Coluna Zona Franca

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Adriano matou Marielle

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL-RJ), levantou suspeita sobre si próprio ao vestir a carapuça e, sem querer, querendo, se colocou como um dos prováveis responsáveis, direta ou indiretamente pelas mortes tanto de Adriano Nóbrega (chefão das milícias), quanto de Marielle Franco e o motorista Anderson. É que, segundo uma gravação, a irmã de Adriano diz que o “Planalto” organizou a morte dele, etc e tal. Na live de ontem, quinta, sem ser perguntado, o presidente disse que não tinha interesse nenhum na morte de Marielle Franco. Mas, a gravação não falava na vereadora brutalmente assassinada. Falava de Adriano, morto pela polícia na Bahia. Bolsonaro também diz que não se tratava do Palácio do Planalto e sim do Palácio das Laranjeiras (sede do governo do RJ). Acontece que na gravação, a moça fala textualmente o nome do presidente.

Adriano matou Marielle 2

A irmã do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, o “Capitão Adriano”, acusado de chefiar a maior milícia no Rio de Janeiro e de envolvimento no suposto esquema de rachadinha (desvio de salários de assessores) do hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Daniela da Nóbrega afirmou, em áudio, que o Palácio do Planalto ofereceu cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão. O trecho da gravação, interceptada pela Polícia Civil fluminense, há dois anos, foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmado pelo Estadão.

Adriano matou Marielle 3

Dois dias após Adriano ser morto a tiros em confronto com PMs na Bahia, em fevereiro de 2020, Daniela da Nóbrega diz a uma mulher, a quem chama de tia, que o ex-capitão já sabia da “ordem para que ele fosse um arquivo morto”. Segundo ela, “já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele”. Para esta coluna está bem claro de que Planalto é o Palácio do Planalto.

Palavra de Confúcio

Esta estória de que Confúcio Moura (MDB-RO) vai voltar atrás da palavra que deu, de que não seria candidato, é balela. Moura vai cumprir com o que disse. Aliás, sempre honrou a palavra dada. E já passou o timing de uma pré-candidatura. Os nomes já estão expostos.

Nomes expostos

São estes os principais nomes à sucessão estadual. Coronel Marcos Rocha (União Brasil), reeleição; Marcos Rogério (PL), Léo Moraes (Podemos) e Anselmo de Jesus (PT). O resto é balela, conversa pra boi dormir.

Pesquisas, enquetes

E hoje, segundo pesquisas e enquetes, o nome do governador Marcos Rocha é o mais forte. Além do apoio do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), tem o apoio de mais de 30 prefeitos. Sem falar do apoio do moribundo Bolsonaro que ainda tem alguma influência em Rondônia.

Nomes fortes

Devem disputar a única vaga de senador da República por Rondônia: Ramon Cujuí (PT), Mariana Carvalho (Republicanos), Jaqueline Cassol (PP), Léo Fachin (Avante) e Jaime Bagattolli (PL).

Federal

Os nomes mais fortes para deputado federal, são estes: Fátima Cleide (PT), Jesualdo Pires (PSB), Samuel Costa (PCdoB), Ro13erto Kuppê (PT),

Dr Weliison Nunes, do Avante

Dr Welison Nunes (Avante), Claudio Carvalho (PT), Dr. Fernando Máximo (União Brasil), Pimenta de Rondônia (PSOL), Alessandra Lunas (PT) e Almir Suruí (PDT). Já para deputado estadual, eis a lista. Hermínio Coelho (PT), Sid Orleans (PT), Bosco da Federal (PL), Everaldo Fogaça (Republicanos), Mayara Kalb (Cidadania), Dra. Taíssa Souza (PSC-GUAJARÁ), Professora Lílian (PT-Guajará), Raí Ferreira (PSD), dentre outros.

 

Insanidade

Em um vídeo publicado nas redes sociais na terça-feira (5), o deputado estadual Coronel Telhada (PP) ameaçou o ex-presidente Lula (PT) com uma arma de fogo. O vídeo foi gravado nas dependências da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Na mesma data, o deputado estadual mineiro Cabo Junio Amaral (PL) fez um vídeo também segurando arma e dizendo que está pronto para receber o ex-presidente. A peça também foi publicada nas redes sociais. Pouco depois, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também gravou um vídeo com uma ameaça ao petista: “Digo uma coisa para vocês: na minha casa tem pistola”, disse. O deputado federal terrivelmente evangélico e bolsonarista Otoni de Paula (PL-RJ) também ameaçou Lula. A histeria tomou conta dos bolsonaristas.

Ameaça motivada por fake news

Os dois ex-policiais e os dois congressistas fizeram as ameaças após caírem em uma fake news contra Lula que circula nas redes sociais nos últimos dias. Um vídeo editado dá a entender, de forma equivocada, que o ex-presidente está incentivando que a militância petista vá à casa de deputados. A edição feita por bolsonaristas, porém, exclui a frase que muda o contexto da suposta “orientação” de Lula contra parlamentares. “Não é para xingar não, é para conversar com ele [deputado]”, disse o petista, no trecho que foi retirado do vídeo. A fala de Lula foi feita durante um evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Se a gente pegasse, mapeasse o endereço de cada deputado. E fosse 50 pessoas na casa do deputado (…) incomodar a tranquilidade dele”, disse.

Punição a Telhada

O vídeo de Telhada, integrante da Bancada da Bala, foi repudiado pela bancada do PT na Alesp. Os deputados estaduais petistas cobram, do presidente da Casa, Carlão Pignatari (PSDB), punição ao deputado. Em nota, a deputada Marcia Lia afirmou que “a situação se reveste de intensa gravidade uma vez que as ameaças feitas pelo deputado alcançam as deputadas e deputados estaduais, dirigentes, militantes que compõem e atuam no PT lado a lado de Lula”.

DesMOROlizado

Dirigentes do Podemos prometem cobrar o União Brasil pelos gastos que o partido teve com Sergio Moro enquanto o ex-juiz esteve filiado à legenda. Os cálculos mais atualizados apontam que a sigla gastou R$ 4,9 milhões com Moro, entre contratação de pesquisas e auditoria, segurança privada, salário, viagens e aluguel de carros. Lideranças do Podemos ressaltam que o ex-juiz da Lava Jato tinha a disposição dele uma equipe com 10 seguranças que se revezavam e três carros, sendo um deles blindado.

Podemos no grupão

O Podemos presidido pela deputada Renata Abreu (SP) deve se somar ao PSDB, Cidadania, MDB e União Brasil na constituição da chamada “terceira via”, na disputa pela presidência da República. As conversações estão avançadas, sendo possível que a próxima reunião do grupo de respectivos presidentes já conte com a presença da deputada, cujo partido ficou “pendurado na brocha” após a traição do ex-juiz Sérgio Moro, que abandonou o partido para se filiar ao União Brasil. A informação é de Cláudio Humberto.

MBL acabado

O MBL, movimento que liderou o impeachment de Dilma, está também desmoralizado. Depois da absolvição de Dilma, o impeachment mostrou-se uma farsa política engendrada por um grupo político econômico para ferir a democracia. O MBL não tem mais razão de existir.

Aneel de bijouteria

O senador Marcos Rogério (PL-RO) fez duas indicações para a ANEEL, agência reguladora de energia elétrica. Os cargos são ambicionados pelos políticos porque dão muito poder aos seus ocupantes, e a quem os indica. As duas escolhas do senador são de advogados de Rondônia. Um deles é o assessor Fernando Mosna da Silva. Trata-se de um procurador neófito em eletricidade. O outro indicado por Marcos Rogério, Ricardo Tili, andava encostado na diretoria da Eletronorte, perdido como cachorro em dia de mudança. O risco de nomear despreparadas nas agências reguladoras é que viram presas fáceis para lobistas, que passam a influenciar suas decisões. A informação é do colunista de Brasília, Cláudio Humberto.

PL das fake news

Dos oito deputados federais de Rondônia, seis votaram contra a urgência da PL das Fake News, que é defendido pelos ministros do STF, Luis Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, e por partidos de esquerda. A rejeição do requerimento de urgência para acelerar a análise do projeto de lei das fake news na 4ª feira, teve cinco partidos dando mais de 80% dos votos contrários fazendo que o presidente Jair Bolsonaro vencesse o primeiro round. Os partidos PT, Rede, Psol, PCdoB, PDT e PSB em sua maioria esmagadora foram favoráveis ao Projeto de Lei. O placar final foi 249 votos a favor e 207 contra. Eram necessários ao menos 257 apoios para aprovar a urgência. Em Rondônia os deputados federais que votaram contra a urgência da PL das Fake News foram: Silvia Cristina( PL), Jaqueline Cassol (PP), Mariana Carvalho (Republicanos), Léo Moraes (Podemos), Coronel Crisostomo (PL) e Mauro Nazif (PSB). Os deputados Expedito Netto (PSD) e Lúcio Mosquini (MDB) não votaram (ausentes à votação). A informação é da jornalista Victoria Bacon.