O chefe do Serviço Postal dos Estados Unidos, Louis DeJoy, admitiu a senadores nesta sexta-feira (21) que não há planos para substituir as caixas de correio e máquinas de distribuição de correspondência recentemente removidas de determinadas cidades americanas.
A medida preocupa democratas, que esperam larga votação por correio nestas eleições presidenciais dos EUA, algo permitido no país. DeJoy, que é próximo do presidente Donald Trump, nega que a retirada dos equipamentos vá prejudicar o pleito.
“O Serviço Postal é inteiramente capaz e comprometido a permitir à nação uma eleição por correspondência segura e pontual”, disse DeJoy aos senadores. “Acredito que o povo americano deva poder votar por correio.”
O chefe do Serviço Postal prometeu ainda que o processamento dos votos por correio também seriam priorizados sobre outras entregas — da mesma forma que ocorreu em anos anteriores.
Disputa nos correios
Recentemente, DeJoy voltou atrás de uma série de reformas no sistema postal americano após pressão — inclusive judicial — de democratas. Apoiadores do candidato Joe Biden, efetivado na quinta-feira pelo partido de oposição, alegam que as medidas de corte de gastos dos correios atrasariam a contagem dos votos por correspondência.
Por isso, durante a Convenção Nacional Democrata, políticos e personalidades pediam aos eleitores que votassem nessa modalidade que o fizessem antecipadamente, algo também permitido nos Estados Unidos.
Candidato a reeleição, o presidente Donald Trump vem questionando os democratas sobre a votação por correio. Parlamentares republicanos próximos da Casa Branca também têm acusado os democratas de espalhar “medo e desinformação”.
fonte: G1