ATUALIZADA- Jornalista devolve as duas parcelas do auxílio emergencial após governo lançar site para devolução

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Primeira parcela devolvida

PORTO VELHO- O jornalista Roberto Kuppê, do Mais RO e presidente do Instituto Rondon, devolveu as duas parcelas no total de R$ 1.200, recebidas através do auxílio emergencial do governo federal, destinado às pessoas afetadas pela pandemia. Tão logo surgiu a opção de devolução, o jornalista imediatamente o fez porque, segundo ele, só se inscreveu para conferir se o programa de transferência de renda funcionava de fato, se era fácil para o cidadão comum.

Segunda parcela devolvida pelo jornalista

“Jamais pensei que ia ser contemplado pois tenho algumas coisas no meu nome como empresas e outros rendimentos. Foi um erro do sistema de checagem que, na pressa, não fez um pente fino nas solicitações”, disse. Antes de devolver o jornalista pensou em doar os R$ 1.200 reais para entidades que estão atuando junto às comunidades pobres como a CUFA- Central Única das Favelas que tem uma filial em Rondônia. “Tirei um peso da consciência, estou mais leve após devolver o dinheiro”, disse. “Não é justo você no conforto do seu lar, apenas digitando no celular, conseguir receber enquanto milhões enfrentaram filas e muitos nem receberam ainda”, ponderou. O jornalista informou que o sistema não cancelou ainda o benefício e que, vai devolver todas as parcelas que por ventura ainda forem depositadas na conta digital da Caixa em nome dele.

As duas parcelas devolvidas já foram dadas baixas e não consta mais no sistema, conforme documento abaixo:

Mas muitas pessoas também fizeram a inscrição na base do “se colar colou”. E colou pra muitos filhinhos de papai, pessoas de classe média alta que não precisam dos recursos destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados.

Mas, diferentemente do jornalista que fez de fato a solicitação do auxílio emergencial e o devolveu, outras pessoas tiveram seus dados utilizados indevidamente como o também jornalista Samuel Costa que registrou BO. Famosos e milionários como Luciano Hang (Havan) também tiveram seus dados utilizados fraudulentamente.

Como devolver o auxílio emergencial

Quem recebeu o pagamento de R$ 600 ou R$ 1.200, mas não se enquadra nos critérios para ter direito pode se cadastrar pela internet para devolver o dinheiro. Um site para a devolução foi disponibilizado pelo Ministério da Cidadania. Após o beneficiário informar o número de CPF, o sistema emite uma guia de recolhimento com código de barras que pode ser paga em aplicativos bancários ou terminais de autoatendimento. Para devolver, clique AQUI .

Pagamentos indevidos

De acordo com o Ministério da Defesa, mais de 73 mil militares ativos, inativos e pensionistas receberam indevidamente o auxílio emergencial. O Tribunal de Contas da União determinou que eles devolvam o dinheiro.

Em regra, pessoas de carteira assinada, agentes públicos ou aposentados não podem receber o auxílio emergencial, criado para atender pessoas de baixa renda durante a pandemia do coronavírus. Vale salientar que, há critérios de renda familiar que também podem excluir a pessoa do programa de renda básica emergencial.

Além dos militares, há relatos de que mesmo sem se enquadrarem nos critérios legais, trabalhadores estão recebendo o dinheiro do governo federal. Isso pode ter acontecido por causa da desatualização de cadastros públicos usados para verificar as condições de elegibilidade.

Sobre o Instituto Rondon

O Instituto Rondon é a continuidade do Instituto Matheus Moraes, fundado em 2007. Ainda em fase de reestruturação, o IR vai atuar na defesa da Amazônia, dos indígenas, dos negros, além de atuar nas camadas carentes de Rondônia e do Brasil. O Instituto Matheus Moraes ajudou a milhares de pessoas no Brasil e, em especial em Rondônia.

 

Fonte: Mais RO