Ameaçado de interdição, Hospital Infantil Cosme e Damião tem 30 dias para transferir pacientes

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Sob indicativo de interdição, o Hospital Infantil Cosme e Damião em Porto Velho recebeu o prazo de 30 dias transferir os pacientes e reformar a unidade de saúde. Problemas na estrutura da unidade são alvo de denúncias de órgãos de fiscalização.

O assunto foi tratado durante reunião ontem com representantes do Cremero, da direção do Cosme Damião, Ministério Público, OAB, Simero, Conselho Estadual de Saúde, Assembleia Legislativa e Secretaria de Saúde do estado (Sesau).

Umas das sugestões apresentadas é que as crianças sejam transferidas para o hospital de Campanha Regina Pacis.

Durante a reunião foi encaminhado pelos deputados Neidson Soares e Cássia da Muleta requerimento para que a Sesau realizasse com urgência a reforma do Cosme e Damião e a transferência das crianças. O pedido foi aprovado pela Assembleia.

De acordo com a presidente do Cremero, Dra. Ellen Santiago, o primeiro relatório de fiscalização protocolado notificando sobre os problemas estruturais foi feito há dois anos, e até o momento o problema persiste. Caso a transferência das crianças não aconteça no prazo estabelecido, ocorrerá a interdição ética-médica do hospital.

Representando o estado de Rondônia, o secretário-adjunto da Saúde, Nélio Santos, afirmou que o hospital não oferece risco aos pacientes da forma como está, e que existe um processo em andamento, porém que a burocracia traz dificuldades para a gestão administrar.

O hospital, responsável por todo procedimento de médio e grande porte da pediatria no Estado, é ocupado por 80% da atenção primária, que seria responsabilidade do município, conforme informou o diretor técnico do HCD, Daniel Pires de Carvalho.

“São mais de 300 atendimentos por dia, a demanda é crescente”, reforçou.