Blog do Kuppê denunciou dois procuradores do MP DF em 2007 que detonou governo Arruda

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bandarraO jornalista Roberto Kuppê anuncia volta do blog que será relançado semana que vem. O Blog do Kuppê foi em 2007 um instrumento importante na deflagração da Operação Caixa de Pandora, que culminou com a cassação do ex-governador do DF, José Roberto Arruda (DEM). Naquele ano, Roberto Kuppê, um jornalista de Brasília que atua como dublê de empresário, publicara em seu blog que os procuradores de Justiça, Deborah Guerner e Leonardo Bandarra teriam favorecido empresas de coleta de lixo em contratos emergenciais com o governo do Distrito Federal.

O Ministério Público tem a atribuição de atuar como defensor da sociedade contra os abusos e irregularidades cometidos por integrantes dos governos. As principais armas dos promotores de Justiça e dos procuradores da República são investigações que geralmente levam a peças de acusação na Justiça. Quando os promotores passam a ser investigados e a responder a denúncias, a lógica de funcionamento do Ministério Público é corrompida. Mas essa tem sido a realidade no Ministério Público do Distrito Federal desde que o caso do mensalão do DEM explodiu em Brasília.

Leiam matéria da revista Época que fala sobre o caso:

O procurador-geral Leonardo Bandarra e a promotora Deborah Guerner são investigados no inquérito da Operação Caixa de Pandora por suspeitas de corrupção. Elas foram levantadas por Durval Barbosa, o ex-secretário de Relações Institucionais do governador José Roberto Arruda que detonou o escândalo ao fazer uma delação premiada. Bandarra e Deborah estão também no centro de uma surpreendente polêmica que ameaça minar a credibilidade da instituição. A alta temperatura da crise no Ministério Público do Distrito Federal pode ser medida por e-mails que circularam na intranet da instituição, aos quais ÉPOCA teve acesso. Sem mesuras, os documentos trazem discussões, ameaças e ásperos pedidos de explicação (leia trechos abaixo). Num dos e-mails, Deborah chega a manifestar o receio de vir a ser assassinada. Ela cobra de Bandarra resposta a um pedido de proteção a sua integridade física. “Se me assassinarem, será que vai jorrar fita de várias partes do mundo? Mas aí eu já morri”, afirma.

As suspeitas contra Bandarra e Deborah foram levantadas por Durval Barbosa num depoimento à Polícia Federal. Ele disse aos investigadores ter recebido, em 2007, a visita de Cláudia Marques, uma assessora do governador Arruda. No encontro, segundo Barbosa, Cláudia, falando em nome de Bandarra e de Deborah, teria pedido a ele ajuda para conseguir retirar de circulação da internet acusações contra os dois. Naquele ano, Roberto Kuppê, um jornalista de Brasília que atua como dublê de empresário, publicara em seu blog que Deborah e Bandarra teriam favorecido empresas de coleta de lixo em contratos emergenciais com o governo do Distrito Federal. A Polícia Federal investiga se houve pagamento de propina de R$ 300 mil por mês para a renovação semestral desses contratos, que dependia de aval do Ministério Público.

No final das investigações, Leonardo Bandarra e Débora Guerner foram afastados do MP DF.

Leia matéria completa da Época aqui