Língua presa: entenda como identificar e qual o tratamento mais adequado

A anquiloglossia, conhecida popularmente como língua presa, pode afetar cerca de 4% dos bebês. Essa condição existe por conta da formação do freio da língua, que pode ser encurtado ou mais apertado, fazendo com que a pessoa tenha dificuldade de movimentar a língua, algo notado especialmente durante a fala.

Normalmente, a língua presa não costuma trazer grandes problemas para a vida da pessoa. Na infância, por exemplo, esse problema pode interferir no desenvolvimento da fala ou da alimentação, já que os bebês podem ter uma dificuldade maior na amamentação, tornando essencial a avaliação de um pediatra.

Em graus mais leves, a língua presa pode ser identificada apenas em uma fase mais tardia do desenvolvimento, como na adolescência ou até mesmo na idade adulta. Nesses casos, é comum que não afete as atividades diárias, tendo como tratamento uma cirurgia simples, que ajuda a liberar a movimentação da língua.

Principais sintomas da língua presa

Existem alguns sintomas que ajudam médicos e outros profissionais a identificar os casos de língua presa.

• Dificuldade de elevação: quando a pessoa encontra desafios ao tentar elevar a língua até os dentes superiores.

• Restrição de movimento lateral: existe uma dificuldade em movimentar a língua para os lados.

• Dificuldade na protrusão labial: pode ser bastante desafiador para a pessoa com língua presa estender a língua para fora dos lábios.

• Formato anormal ao protrair a língua: observação de formas incomuns, como um nó ou coração, quando a criança projeta a língua para fora.

• Problemas na amamentação: bebês com língua presa podem morder o mamilo, em vez de realizar a sucção adequada. Isso ainda resulta em alimentação inadequada, o que leva à fome pouco tempo após mamar.

• Dificuldade no ganho de peso e crescimento: os bebês também podem ter maior dificuldade para ganhar peso adequado ou crescer no ritmo esperado.

Tratamento da língua presa

Em muitos casos, a pessoa com língua presa não terá sintomas muito evidentes, ou seja, não chegam a afetar sua vida cotidiana. O tratamento, portanto, costuma ser mais indicado nos casos em que a alimentação do bebê é afetada ou quando a criança apresenta problemas na fala.

O tratamento mais comum indicado por médicos e profissionais formados na faculdade de fonoaudiologia é uma cirurgia que corta o freio, fazendo com que a língua consiga se movimentar com maior liberdade. Trata-se de uma cirurgia rápida e com desconforto mínimo, já que o freio é uma parte do corpo com poucas terminações nervosas ou vasos sanguíneos.