Vereador Bengala de Porto Velho tenta incriminar sargento Heline Braga em suposto assalto à casa dele

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Heline Braga recebe o deputado Ezequel Júnior
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Heline Braga recebe o deputado Ezequel Júnior

A sargento Heline Braga, comandante do Grupamento de Polícia Militar de Nova Mutum, está sendo acusada pelo presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, vereador Jurandir Bengala (PT) de estar por trás de um assalto contra a residência dele, supostamente ocorrido na madrugada de quarta-feira. Segundo informações do site O Rondoniense, “A residência do presidente da Câmara Municipal, vereador Jurandir Bengala (PT) recebeu a visita de grupo de pessoas, que possivelmente sejam ladrões na madrugada desta quarta-feira (27.05) em Jaci-Paraná”. De acordo com a reportagem, teriam sido furtados três notebook. Ainda na reportagem, Jurandir Bengala teria recebido via whatsapp dezenas de áudios de pessoas ligadas à sargenta Heline Braga. A reportagem, porém é vaga e mal escrita, repleta de erros de concordância e redundante. Não  parece ter sido redigida pela redação do jornal. No texto, por exemplo, não é citado se Bengala estava em casa na madrugada de onem, quando o suposto assalto teria sido cometido. E também não fala em Boletim de Ocorrência e nem apresenta fotos do local dos fatos. Parece mesmo um roteiro antigo de alguém tentando imputar culpa a alguém.

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Há meses a região de Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho, vem sendo alvo de uma disputa entre o vereador presidente da Câmara Municipal de Porto Velho e a ex-candidata a deputada estadual pelo PSDC e atual comandante do Grupamento de Polícia Militar de Nova Mutum,  sargento Heline Braga. Tudo começou quando a sargento Braga comprou a briga dos moradores de Nova Mutumm que invadiram as mais de 500 casas pertencentes de direito à Construtora Camargo Correia, mas de fato aos moradores atingidos pelas barragens da Usina de Jirau.

O deputado Ezequiel Júnior (PSDC) esteve no distrito de Nova Mutum, onde ouviu sérias denúncias de moradores contra a empresa Camargo Corrêa e contra o presidente da Câmara de Vereadores da capital, Jurandir Bengala (PT). Os moradores se dizem perseguidos e afirmam que não têm direito nem a atendimento na área de saúde, sob a alegação de que são “invasores”.

Segundo os antigos moradores e hoje considerados invadores, a cidade de Nova Mutim  foi construída pelo consórcio construtor da Usina Jirau, para ser entregue a moradores do distrito de Mutum Paraná, que perderam suas residências porque a cidade foi alagada. Moradores afirmam que agora estão sendo pressionados a comprar as casas que por direito lhes pertenciam, pelo acordo de compensação social. Depois foram expulsos por liminar de reintegração de posse.

Os moradores  formaram então uma comissão dos ocupantes, que, com o apoio logístico do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e através da Defensoria Pública, conseguiram enviar um ofício ao ministro Miguel Rosseto relatando a situação e ingressaram na justiça pedindo a derrubada da liminar. Com a liminar suspensa, recorreram aos vereadores de Porto Velho para encontrar apoio. Segundo eles, além de não encontrarem apoio, estão enfrentando perseguições. É aí onde entra o vereador Jurandir Bengala.

Moradores disseram que o vereador Jurandir Bengala estaria fazendo pressões junto ao Comando da Polícia Militar para que a sargento Braga, comandante do Grupamento de Polícia Militar de Nova Mutum, seja remanejada. Ela teria sido a única autoridade a se manifestar em favor das famílias naquela localidade, denunciando os abusos e buscando apoio junto à Assembleia Legislativa.

Conforme os moradores, até atendimento na área de saúde tem sido negado, sob a alegação de que são invasores. Em determinados casos eles procuram a sargento Braga, e somente com intervenção dela conseguem ser atendidos.

Eles disseram, ainda, que houve uma audiência pública que contou com a participação dos vereadores Jurandir Bengala, Chico Lata (PP) e Everaldo Fogaça (PTB), mas isso de nada teria adiantado. Os moradores afirmaram ser voz corrente que depois disso, vereadores decidiram se aliar à Camargo Corrêa, por isso não estariam ajudando.

Fonte: Mais RO com assessoria