SIM, O PREFEITO É O CULPADO… OU É O MÁRIO???????

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davidCOLUNA POLÍTCA SEM CENSURA

Por David Nogueira (*)

1. SIM, O PREFEITO É O CULPADO… OU É O MÁRIO???

 

Depois de quase quatro anos de gestão, é inviável colocar, nas costas do prefeito anterior, todas as lambanças ainda existentes nesta nossa ensolarada capital. Sem entrar no mérito das besteiradas do alcaide anterior, a atual gestão de Porto Velho peca em vários e incontáveis sentidos. Isso, a priori, não é motivo para levá-lo diretamente ao inferno e colocá-lo sentadinho no colo do “devil”… Contudo, admitamos, tais percalços dificultam muito sua sonhada pretensão de chegar ao céu sob o acorde de arpas e anjinhos cantarolando versos divinais.

 

2. De quem é a culpa da incompetência dos Secretários???

 

Há muita coisa certa acontecendo, porém isso é bastante frágil para esconder algumas cenas emblemáticas. Falo daquelas imagens capazes de manchar todo um esforço de administração pública. Falar em boas intenções e vontade de superação é puro discurso demagógico. Como diz o profeta, de bem intencionados, o inferno está cheio… e novas delegações chegam incessantemente por lá. É inaceitável acreditar que uma cidade como Porto Velho atravesse uma gestão inteira e os seus “mandachuvas” não consigam recomeçar obras paradas por questões diversas… Várias! É surreal ver tanta incompetência junta. Dinheiro na conta há anos e obras paradas em diferentes espaços da capital. Sequer se fala aqui dos famigerados viadutos ou do melancólico “Espaço Alternativo”. Depois de quase quatro anos, passa a ser desnecessário procurar de quem é a culpa da incompetência em “fazer acontecer”!!!

 

3. Quando não faz… atrapalha.

 

Vamos pegar dois casos simples do cotidiano da cidade. Sabemos, por sofrimento diário, ser o trânsito urbano uma balbúrdia tamanho família. Um caos irritante, imiscuído em recorrentes aflições, cujas inúmeras causas dispensam detalhes mais aprofundados. Há uma tropa de Guardas de Trânsito a serviço da prefeitura com a penosa tarefa de ajudar a melhorar a circulação veicular na capital. Esse princípio, todavia, não foi devidamente repassado aos profissionais da rua. O prazer dos meninos e meninas de cáqui, cá para nós, passou a ser o de multar, arrecadar, punir os péssimos motoristas de nossas vias esburacadas e sujas. É comum vê-los ao redor da SEMFAZ, SEMAD, Assembleia Legislativa (por exemplo), onde inexiste problemas de circulação veicular, à procura, de modo ávido, pelos desavisados proprietários de carros que, porventura, tenham estacionado de forma “pouco convencional”. Sem adentrar na estéril discussão do estar “certo” ou “errado”, observa-se aqui o princípio da razoabilidade. Inexiste trânsito naquela região… bem como velocidades exageradas (o espaço não permite); além disso, as vagas disponíveis são desproporcionais ao tamanho da demanda. O público que ali estaciona é constituído por servidores e pessoas da cidade em busca de solucionar problemas não resolvidos pelo poder público. Por que ficar rondando aquele espaço, com o propósito de punir e multar aquela gente e deixar de fiscalizar diferentes cruzamentos perigosos da cidade?  É errôneo tratar “Multa” como fonte de arrecadação pública. Tal infração é princípio inibidor e deve ter caráter educativo. Quem paga o ônus dessa forma de agir dos guardas??? O prefeito por incompetência do Secretário.

 

4.   Árvores, sim… mas sem estultice!

 

Vivemos numa cidade com dois climas distintos ao longo do ano: um é quente; o outro, muito quente. Sendo assim, processos de arborização sempre são muito bem recepcionados e necessários. No entanto, alguns detalhes devem ser observados pelos moradores e, principalmente, pelo poder municipal. Árvores de raízes profundas devem prevalecer sobre as de raízes espalhadas. Isso evita, ou diminui, o estrago que provocam nas calçadas (quando os passeios existem). Outro aspecto a ser observado consiste na localização das mudas. Inviável fazer plantação sob a rede elétrica. Pode parecer inexplicável, inacreditável, porém, “após muitos estudos e experiências científicas”, observou-se que as árvores crescem bastante… com isso tendem a atingir os fios de alta tensão… isso gera perigo e implica em possíveis danos aos consumidores. Semana passada, ao passar pela av. Farquar, reparei a “arborização” realizada na calçada do Estádio Aluísio Ferreira. Muitas mudas plantadas, com a melhor das “boas intenções”, porém, embaixo da rede elétrica. O mais hilário (para não falar trágico) é que, na rua Benjamin Constant, onde a calçada do Estádio não possui rede elétrica, inexistiu qualquer plantação de árvore… De quem será a culpa disso???

 

5. Vereadores limitados

 

A qualidade da maioria dos nobres edis da digníssima Câmara de Porto Velho fica longe de se aproximar, de forma adequada, do almejado pela cidade, embora, para melancolia geral, tenham sido seus inconsoláveis moradores os responsáveis por suas eleições. É inconcebível que o prefeito seja um homem fraco… de coração mole… omisso… conivente com a incompetência recorrente de parte de sua equipe. Ele é o responsável a ser cobrado, logo, o alcaide precisa sair da zona de conforto e agir. Fazer acontecer. O povo se “lixa” para as razões burocráticas das obras paradas com dinheiro na conta… tem que resolver!!! Os instrumentos de gestão devem estar a serviço do cidadão e da cidadania ao invés de robustecerem a punição, a ineficiência, a irracionalidade e a razoabilidade. Há muita coisa boa acontecendo na cidade, entretanto nada disso surtirá impacto suficiente se imperceptível for, aos olhos da sociedade. Se a gestão não  trabalha para melhorar a sua vida e a de sua comunidade, de quem é a culpa???

Quanto ao Mário!!!  Você, eleitor, desconhece quem é o Mário??

 

 (*) David Nogueira é articulista