Marcos Rogério prepara-se para o Senado

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Inteligente, sagaz, veloz, Marcos Rogério pode surpreender e desbancar as velhas raposas da política rondoniense

José Armando BUENO (*)

A ESTRELA SOBE  |  No mês de julho deste 2018 eleitoral, além das convenções partidárias para a escolha dos candidatos, o deputado federal Marcos Rogério completa 40 anos e poderá comemorar seu aniversário com sua candidatura ao Senado num bloco encabeçado por três partidos pesos-pesados da política rondoniense: PSB, PDT e DEM. A probabilidade é muito alta considerando a manifestação de fontes bem posicionadas e minha leitura de cenário. E seu histórico político poderá confirmar essa trajetória, além, é claro, do seu apetite por oportunidades únicas, ainda que com riscos relevantes. Afinal, como empreendedor político, este é o comportamento dos vencedores.

COMO POUCOS  |  Raros são os políticos jovens em Rondônia com uma carreira tão meteórica quanto Marcos Rogério. Faz par com sua ascensão a também jovem deputada federal Mariana Carvalho. O outro único político jovem, o deputado federal Expedito Netto, não entra nesse pelotão de elite porque não teve nem metade dos votos de um ou do outro. E é absolutamente certo que os candidatos jovens e os jovens com experiência, são os preferenciais em 2018, como indicam várias pesquisas e cenários. O eleitor tem sua sabedoria, como sempre afirmei. E mesmo que não considere ir ao Senado, ele tem pista livre para manter-se na Câmara junto com Mariana e Marinha Raupp. Quanto aos outros, eles são apenas os outros, e pelo menos quatro ou cinco não retornam à Câmara.

MARCOS ROGÉRIO teria os poderes de MAGNETO, o mutante super-herói da MARVEL?

MARCOS ROGÉRIO, O MAGNETO  |  O deputado Marcos Rogério parece ter semelhanças com o super-herói mutante da MARVEL, que tem poderes sobre os campos magnéticos, pois o seu poder para atrair votos é impressionante. Em 2008, em sua estréia como vereador em Ji-Paraná, obteve 1.305 votos. Em 2010, já dando um passo ousado rumo à Câmara Federal, alcançou 15.026 votos. Ainda que tenha ficado em último lugar na lista, deixou poeira para candidatos tradicionais e outrora poderosos como o ex-senador Amir Lando. Em 2014 surpreendeu de modo contundente com seus exuberantes 60.780 votos, faltando apenas 640 votos para superar a votação da campeoníssima deputada Marinha Raupp.

Os eleitores têm sabedoria própria, a despeito dos usos e abusos que dele fazem os políticos. As urnas comprovam.

ELEITORES JÁ DECIDIRAM  |  Praticamente todas as pesquisas eleitorais com rigor científico já mapearam a preferência do eleitor para este momento. Primeiro, engana-se quem pensa que o eleitor só quer candidatos “virgens”. Este é apenas um dos perfis desejados, mas sempre o eleitor mais conservador – a maioria – considera, historicamente, que os “virgens” podem não dar certo pela falta de experiência. Por outro lado, há sinais claros pela busca de candidatos ainda jovens ou com maturidade para novos desafios, e que estejam ou não na política. O líder desse perfil é o deputado federal Jair Bolsonaro, que aos 62 anos ainda joviais e com muita energia busca sua eleição para presidente. Seu fôlego já esmagou outros campeões.

O SENADOR PREPARA-SE  |  Bom de conversa e articulação, mente brilhante e sagaz, o deputado Marcos Rogério prepara-se para lançar sua candidatura ao Senado. Claro, precisa alinhavar as bordas e amarrar as pontas, e é isto que vem fazendo diuturnamente. A própria candidatura do seu chefe Rodrigo Maia à presidência fortalece-o regionalmente. E seu amplo trânsito por todos os partidos e lideranças, qualifica-o a buscar ousadia, sua marca pessoal na política desde sempre. Em 10 anos, de vereador a deputado federal em duas legislaturas, e no cenário atual, sua ousadia ganha fôlego para consolidar-se, a despeito de críticas e de incertezas dos mais desinformados.

Poucos competidores de alto calibre aumentam a competição: será um show eleitoral, pelo menos ao Senado.

OS ADVERSÁRIOS REAIS  |  Dentre seus adversários reais na disputa ao Senado, em condições, destaco dois nomes: Confúcio Moura e Valdir Raupp. Confúcio, por óbvio e com todo o ritual de mistério que sempre lhe envolveu até a hora certa de lançar-se, e Raupp, mais óbvio ainda, do alto de dois mandatos senatoriais, quase 500 mil votos em 2010 e cerca de 20 prefeituras sob sua influência direta. Suas desventuras no STF não serão tratadas em 2018, ao ponto de impedir-lhe não só a candidatura como a posse. Marcos Rogério, pelo histórico e idade, pode competir com ambos em plenas condições. Os outros são os outros, em especial o indeciso Expedito Jr., condenado por compra de votos em 2009, e que completa uma década sem mandato. Agora, sem comando partidário relevante — o PSD é irrelevante — e, ainda que não tenha entregue o partido para a deputada Mariana, por não conseguir fechar a contas, seus dias estão contados. Se conseguir 200 mil votos para o Senado, será muito. Se conseguir 250 mil votos para o governo, mais ainda. Portanto, é carta fora do baralho.

(*) José Armando BUENO é empreendedor e jornalista, editor de A Capital. Dirige a única empresa especializada em marketing eleitoral de Rondônia, o Marketing Candidato, e lançou dois projetos ousados e em voo, o Fórum Eleições 2018 e o Curso Eleições 2018