COLUNA ZONA FRANCA

Eleições 2024

O MDB está se movimentando, ora na planície, ora nos bastidores. E a cada movimento, uma reação. O anúncio da possível filiação do deputado estadual Alan Queiroz do Podemos, no MDB, caiu como uma bomba. Uma pré-candidata a prefeita de Porto Velho deixou a xícara de café cair quando soube da noticia.  O convite para Alan Queiroz disputar a Prefeitura de Porto Velho teria partido do presidente do diretório do MDB, Williames Pimentel. 

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Ms, o MDB sozinho não faz verão. Um grupo corre contra o tempo para formar um Frentão envolvendo quase dez partidos de centro esquerda com vistas a disputar com força a prefeitura de Porto Velho.

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Caso se concretize o nome de Alan Queiroz para cabeça de chapa de uma possível frente, o cargo de vice-prefeito seria negociado com os demais partidos. Vinícius Miguel (PSB) é um dos prováveis candidatos a vice, caso aceite.

Confúcio Moura

O senador Confúcio Moura (MDB) garantiu 15 milhões para a saúde pública de Rondônia
São mais cinco municípios beneficiados com recursos para custeio da saúde em áreas de suporte hospitalar e ambulatorial. Os recursos se destinam a custear procedimentos hospitalares e ambulatoriais na rede pública. Os municípios são Porto Velho, com R$ 8 milhões; Nova Mamoré, R$ 1 milhão; Ariquemes, R$ 2 milhões; Cacoal, R$ 3 milhões e Buritis, com R$ 1 milhão, totalizando R$ 15 milhões.

Primeira vitória

O prefeito de Ji-Paraná, Isaú Fonseca, está feliz com a contratação do advogado Nelson Canedo. A nova defesa constituída do prefeito conseguiu a suspensão da sessão convocada pela Câmara Municipal, que visava analisar o processo do impeachment dele. Apesar dessa primeira vitória, o processo contra o prefeito continua.

 

O seu município será o Brasil nas eleições de 2024

Quem pensa que as eleições municipais deste ano se limitarão ao recorte territorial onde ocorrerão, está enganado. Há interesses estaduais e nacionais em jogo. Deputados estaduais e governadores buscam ter influência e controlar o maior número de cidades para garantir suas eleições ou reeleições. O mesmo ocorre com os deputados federais e senadores, que tentarão impor suas pautas – e interesses – aos eleitores dos municípios.

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Mas, como pano de fundo central estará a extrema polarização política iniciada em 2018. As disputas se darão entre candidatos “bolsonaristas” e candidatos “lulistas/petistas”. Portanto, as eleições serão nacionalizadas, se não nas propostas, será no sentimento que os eleitores levarão às urnas.

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Neste sentido, Bolsonaro buscará se manter vivo até outubro, para manter o exército bolsonarista aceso até lá. A submersão política dele o jogará no ostracismo, o que resultará na debandada dos seus súditos, “avessos” às seduções de quem está no poder e com a caneta na mão.

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Para isso, Bolsonaro e os seus aliados utilizarão todos os fatos negativos sobre ele para polemizar, criar factoides, ocupar espaço na mídia e inflamar sua claque – além de se vitimizar ao extremo. E, se por acaso, houver um período de silêncio em relação a ele, ele mesmo e os seus criarão fatos e notícias sobre si e darão aos fatos o aspecto de verdadeiros e importantes.

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O evento programado por ele para a Avenida Paulista, no próximo dia 25, tem este caráter. Daqui até lá estará na mídia, nos telejornais, nos programas de debates, nas bancadas dos analistas políticos e nos botecos Brasil afora – e ocupando o judiciário e os seus adversários em saber quais são seus reais objetivos. Como se vê, as ações e os atos contra as instituições e a democracia produzidos por Bolsonaro servem aos seus propósitos, mas não para o judiciário levá-lo à prisão.

Lavagem de dinheiro

Tudo por dinheiro. O evento do dia 25 de fevereiro, promovido pelos mesmos patrocinadores dos atos anti-democráticos de 8 de janeiro de 2023, vai além de Bolsonaro mostrar a força que ele ainda tem. Será um evento para faturar dinheiro, muito dinheiro. Os pedidos de pix para o evento estão em todas as redes sociais e grupo bolsonaristas. Muitos se aproveitando da ocasião pra aplicar golpes como fizeram durante os acampamentos em frente os quartéis.

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Mas, o grosso dos recursos para o evento virão dos empresários que financiarão mais um evento anti-democrático, que, para não aparecer, vão usar as igrejas do pastor Silas Malafaia. Como, além de não pagar impostos as igrejas não prestam conta das doações,  a lavagem de dinheiro é uma certeza. Simples assim. Follow the money.

Areia movediça

A coluna pergunta: qual é mesmo o objetivo dessa manifestação da qual os dois senadores bolsonaristas de Rondônia vão participar? Afrontar as instituições como vem fazendo desde sempre. E a cada movimento, ele afunda ainda mais na areia movediça. A estratégia é, claro, enfatizar sua popularidade, destacando a participação em eventos como a manifestação convocada por ele. Bolsonaro acredita que demonstrações de apoio podem influenciar o Judiciário, mostrando as consequências que uma eventual prisão poderia acarretar. No entanto, fora da bolha bolsonarista, a avaliação é de que a manifestação poderá levar Bolsonaro direto para a cadeia.

Praça EFMM

Vence no final de março o prazo de 60 dias que a prefeitura de Porto Velho deu para que  Amazon Fort reabra o Complexo Turistico da EFMM. Se depender do Corpo de Bombeiros, o alvará já está concedido, visto que foram cumpridas as exigências impostas. O Complexo da EFMM só poderia ser entregue para a visitação pública quando todos os detalhes que fazem parte do enorme rol de determinações dos Bombeiros fossem cumpridos.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

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