Guajará-Mirim, 86 anos: a cidade mais verde de Rondônia

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PORTO VELHO – A cidade de Guajará-Mirim completa hoje, 86 anos de instalação e assim como a capital de Rondônia, o município tem a história entrelaçada com a construção da centenária Estrada de Ferro Madeira- Mamoré (EFMM).

A ferrovia ligava os portos de Santo Antônio do Rio Madeira, em Porto Velho, ao de Guajará-Mirim, no Rio Mamoré e foi assim que a cidade começou a ser povoada. O município está localizado a oeste de Rondônia, faz fronteira com a Bolívia e é referência em áreas verdes no Estado.

Confira curiosidades sobre a cidade

Cidade verde

Guajará-Mirim recebeu o título de cidade verde em 2009 pelo Instituto Ambiental Biosfera. A cidade é rica em atrações naturais e conhecida como ‘Pérola do Mamoré’. A cidade abriga encantos da natureza como o Parque Municipal Natural Serra dos Parecis, Chapada dos Pacaás Novos; caverna dos Pacaás Novos; Praia da Pedra da Morte e praia das Três Bocas. Mais de 90% da área da cidade são de reservas e Terras Indígenas.

Guajará- Mirim ganhou o título de cidade verde em 2009. Foto: Divulgação/ Funai

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Guajará-Mirim é um dos municípios que concentram a maioria das Unidades de Conservação (UCs) de Rondônia. A cidade possui as seguintes UCs: Parque Estadual de Guajará-Mirim; Parque Nacional da Serra da Cutia; Parque Nacional de Pacaás; Reserva Biológica Rio Ouro Preto; Reserva Biológica Traçadal; Reserva Extrativista do Rio Cautário; Reserva Extrativista Barreiro das Antas; Reserva Extrativista Rio Ouro Preto e Reserva Extrativista Rio Pacaás Novos

Indígenas

O nome da cidade é de origem Tupi-guarani e significa ‘‘Cachoeira Pequena’’, uma referência ao trecho encachoeirado do rio Mamoré. O município é considerado como o que mais abriga indígenas em Rondônia. São 32 aldeias com uma população de 4.721 indígenas. A etnia com maior número de indígenas é a Oro Wari também conhecidos como Pacaás Novos devido o rio de mesmo nome atravessar a área deles.

São mais de 4 mil indígenas existentes em Guajará-Mirim. Foto: Divulgação/Funai

Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), na cidade há as seguintes Terras indígenas (Tis): Igarapé Lage, Pacaás Novos, Rio Guaporé, Sagarana e Rio Negro Ocaia. Os indígenas são das etnias Oro Wari (Pacaás Novos), Macurap, Jaboti, Canoe, Wajurú, Tupari, Arowá, Cabixi, Uru Eu Wau Wau, Massacá e Aricapú.

Extensão

A cidade é a segunda maior em extensão e também a segunda mais antiga do Estado. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área do município é de 24.855,724 km² onde vive uma população de 46.203 moradores. Porto Velho e Guajará-Mirim foram as primeiras cidades do Território Federal do Guaporé, que mais tarde, em 1981, se tornou o estado de Rondônia.

Guajará-Mirim é a segunda cidade mais extensa de Rondônia. Foto: Divulgação/Funai

Rios

Guajará- Mirim é margeada pelo rio Mamoré e é na cidade que é possível se deparar com o encontro das águas dos rios pacaás e Mamoré, uma paisagem que é um verdadeiro espetáculo da natureza. Os balneários e a pesca são importantes atrativos da cidade.

Encontro das águas do Mamoré e Pacaás, em Guajará- Mirim. Foto: Divulgação/Hotel Pakaas Palafitas Lodge

Museu

Museu Histórico Municipal de Guajará-Mirim é outro atrativo da cidade. Ele está localizado no prédio da antiga estação ferroviária. Local histórico era a estação final da Estrada de Ferro Madeira- Mamoré. Foi inaugurada em 1912 e desativada em 1972.

 

 Museu recebe exposição de fotografias das belezas de Guajará-Mirim. Foto: Niki Castro

Durante todo o mês de abril, o museu apresenta uma exposição de fotografias com as belezas da cidade, fotos de autoria do fotógrafo do fotógrafo Niki Castro.

 Fonte: Portal Amazônia