Ozonioterapia é uma das dez novas práticas de medicina complementar adotadas pelo SUS

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Cuba lidera investigaciones sobre ozonoterapia en el mundo

A Ozonioterapia é uma técnica que utiliza a mistura de gases medicinais, oxigênio e ozônio, com o objetivo de tratar doenças graves como câncer, dores e inflamações crônicas (hérnia de disco), infecções variadas (hepatites e herpes), além de feridas, queimaduras e problemas vasculares em que haja redução do fluxo sanguíneo. A terapia com o “Ozônio Medicinal” é natural, tem poucas contraindicações e efeitos secundários mínimos, se realizada corretamente. O procedimento é simples, seguro e de baixo custo o que é uma vantagem quando aplicado na rede pública de saúde por causa da redução drástica nos gastos com medicamentos.

A aplicação do ozônio medicinal pode ser feita por meio do gás retido dentro de bolsas plásticas para tratamento de feridas; com água ou óleo ozonizado para facilitar a cicatrização; injetado na forma de gás por via subcutânea, intra-articular e nas cavidades naturais (reto, bexiga, vagina) e até mesmo misturado aos líquidos biológicos, com o objetivo de melhorar a oxigenação e a função do sistema imunológico.

“Mais recentemente, vem surgindo novas aplicações da Ozonioterapia e seu uso está sendo ampliado para o tratamento de autismo, derrames cerebrais isquêmicos, esclerose múltipla e como terapia de suporte no tratamento de tumores malignos”, acrescenta a presidente da ABOZ – Associação Brasileira de Ozonioterapia, Dra. Maria Emília Gadelha Serra, uma das maiores especialistas brasileiras no assunto.

A Ozonioterapia é utilizada na Alemanha desde a 1ª. Guerra Mundial, país onde os seguros de saúde remuneram os procedimentos desde a década de 1980. Os sistemas públicos de saúde da China, Rússia, Espanha, Portugal, Grécia e Cuba também disponibilizam a técnica para a população há várias décadas. “Nos países em que o uso medicinal do ozônio é reconhecido, houve redução de 27% no consumo total de antibióticos e de 22% no consumo de analgésicos opioides e não opioides”, explica a médica.

A ABOZ é membro atuante da Federação Mundial de Ozonioterapia (World Federation of Ozone Therapy – WFOT) e vem trabalhando há mais de uma década para que a técnica esteja disponível no Sistema Único de Saúde brasileiro. A Dra. Emília enumera as possibilidades e ganhos que teriam os pacientes do SUS com a implantação da Ozonioterapia no Brasil:

1. Diminuição do tempo de recuperação dos pacientes afetados por doenças em que a Ozonioterapia é eficaz;

2. Diminuição da morbidade de diversas doenças, com ganho na qualidade de vida -redução de até 80% da taxa de amputação de membros de pacientes com gangrena diabética (Calderon, Universidade Haifa – Israel), com consequente resultado na manutenção da autoestima destes pacientes e melhora da qualidade de vida e da aptidão ao trabalho, reduzindo as taxas de invalidez e aposentadoria;

3. Redução do custo do tratamento de várias doenças crônicas – redução de até 90% dos custos no tratamento de feridas crônicas em membros inferiores e gangrenas diabéticas (Menendez, Centro de Investigaciones Del Ozono – Cuba), em função da velocidade de cicatrização mais rápida e consequente diminuição do tempo de internação;

4. Diminuição na compra de medicamentos de alto custo, por aumentar a eficácia dos mesmos – estimativa de redução em até 30% do Custo do SUS pela introdução do uso do ozônio medicinal em outras patologias previstas em protocolos com experiência internacional (hepatites crônicas e hérnias de disco, por exemplo);

5. Diminuição no número de procedimentos de alta complexidade associados ao uso de equipamentos cirúrgicos de alta tecnologia;

6. Redução de internações recorrentes e desnecessárias, principalmente em pacientes com feridas crônicas;

7. Redução no número de pacientes internados devido às infecções oportunistas, hospitalares e dos efeitos colaterais;

8. Diminuição nos deslocamentos domiciliares;

9. Reabilitação precoce do indivíduo, que pode retornar às suas atividades laborais e demais atividades da vida diária com menor custo sócio familiar, em especial os pacientes afetados por dores crônicas;

10. Diminuição dos efeitos colaterais associados à quimioterapia e radioterapia.

 

ABOZ

A Aboz (Associação Brasileira de Ozonioterapia) trabalha para que a prática da Ozonioterapia no Brasil possa ser realizada de maneira legal, consciente, responsável e ética.

Fundada em 2006, durante o primeiro congresso internacional de Ozonioterapia no Brasil em Belo Horizonte, A Aboz promove o ensino e a pesquisa em ozonioterapia, realiza campanhas educativas sobre o tema, promove cursos de aperfeiçoamento e especialização, reuniões, congressos, estágios no país e no exterior, entre diversas atividades relacionadas à ozonioterapia.

Uma das prioridades da ABOZ é garantir informação e formação de qualidade relacionada à Ozonioterapia, devidamente embasada na experiência internacional e também nacional. www.aboz.org.br