Falta de energia deixa estragar mais de 4 mil doses de vacina contra covid

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Rede de frios do Nuvepa em Guajará-Mirim, RO — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Por cerca de cinco horas, o prédio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Nuvepa) em Guajará-Mirim (RO) ficou sem energia elétrica e 4.653 doses de vacinas contra a Covid-19, que estavam guardadas na rede de frios, ficaram armazenadas fora da temperatura ideal.

Segundo o boletim de ocorrência, as câmaras marcavam 22°C, sendo que as vacinas da Oxford/AstraZeneca e Coronavac/Butantan precisam ser armazenadas de 2ºC a 8°C.

Ao todo, o local abriga, além de soros e insulinas, 4.200 doses de CoronaVac e AstraZeneca, e mais 453 doses que seriam destinadas a Casa do Índio (Casai).

A enfermeira chefe e responsável pelas vacinas do município, Afria Patrícia, relatou aos policiais militares que recebeu a ligação do vigilante do prédio por volta das 15h30, informando que não tinha energia no local e que nas câmaras frias apitava um alarme sonoro.

Quando chegou no local, a enfermeira chefe contatou um eletricista. Quando o profissional verificou a instalação elétrica, percebeu que alguém tinha puxado a fiação principal do prédio o que acarretou no desligamento do disjuntor principal do prédio. Quando o eletricista ligou a chave principal, a energia voltou.

A perícia foi acionada e os fatos foram registrados e a ocorrência encaminhada à Delegacia Regional.

Vacinação suspensa

Raissa Bento (MDB), prefeita de Guajará-Mirim, disse durante vídeo divulgado nas redes sociais, que o fato da falta de energia elétrica está sendo investigado e que a prefeitura, em conjunto com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), decidiu suspender a vacinação no município.

“Realmente aconteceu o fato referente a energia da Nuvepa, onde fica a rede de frios. Esse caso tá sendo apurado e tudo indica que foi um ato criminoso e já está sendo apurado porque envolve outras situações envolvendo servidor que faltou serviço. Nós queremos tranquilizar a população, porque a prefeitura em conjunto com a Agevisa decidiu suspender a vacinação por precaução e isso não quer dizer, de forma alguma, que nós perdemos as vacinas”, disse.

Além disso, a prefeita também explicou que aguarda um parecer técnico da Fiocruz e do Instituto Butantan.

“Nós já entramos em contato com a Fiocruz e com o Instituto Butantan justamente pra gente receber um parecer técnico, mas isso de forma alguma quer dizer que a gente perdeu as vacinas”, explicou.

Fonte: G1