“Excludente de ilicitude” matou músico negro com 80 tiros no RJ

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BRASILIA-O pacote anti-crime do ex-juiz do PSDB, Sérgio Moro, agora ministro da Justiça, é na verdade, autorização para matar preto e pobre. Aliás, continuar, só que com respaldo da justiça. “Precisamos alertar os brasileiros sobre o absurdo proposto pelo ex-juiz Sergio Moro que prevê o excludente de ilicitude, que nada mais é do que a permissão dos policiais para matar. Os 80 tiros deflagrados pelos militares no RJ que ceifou a vida de uma pessoa covardemente é um exemplo do que vai ser se esse projeto for votado e aprovado”, disse um especialista.

“Governador do RJ se silencia e diz que não “cabe fazer juízo” dos 80 tiros contra um carro disparados pelo Exército que mataram Evaldo dos Santos Rosa. Quem defende a polícia “mirar na cabecinha” não apenas silencia, mas é cúmplice de um absurdo como esse”, postou o líder do MTST, Guilherme Boulos, no Twitter.

Cerca de 600 pessoas suspeitas ou não já morreram após a posse de Bolsonaro na presidência da República. Só em São Paulo, 203 pessoas suspeitas morreram por policias militares. “Ah, mas eram bandidos”. Suspeitos! A polícia não pode sair matando indistintamente todos que são suspeitos, sob pena de matar inocentes, como vem ocorrendo constantemente.  Só no Rio de Janeiro foram 93 mortos por PMs no mês de março.