Os pecados do governador de Rondônia, Marcos Rocha, nos 18 meses de governo

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No primeiro turno, Bolsonaro diz que ficará neutro

PORTO VELHO- Um governo que é um exemplo de vaidades e incapacidade de gestão. Gastam muito e mal. Um ano e meio de governo bolsonarista, o retrato é o mesmo em nível federal. O governo Marcos Rocha não deve nada ao governo Jair Bolsonaro. Rondônia está regredindo, andando para trás. Parece que as coisas do governo passado são proibidas nesse governo. Barco hospital parado, restaurante popular fechado.

O Conselho de Governo onde o ex-governador Confúcio Moura se reunia com os chefes dos demais poderes, parou de acontecer. Conselho que foi criado por emenda à Constituição, diga-se de passagem. Esse Conselho deveria se reunir pelo menos três vezes ao ano ou a qualquer momento, extraordinariamente, como numa pandemia. Seria uma excelente ferramenta de partilha de informações e tomada colegiada de decisões com DPE, MP, TJ, ALE, TCE, Governo. Se não tem nada a esconder, porque não reúnem o conselho nem que fosse virtualmente? Seria até mais inteligente, pois partilharia a responsabilidade das decisões com todos.

São muitos os pecados de Marcos Rocha nesses ano e meio de governo. Um deles, é o fato de não querer morar na residência oficial situada nos altos do CPA, com heliponto e tudo.
Pra que gastar mais com aluguéis, segurança, pessoal?

Assim como seu mentor Bolsonaro, em Brasília, Marcos Rocha abandonou os meios de comunicação e só se reporta através de “lives” pra evitar perguntas incômodas que a imprensa livre tem pra fazer. O governo se comunica mal e leva pedradas por isso.

Na questão do CERO, o deputado federal Léo Moraes(Podemos) se equivocou em parte, mas cumpriu o papel de denunciar. Se puderam praticamente reconstruir o Regina Pácis, já poderiam ter adaptado o CERO antes. O deputado só não soube se expressar corretamente e atingir o objetivo. A verdade é que não planejaram e tinham “interesse” na compra de hospital Regina Pácis. Não que não fosse necessário. Mas poderiam ter feito antes a adaptação em uma estrutura que já existia, o CERO, que tem ainda a vantagem de estar no Mariana, no meio do povão. Seria até menor o deslocamento das pessoas, ambulâncias
menos risco de contágio.

Portanto, nesses um ano e meio de governo, Marcos Rocha ainda não disse a que veio. Cadê escrituras pro povo? Política de agronegócio? O que criou de novo? Qual a bandeira?

Além de tudo isso, o governo demonstra que governa para dentro e não aceita sugestões e nem os feitos de governos passados. Prova disso foi a deselegante postura ao barrar a presença do ex-secretário de Saúde, Williames Pimentel, que representava, na ocasião,  o senador Confúcio Moura (MDB), no encontro com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Por Roberto Kuppê, articulista político