Caixas de correio removidas nos EUA não serão substituídas, admite chefe do Serviço Postal

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O chefe do Serviço Postal dos Estados Unidos, Louis DeJoy, admitiu a senadores nesta sexta-feira (21) que não há planos para substituir as caixas de correio e máquinas de distribuição de correspondência recentemente removidas de determinadas cidades americanas.

A medida preocupa democratas, que esperam larga votação por correio nestas eleições presidenciais dos EUA, algo permitido no país. DeJoy, que é próximo do presidente Donald Trump, nega que a retirada dos equipamentos vá prejudicar o pleito.

Chefe do Serviço Postal dos EUA, Louis DeJoy, presta depoimento a senadores nesta sexta-feira (21) — Foto: US Senate Committee on Homeland Security & Governmental Affairs via AP

“O Serviço Postal é inteiramente capaz e comprometido a permitir à nação uma eleição por correspondência segura e pontual”, disse DeJoy aos senadores. “Acredito que o povo americano deva poder votar por correio.”

O chefe do Serviço Postal prometeu ainda que o processamento dos votos por correio também seriam priorizados sobre outras entregas — da mesma forma que ocorreu em anos anteriores.

Disputa nos correios

Manifestante em protesto no sábado (15) pede saída de chefe do Serviço Postal dos EUA, Louis DeJoy, após crise sobre votos por correios — Foto: Cheriss May/Reuters

Recentemente, DeJoy voltou atrás de uma série de reformas no sistema postal americano após pressão — inclusive judicial — de democratas. Apoiadores do candidato Joe Biden, efetivado na quinta-feira pelo partido de oposição, alegam que as medidas de corte de gastos dos correios atrasariam a contagem dos votos por correspondência.

Por isso, durante a Convenção Nacional Democrata, políticos e personalidades pediam aos eleitores que votassem nessa modalidade que o fizessem antecipadamente, algo também permitido nos Estados Unidos.

Candidato a reeleição, o presidente Donald Trump vem questionando os democratas sobre a votação por correio. Parlamentares republicanos próximos da Casa Branca também têm acusado os democratas de espalhar “medo e desinformação”.

fonte: G1