Convenções não garantem nada, só mais incerteza, diz El Brujo

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FURACÕES – Há quem aposte que as convenções eleitorais que têm início oficial hoje, vão trazer calmaria e certeza às coligações, partidos, candidaturas, acordos, alianças e a… felicidade. Mais, que as convenções vão de fato posicionar, definitivamente, os atores no cenário eleitoral. Sim, tudo isso tem um quê de verdade, mas a verdade em eleições é uma senhora sisuda e conservadora que, de repente, transforma-se numa vagabunda que torna a frase popular um vaticínio: dinheiro na mão, calcinha no chão. E isto está acontecendo agora! Estava certo Magalhães Pinto, quando asseverou que “política é como nuvem, muda de forma toda hora”. O problema é que agora as nuvens não são mais aquelas poéticas, branquinhas, de admirar e sonhar. São aquelas negras, gigantes, prenunciando furacões categoria cinco.
A HISTÓRIA SE REPETE – Para os líderes de partidos maiores, notadamente aqueles mesmos envolvidos em acusações nada confessáveis, vários com processos, outros já condenados, outros mais condenados e querendo voltar às tetas, são aqueles mesmos desde sempre, que nos trouxeram até aqui neste desastre monumental, caso único no planeta em gênero, número e grau. Eles mesmos que não querem largar o osso já podre, fedorento e que ainda atrai exércitos de desavisados, encantados pelo canto da sereia que vai enganar a todos. A história se repete.
NA INDECISÃO, QUALQUER DECISÃO – Composições, alianças, acordos estão na antessala das coligações, preparando as convenções. O problema é que, de fato, tais composições, alianças e acordos são tão frágeis e débeis que prometem mais é guerra que paz. Os conflitos de interesse, gigantescos, são obstáculos intransponíveis porque líderes não abrem mão de suas posições e interesses. O que pode ser dito de outros tantos que estão submetidos a decisões superiores? Todos estão insatisfeitos e isto é um problema grave: na falta de uma boa decisão e diante do prazo fatal de cinco de agosto, só restará qualquer decisão.
NANICOS SERÃO VARRIDOS – É certo que haverá o desmonte de vários grupos outrora poderosos. E na guerra eleitoral de 2018, fogo amigo já é regra posta, como nas guerras modernas, aonde contato físico é raro e a simples suposição de um alvo o fogo é aberto. Outros menores e até nanicos serão varridos pela cláusula de barreira ou ficarão tão debilitados que não terão forças para a nova guerra em 2020, que será totalmente diferente e cujo principal ingrediente será o preparo, o planejamento, projetos consistentes e lideranças emergentes, fora da lama e dos destroços de 2018.
SARAVÁ – A maioria senão todos os grandes caciques já gastaram os tubos pra fechar o corpo e atrapalhar os caminhos dos adversários. Pais de santo vieram de fora a peso de ouro. O problema é que, nessa macumba toda, queimaram-se uns aos outros, e agora estão tendo de recompor alianças. E isso custa muito, muito caro. É como pagar pra matar e ter de pagar pro morto ser ressuscitado. Alguns jamais ressuscitarão, porque o trabalho foi pesado demais pra voltar atrás. E aí, é como casar vivo com morto: não vai dar certo. Querem ver? Casamentos impensáveis estão em curso, outros tantos dados como enterrados, querem ressurgir das cinzas. O cheiro da morte é persistente. Até sete de outubro. Depois será o inferno em vida. Aguardem a minha lista daqueles que vão passar longa temporada ao lado de Lúcifer, este sim o maior beneficiário, porque a lista do povo da maldade é grande.

El Brujo, pseudônimo, que escreverá durante as eleições 2018 em Mais RO