Debate Rondoniaovivo: dentre mortos e feridos todos se salvaram

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PORTO VELHO- Não houve vencedor. Houve vencedores. O debate realizado ontem pelo Rondoniaovivo, em parceria com o Grupo Sapiens, foi uma grande oportunidade para os candidatos apresentarem propostas para a prefeitura de Porto Velho. Acalorado em determinado momento, o debate deu oportunidade para que os eleitores da capital conhecessem melhor seus candidatos. Participaram do embate: Breno Mendes (Avante), Coronel Ronaldo Flores (Solidariedade), Edvaldo Soares (PSC), Eyder Brasil (PSL), Hildon Chaves (PSDB), Leonel Bertolin (PTB), Lindomar Garçon (Republicanos), Pimenta de Rondônia (PSOL), Ramon Cujuí (PT), Samuel Costa (PCdoB) e Vinicius Miguel (Cidadania). A candidata Cristiane Lopes (PP) não participou, por estar supostamente com o vírus da covid-19.
O candidato Vinícius Miguel (Cidadania), atacado por fake news na reta final da campanha eleitoral, não perdeu oportunidade para denunciar a existência de uma certa “mucura” no debate, aludindo que um dos candidatos foi o responsável pelo derramamento de panfletos apócrifos contra ele. O alvo dele, notadamente, foi o candidato Breno Mendes (Avante), visto que trocaram farpas o tempo todo. Vinícius contestou Breno Mendes quanto ao uso de hospitais públicos: “ele não usa planos de saúde porque não paga”, se referindo a um processo de cobrança por parte de um plano de saúde da capital.
O candidato Eyder Brasil (PSL) foi ao debate disposto a causar e tinha como alvo o prefeito de Porto Velho, candidato à reeleição Hildon Chaves (PSDB). Brasil creditou a Chaves a morte do pai, por Covid-19. O prefeito retrucou acusando o deputado candidato de fazer parte da turma do negacionismo, ou seja, de minimizar a pandemia, tal como o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Ramon Cujuí (PT) foi ao debate despido de ressentimentos e disposto a apenas falar dos projetos para a redução das desigualdades e pela retomada do desenvolvimento de Porto Velho pós-pandemia. Cujuí fez propaganda o tempo todo da “moeda beradeira”, parte do projeto social que visa transferência de renda para a população da capital e distritos.
O candidato Edevaldo Soares (PSC) abusou do apelo à igreja evangélica e tentou passar uma impressão de que era o único candidato paz e amor do debate. Misturar crença com politica não tem dado certo no Brasil, haja vista que o prefeito evangélico do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) está sendo acusado de corrupção e quase teve o mandato cassado.
Samuel Costa (PCdoB), como sempre, procurou atacar pelo ponto fraco do prefeito Hildon Chaves (PSDB), acusando o atual alcaide de não ter cuidado da cidade. Hildon Chaves rechaçou enumerando as obras que fez durante os quatro anos de administração tucana.
O grande vencedor do debate, porém, foi a organização do evento, Rondoniaovivo e Sapiens. Os muitos direitos de respostas concedidos foram um diferencial positivo.
Fonte: Mais RO
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