RETICÊNCIAS POLÍTICAS… – Por Itamar Ferreira (*)

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itata Prefeitura comete erros atrás de erros na mudança do transporte coletivo e vereadores permanecem inertes…

… da primeira vez foi a tentativa de licitar uma terceira empresa para atuar no transporte coletivo de Porto Velho, que foi barrada pelo Tribunal de Contas.Depois foi declarada a caducidade do contrato com as atual e realizada uma licitação emergencial, pela qual só se interessou uma pequena empresa sem qualquer experiência nessa área…

... esta coluna denunciou, assim com o ativista político Carlos Caldeira e o vereador José Wildes, enquanto a maioria dos edis ficaram inertes, que se a tal empresa fosse homologada e assumisse o transporte coletivo, o que já é ruim iria se transformar num verdadeiro caos; pois além de ser uma empresa sem experiência, os investimentos necessários seriam inviáveis para apenas seis meses de operação…

… por fim, o bom senso prevaleceu e a empresa foi desclassificada. Entretanto, a prefeitura não aprendeu com os erros e parte para uma nova empreitada fadada ao fracasso; qual seja, realizar uma nova tentativa de licitação emergencial. Vão errar de novo…

... porque a tendência é que novamente não apareçam interessados, porque a empresa que vencer a tal licitação emergencial vai ter que investir em infraestrutura de garagem para recolher os ônibus, dar manutenção, funcionar a parte administrativa e contratar mais de mil funcionários, sem ter qualquer segurança de que ganhará a licitação ao final dos seis meses ou após a prorrogação…

… um outro fato importante é que para acabar com o monopólio de duas empresas, na licitação definitiva o sistema deverá ser dividido ao menos em três lotes. Ora, a empresa que assumisse emergencialmente poderia ao final concorrer por apenas um terço do sistema; portanto, ainda que vencesse, amargaria um pesado prejuízo de dois terços dos seus investimentos…

… além disso há inúmero problemas operacionais nessa desastrosa licitação emergencial, tais como: 1) viabilizar o atual sistema de integração eletrônica? 2) o saldo nos cartões Leva Eu? 3) a instalação de sistema de monitoramente por GPS e catraca eletrônica? 4) como ficam os 1.100 funcionários ativos e 120 afastados pelo INSS das duas atuais empresas? São muitas perguntas. Enquanto isso…

… na Câmara de Vereadores os nobres edis, com raríssimas exceções, apenas assistem a toda essa lambança e sequer convocaram o secretário da SEMTRAN para dar esclarecimentos. Vamos ver até quando os nossos vereadores continuarão inertes…

… porque, salvo melhor juízo, a única medida viável seria partir de imediato para a licitação definitiva, enquanto esta não se concretiza, as atuais empresas continuariam prestando o serviço; o que aliás já vem fazendo desde que foi decretada a “caducidade” pelo Decreto nº 13.842 em 24 de abril de 2015.

(*) Itamar Ferreira é sindicalista