Revoltados online devem ter amanhecido na sexta-feira com expectativas excelsas: é que a Polícia Federal realizava mandado de busca e apreensão na Friboi, em mais uma fase (Sépsis) da Operação Lava Jato. Certamente pensaram: o juiz Sérgio Moro (PSDB) vai chegar no Lulinha.
Pois não é que o Moro chegou mesmo no dono da Friboi? Só que ele não é o Lulinha. É o empresário Joesley Batista, da J&F, holding proprietária da JBS. Ficava difícil para os extremados antipetistas entenderem que a Friboi tinha um dono e ele não era o filho do Lula. Agora parece que tudo está claro.
Nas buscas da Operação Sépsis, a Polícia Federal apreendeu Lúcio Bolonha Funaro, doleiro ligadíssimo a Eduardo Cunha. Se aquela história de #SomosTodosCunha era verdade, muita gente ontem se entristeceu. Afinal de contas, o cerco ao presidente afastado da Câmara dos Deputados está fechado.
E como há gente tola capaz de acreditar ainda na inocência de Eduardo Cunha, existem também aqueles que esperam a revelação de que Lulinha é o dono da Friboi, como afirmaram milhares e milhares de memes nas redes sociais da direita.
Para completar, Moro também encontrou Henrique Meirelles, que, mesmo afirmando não ter mais ligação com a JBS, pertenceu ao Conselho Consultivo da empresa. Em março deste ano, já sendo cogitado para ocupar o ministério da Fazenda de Temer, Meirelles relançou na internet o banco Origina, de propriedade da JBS. Aí tem truta!