Prefeitura realiza vacinação itinerante para diabéticos, em Porto Velho

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Diabetes é uma patologia causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina que aumenta o risco de demais doenças e requer uma imunização especial. Pessoas que vivem com a doença têm direito de acesso a imunobiológicos especiais. Para facilitar e garantir o acesso dessa população, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) promove um mutirão de vacinação itinerante.

A iniciativa, que começou no dia 15 de abril, busca prevenir e reduzir os riscos de complicações na saúde da população diabética. De acordo com a Divisão de Imunização da Semusa, todas as unidades devem realizar a vacinação itinerante em suas áreas de cobertura, conforme estratégia adotada por cada unidade.

A Unidade de Saúde da Família (USF) Hamilton Gondim foi uma das primeiras a realizar a vacinação casa a casa. A enfermeira e agente comunitária de saúde (ACS), Ilana Rejane de Souza, foi quem iniciou a ação nesta localidade. A iniciativa imunizou pessoas com diabetes, inclusive idosos e acamados.

“A população diabética está sendo imunizada com a vacina pneumo 23. Para a proteção adequada de pessoas que vivem com diabetes, recomenda-se a vacina pneumocócica, pois ela protege contra doenças graves causadas pela bactéria pneumococo, como pneumonias, meningites e outras”, explica a profissional de saúde.

A alta concentração de açúcar no sangue, comum em quem vive com diabetes, pode afetar mecanismos do sistema imunológico e aumentar a chance de contrair infecções e ter quadros mais graves. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, pessoas que vivem com diabetes têm risco 50% maior para pneumonia pneumocócica e até 4,5 vezes maior para as doenças pneumocócicas mais graves e infecção generalizada.

De acordo com Ministério da Saúde, doenças pneumocócicas são aquelas causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae. A exemplo de: pneumonia, meningite, otite, sinusite, septicemia (infecção do sangue), artrite infecciosa e osteomielite entre outras.

“Por isso, as vacinas para diabéticos são de extrema importância, é uma das formas mais seguras de proteger e prevenir contra diversos agravos. Por ser uma população suscetível às demais doenças, a imunização desses pacientes é ainda mais necessária”, finaliza Ilana.

Marinês Monteiro Duarte, de 52 anos, foi uma das contempladas com imunização especial. Ela descobriu ser diabética há dois anos, em um exame de rotina realizado na USF Hamilton Gondim. Para ela, a iniciativa é importante para promover uma melhor qualidade de vida e bem-estar da pessoa que vive com diabetes. “É um cuidado diferente e especial com os diabéticos. A prevenção é fundamental para a saúde de todos. Eu me sinto acolhida e muito grata”, relata Marinês.

HUBCRIE

Em Porto Velho, o Projeto HubCrie, que capacita os profissionais de saúde no manejo dos imunobiológicos especiais, foi criado pelo Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social (IPADS) e busca aperfeiçoar os conhecimentos dos profissionais de saúde da atenção básica, além de ampliar o acesso a esse serviço.

Pacientes que vivem com doenças crônicas, que afetam o sistema imunológico ou que possuem o sistema imune fragilizado por conta de determinadas condições, podendo apresentar risco para doenças infecciosas, podem receber os imunobiológicos especiais disponíveis no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), localizado no Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho.

O Crie tem como finalidade facilitar o acesso da população aos imunobiológicos especiais, em especial das pessoas com imunodeficiências congênita ou adquirida e de outras condições especiais de morbidade ou exposição a situações de risco.

OUTRAS AÇÕES

Ações de cuidados são desenvolvidas pela Semusa através do Hiperdia, um programa que atua na prevenção e tratamento contra hipertensão e diabetes. Em Porto Velho, o serviço é disponibilizado em todas as unidades de saúde da rede municipal.

Segundo o Departamento de Atenção Básica (DAB), aproximadamente 35 mil pessoas são acompanhadas pelo serviço, sendo diabéticos cadastrados 9.453 e 3.170 dependentes de insulina.

Os interessados no atendimento podem comparecer à unidade mais próxima de sua residência portando os seguintes documentos: RG, CPF, cartão do SUS, comprovantes de residência, receita e laudo médico que ateste a condição de saúde.

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)