Rondônia mais uma vez é o estado com a pior taxa de vacinação contra a Covid-19 no país

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Rondônia tomou o lugar do Mato Grosso e mais uma vez é o estado último colocado no ranking de vacinação contra a Covid-19 no país. De acordo com os dados divulgados ontem (19) pelo Consórcio de Veículos de Imprensa, que coleta dados das secretarias estaduais de cada estado, apenas 8,89% da população do estado foi vacinada com a primeira dose.

Conforme o ranking, o estado que mais vacinou, proporcionalmente à sua população, foi Rio Grande do Sul, que já conseguiu aplicar pelo menos a primeira dose em 17,39% da população. O estado é seguido por Mato Grosso do Sul (15,30%), Espírito Santo (14,73%), Paraíba (14,37), Bahia (13,83%).

Já os piores estados no ranking de vacinação são: Rondônia (8,89%), Amapá (9,12%), Mato Grosso (9,17%), Tocantins (9,28%), Acre (9,37%).

De acordo os números do portal da Covid do Governo, até o momento, o estado registrou o recebimento de recebeu do Ministério da Saúde (MS) 292.958 doses de imunizantes e aplicou 206.921. Ainda não foram computadas no portal a quantidade de 40.150 doses recebidas na madrugada do último sábado.

Atualmente, são mais de 100 mil doses armazenadas, prontas para aplicação na população. Porém, a demora é gritante.

O Ministério da Saúde chegou até a autorizar o uso da 2ª dose como 1ª dose, a fim de imunizar mais pessoas. O Ministério Público Federal já cobrou na semana passada uma posição dos governadores, sobre a demora na vacinação.

Na segunda-feira (19), Rondônia registrou 53 mortes por causa do coronavírus segundo informações do Painel Covid Rondônia. Desde o começo da pandemia, são 4.854 vítimas fatais da doença.

Nas últimas 24 horas, o estado também teve 725 diagnósticos positivos para coronavírus. Somados os casos confirmados, desde março do ano passado, já são 205.207 rondonienses infectados.

Explicação

A quantidade de vacinas aplicadas em Rondônia tem por base o número de imunizantes entregues pelo Ministério da Saúde (MS) é um questionamento recorrente da população, demonstrado por meio das redes sociais do Governo de Rondônia. Estas dúvidas compõe cerca de 50% das respostas elaboradas pela assessoria de comunicação social da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) diariamente.

Para tratar sobre o tema, Ana Flora Gerhardt, diretora-geral da Agevisa, explica as principais dificuldades que Rondônia enfrenta para que o número de vacinas aplicadas acompanhe o ritmo dos lotes de imunizantes que chegam ao Estado.

“Hoje temos mais de 90% da primeira dose aplicada, mas a segunda dose não chega a 50% da aplicação, isso acontece por situações diversas”, pontua.

Ana Flora reforça que vários municípios estão trabalhando no limite da capacidade de atuação que apressam a aplicação, mas demonstram dificuldades para informar os dados referente à aplicação das doses. “Existem municípios que tem um único servidor responsável por informar os dados da vacinação. Também há dificuldades para vacinar. Um exemplo é a vacinação dos indígenas aldeados, das populações tradicionais, como os quilombolas. Temos um Estado com 52 municípios e cada um enfrenta uma realidade diferente. Isso sem contar que toda semana recebemos novos lotes de imunizantes, ou seja, a conta não vai bater”, explica.

De acordo com a diretora, enquanto Estado, é possível compreender as fragilidades enfrentadas nos municípios, mas ao mesmo tempo, a sociedade, a imprensa e os órgãos fiscalizadores exigem rapidez no resultado da aplicação das vacinas.

“Por isso solicitamos, sempre, aos gestores municipais que concentrem esforços na aplicação, como também na alimentação dos dados no sistema”, reforça.

Fonte: Mais RO