Campanha “Dezembro Vermelho” reforça medidas de prevenção contra o HIV/Aids

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Foram iniciadas em Rondônia, na quarta-feira (1º), as ações alusivas ao Dezembro Vermelho, instituído pela Lei nº 13.504/2017, com o objetivo de promover uma grande mobilização no Estado na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis). As ações são desenvolvidas pelo Governo do Estado, por meio do Núcleo Estadual de IST, Aids e Hepatites da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa),

Em solenidade realizada no auditório da Escola de Governo, no prédio Rio Jamari, do Palácio Rio Madeira, os técnicos da Agevisa reuniram representantes de organizações ligadas ao tema, autoridades estaduais e municipais, e artistas ativistas da causa, para iniciar a campanha sob o tema: “Rondônia Rumo à Prevenção”.

O chamado faz referência à prevenção, combinada à adoção da Política do Departamento Doenças de Condição Crônica e Infecção Sexualmente Transmissível do Ministério da Saúde (MS) que recomenda o uso de várias estratégias como forma de prevenção do HIV e outras IST. A epidemia em 2021 completa 40 anos de existência, com avanços na tecnologia do tratamento antirretroviral, ou seja, pessoas que vivem com o vírus HIV ficam com carga viral indetectável.

Apesar disso, os profissionais da saúde acreditam que “a luta contra a Aids faz parte de uma atmosfera simbólica e o estigma ainda é responsável pelo preconceito, que tem seu próprio sistema de desinformação e discriminação, que valida a necessidade da implantação de leis que defendam estes corpos”, disse o presidente Associação Beradeiro, membro do Fórum De Ongs Aids de Rondônia e parceiro da Agevisa, enfermeiro Marcuce Antonio dos Santos.

Além da abertura solene, o mês seguirá com a participação dos técnicos em entrevistas à imprensa, para dar visibilidade ao tema, palestras para acadêmicos, reuniões com representações, monitoramento da realização de teste rápido nos municípios, entre outras ações pertinentes.

“A comemoração do “Dezembro Vermelho” no contexto da covid 19 requer todo empenho da gestão pública, na articulação das redes pública, privada, organizações não governamentais e sociedade em geral, para mobilização do potencial agregador de forças, na construção de parcerias permanentes para prevenção ao HIV/Aids e outras IST [Infecção Sexualmente Transmissíveis]”, disse o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório.

Com a pandemia, da covid 19, o cenário para essas pessoas ficou delicado, entretanto o Governo do Estado, por meio da Agevisa intensifica o fomento para realização de testes rápidos de HIV entre a população sexualmente ativa, e o tratamento disponibilizado pelo Ministério da Saúde para uso como prevenção.

“O dia D foi criado pela Organização Mundial de Saúde como um dia de solidariedade e luta, onde são implementadas ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das pessoas vivendo com HIV, Aids, pois ainda não há vacina e cura apesar dos avanços em relação ao controle, diagnóstico e tratamento”, explicou a coordenadora estadual da Agevisa, Gilmaria Silva Araújo.

PRESERVATIVOS

O uso do preservativo ainda é a forma mais segura de evitar a infecção.  O Estado ainda conta com 19 unidades dispensadoras de medicamento para PEP – Profilaxia Pós Exposição (acidentes com material biológico, abuso sexual e exposição sexual), implantado em 2013 no país, outra estratégia de prevenção combinada é a implantação da PrEP – Profilaxia Pré Exposição ao vírus HIV (um dos objetivos mais importantes da implantação e implementação dessa ação é o controle da epidemia da AIDS até o ano de 2030), uma das Metas de Desenvolvimento Sustentável estabelecidas pela instituição multilateral internacional.

COVID-19

De acordo com a Agevisa, a pandemia da covid-19 em 2020 trouxe dificuldades adicionais ao controle da epidemia de HIV, ao cuidado das PVHIV (Pessoas Vivendo com HIV), bem como à execução das ações de controle de prevenção, diagnóstico, monitoramento, tratamento e atenção à sífilis e outras IST e às hepatites virais, haja vista a recomendação de adoção de medidas de restrição à circulação de pessoas e determinações restritivas adotadas em âmbito nacional, estadual e municipal. Houve grande impacto no alcance dos resultados dos indicadores, tais baixa execução de testes rápido para HIV, Sífilis, Hepatites B e C, entre outros.

Em Rondônia, o primeiro caso de Aids foi registrado oficialmente em 1987, sendo que em série histórica de 2016 a 19 de outubro de 2021, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan/AGEVISA, foram notificados 1.393 novos casos.

SERVIÇOS IMPLANTADOS EM RONDÔNIA:

52 municípios implantado o Teste rápido para HIV, Sífilis e Hepatite B e C;

463 unidades de saúde realizando testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatite B e C;

10 SAE – Serviço de Assistência Especializada, sendo 02 de fronteira internacional;

20 unidades dispensadoras de medicamentos;

3.648 pessoas fazendo uso de TARV no estado;

517.210 testes rápidos distribuídos no estado de Rondônia, sendo 129.790 para HIV;

2.664.000 preservativos masculino e 98.400 preservativos feminino.

Secom – Governo de Rondônia