COLUNA ZONA FRANCA

Marielle Franco

O brutal assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes completou 6 anos hoje, quinta-feira (14), ainda sem solução. O então ministro da Justiça Flávio Dino prometeu para março, mais conhecido como este mês, a solução final para o caso. Como envolve políticos, polícia e milicianos, o caso é complicado.

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Ao contrário do que escreveu um articulista rondoniense, Marielle Franco não foi uma vereadora medíocre do Rio de Janeiro. Ela foi uma ativista política, socióloga e vereadora brasileira, defensora dos direitos humanos, especialmente dos direitos das mulheres, negros e LGBTQ+. Ela cresceu na favela da Maré, no Rio de Janeiro, e enfrentou muitos desafios em sua vida, incluindo a pobreza e a violência policial.

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Marielle Franco tornou-se uma figura proeminente na política brasileira por sua luta contra a brutalidade policial, a corrupção e os abusos de direitos humanos. Ela foi eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em 2016, com uma plataforma centrada na defesa dos direitos das minorias e na segurança pública. Medíocre é quem relativiza a morte de uma mulher, no momento em que Rondônia aparece como o segundo estado que mais comete feminicídio do Brasil. Marielle Franco, presente.

Fascínio pelo mal

Já viram álgum político de direita pensar nas desigualdades, no pobre, na saúde, na segurança pública, de verdade? É só ódio, elogios à barbárie, ofensas, ameaças, ataques, calúnias, fake news, dentre outros adjetivos. Paz, nem pensar. Apoiam quem mata e penalizam quem morre.

Fogo no parquinho

O que a política e o poder não faz?  Após bate boca em público, numa disputa familiar sem precedentes, o ex-governador  e ex-senador Ivo Cassol assumiu o controle do Partido Progressista (PP), em Rondônia. Ivo Cassol soube que Jaqueline falou mal dele para membros da cúpula do PP nacional e isso fez com que os dois irmãos rompessem os laços políticos. Cassol expulsou do partido a irmã, cunhado e todos os indicados por Jaqueline. Tem gente torcendo pela briga.

Tolerância zero

O senador Marcos Rogério(PL-RO) votou contra a liberação de qualquer quantidade de drogas para usuários. “A luta do Brasil e dos brasileiros é contra as drogas. Por isso, meu voto favorável à PEC que criminaliza a posse e porte de drogas, independentemente da quantidade”, disse. Em 2021, um assessor do senador que ainda está foragido da Justiça, foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que investiga o envio de pelo menos uma tonelada de cocaína de Rondônia para o Ceará.

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Na época, Marcelo Guimarães Cortez Leite (foto) teve um mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência, no entanto ele não foi localizado e o mandado de prisão preventiva ainda não foi cumprido até hoje. Na ocasião, o senador ficou surpreso quando soube do possível envolvimento do assessor e optou por exonerá-lo do cargo. Embora o senador nada tenha a ver com tráfico de drogas, ele não escapou de ilações e foi maldosamente chamado de “Narcos Rogério” nas redes sociais.

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Marcelo Guimarães é casado com uma promotora de Justiça que serve a uma comarca do interior do estado, mas anteriormente já fez parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Rondônia.

Txai Suruí no SXSW

A ativista indígena Txai Suruí, de Rondônia, participou em Austin, Texas (EUA), do SXSW, um dos maiores e mais relevantes festivais de inovação, tecnologia, música, comédia, economia criativa e inteligência artificial do mundo. Além da ativista Txaí Suruí que participou de painel sobre a Amazônia, teve roda de samba com Marcelo D2, passando por uma exibição do filme “Guerra civil”, estrelado por Wagner Moura. Isso em meio a uma intensa agenda de conferências que debateram o futuro da humanidade com a inteligência artificial — deixando espaço para outros temas de inovação, inclusive com empresas brasileiras, como a Embraer e a Natura.

Eleições 2024

O fogo no parquinho do União Brasil em Brasilía, chamuscou em Rondônia. O governador Marcos Rocha (União Brasil) vai manter aliança política com Hildon Chaves (PSDB), que está bancando a eleição da pupila Mariana Carvalho (Republicanos) à prefeitura de Porto Velho. O deputado federal Dr. Fernando Máximo (União Brasil) está fora dos planos de Rocha e teria que mudar para outro partido, o que seria um périplo e tanto.

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Fernando Máximo teria problemas para encontrar um partido. PSD, Solidariedade, Avante, PSDB e até o PL (em andamento), estão fechados com Mariana. Restaria o PP de Ivo Cassol. Conclusão, é bem capaz que o doutor cloroquina permaneça mesmo em Brasília passando vergonha ao defender Jair Bolsonaro.

Fator Fátima

O jogo mudou e ficou mais animado com a entrada de Fátima Cleide (PT) na disputa pela prefeitura de Porto Velho. No melhor momento do partido, com Lula voando na administração do País, Fátima Cleide tem tudo para emplacar, diferentemente de 2012 quando disputou a prefeitura pela primeira vez. Mais experiente, a ex-senadora está buscando apoios para a sua empreeitada que tem apoio fundamental de Lula.

Francisca Kaxarari

Anotem esse nome: Francisca Kaxarari. Ela é pré-candidata a veredora pelo MDB, representando a comunidade da Ponta do Abunã, ligada ao município de Porto Velho. Microempresária, a líder indígena Francisca Kaxarari concentra suas pautas nas necessidades mais urgentes da região.

Emancipação

Falando na Ponta do Abunã, a emancipação política do distrito de Extrema é tema de discussão da presidência da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero). O presidente da Casa de Leis, deputado estadual Marcelo Cruz (Solidariedade) está estudando a criação do município de Extrema de Rondônia, na região da Ponta do Abunã que é formada pelos distritos de Nova Califórnia, Vista Alegre do Abunã, Fortaleza do Abunã e Extrema.

Bozolóides

O deputado de Rondônia Coronel Chrisóstomo, do PL, encontrou-se isolado e ignorado pela imprensa após ser barrado na audiência planejada na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos EUA, onde uma delegação de parlamentares bolsonaristas, liderada por Eduardo Bolsonaro (PL), buscava discutir sobre uma alegada “ditadura judicial” no Brasil. Apesar de seu apelo nas redes sociais, o deputado não recebeu sequer menção alguma de seu nome por parte da mídia brasileira em relação às ações e declarações em solo estrangeiro. A exceção ficou por conta de folhetins cibernéticos de Direita, como a Revista Oeste, que, erroneamente, apontou Chrisóstomo como deputado do Amazonas. Na verdade, ele foi só tirar fotos para postar para os seus seguidores. Com informações do Rondonia Dinâmica.

Agentes da Economia Criativa se organizam em Rondônia

A curta passagem do ex-deputado estadual Williames Pimentel (MDB) pela Assembleia Legislativa produziu efeitos positivos no setor cultural do estado. Na ocasião, o então deputado Pimentel apresentou o projeto de lei criando a Política Estadual de Apoio à Economia Criativa, que estabelecia mecanismos de estímulo à indústria de entretenimento. Infelizmente, o projeto foi vetado pelo Executivo.

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Mesmo com o veto, os agentes do setor cultural, convidados por Pimentel para as audiências públicas e fundamentação do projeto, continuaram mobilizados. Na avaliação do grupo, o setor de Economia Criativa tem papel importante para o desenvolvimento econômico, a inclusão produtiva, o apoio aos talentos locais e para a preservação dos valores culturais e tradições do estado.

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Na agenda do setor, o debate sobre o atraso na entrega do espaço turístico cultural da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que se arrasta por tempo indefinido. Na avaliação dos agentes culturais, a cidade de Porto Velho, carente de entretenimento de todo tipo, não pode prescindir de espaço cultural tão rico. O que mais incomoda aos agentes culturais é falta de clareza sobre o estágio das obras e do cronograma sobre os prazos a serem cumpridos.

EFMM

Até o presente momento não existe data ainda para a reabertura do Complexo Turístico da EFMM. O prazo dado pela prefeitura à Amazon Fort termina no final do mês. Estamos de olho.

Invasor de terras

O empresário Cornélio Sanders, que doou R$ 1 milhão à campanha de Jair Bolsonaro em 2022, é acusado em um processo de ocupar ilegalmente 7,6 mil hectares de terras no Piauí. Sanders é o maior produtor de soja do estado. O Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) julgará o caso nesta quinta-feira (14/3).

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Em 2005, Cornélio Sanders foi denunciado pelo Ministério Público Federal por trabalho escravo em uma de suas fazendas. O caso acabou arquivado em 2019 e nunca foi julgado. Os fiscais apontaram supostas jornadas excessivas de trabalho e irregularidades nos alojamentos, nos banheiros e nas cozinhas da propriedade. Sanders nega qualquer irregularidade.

 

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

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