Confúcio e Daniel conversam hoje: sucessão

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Finalmente uma conversa de pai pra filho

PORTO VELHO- Estaria agendada para a manhã desta quarta-feira, 21 de março, uma longa e definitiva conversa entre o governador do estado de Rondônia, Confúcio Moura (MDB) e o vice-governador, Daniel Pereira (PSB). Assunto: sucessão. Confúcio Moura deve mesmo deixar o cargo nas mãos do vice a partir dos próximos dias. Tudo será acertado hoje, segundo nossa fonte.

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Confúcio deve disputar o Senado Federal, valendo-se do sucesso do governo dele.  Duas vezes prefeito de Ariquemes, três vezes deputado federal e duas vezes governador lhe dá, com sobra, a marca de um político vencedor. Como governador, elevou o patamar da administração do Estado acima da média nacional, fugindo da crise renitente que assola boa parte dos Estados brasileiros, mantendo o pagamento dos servidores rigorosamente em dia, criando um ambiente econômico confiável para os empresários locais e atraindo investimentos externos.

Deflagrou um conjunto de políticas sociais que vão desde habitação popular, passando pela segurança pública até a inclusão produtiva de pequenos produtores rurais, além da titulação de milhares de propriedades que viviam a margem da regularização fundiária. Por tudo isso, foi classificado como um dos melhores governadores do país mais de uma vez e alcançou patamares consideráveis de aprovação popular – além da simpatia de boa parte da mídia nacional.

A conversa que Confúcio terá com Daniel Pereira será sobre isso. Manter o que foi feito durante sete anos. É legitimo que o gestor bem avaliado pela população queira garantir o seu legado pelo maior tempo possível. Por sua vez, Daniel Pereira deverá dizer que vai manter e tentar ampliar. Daniel tem o olhar dele, próprio, sobre administração. Deverá implementar outro ritmo. O ritmo de um governo de apenas nove meses.

Quanto à uma eventual candidatura ao governo, Daniel Pereira não deverá tratar disso com o governador. É um assunto do PSB. O vice também goza de prestígio político angariado nos últimos 20 anos de vida pública.