Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas. Além de Lima, a PF prendeu primeiro o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado.

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