Ex-assessor de vice líder do governo Bolsonaro continua foragido

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Um ex-assessor do senador Marcos Rogério (DEM-RO) e outras 13 pessoas continuam foragidas da PF (Polícia Federal) em uma investigação que apura um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Rondônia e no Ceará. Marcelo Guimarães Cortez Leite ficava na base política do senador em Porto Velho. Ele está foragido desde o dia 1º de setembro e a PF segue efetuando buscas. No início de setembro, o juiz Luís Antônio Sanada Rocha, da 1ª Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho, determinou ao todo 60 mandados de busca e apreensão e 42 prisões preventivas. Até o momento, 28 pessoas foram presas.

Segundo a PF, as investigações estão desarticulando uma organização criminosa responsável pelo envio de carregamento de drogas de Rondônia para Fortaleza. Os investigadores informaram que o grupo movimentou uma tonelada de cocaína e chegou a receber R$ 1,5 milhão em 15 dias. Também é apurado o esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelos criminosos. A coluna apurou que Leite era tido como alguém de confiança, casado com uma promotora local. Leite foi exonerado no mesmo dia em que a operação foi deflagrada.

Em nota, a assessoria do senador informou que o parlamentar foi “surpreendido com a notícia de busca e apreensão na casa de um dos meus assessores, lotado no escritório de apoio parlamentar de Porto Velho, RO. Não tenho informações se existe ou não envolvimento na prática de algum ilícito, mas em decorrência das investigações em curso decidi exonerá-lo, aguardando maiores esclarecimentos dos fatos”.

As investigações da Operação Alcance começaram em agosto de 2020. Segundo a PF, verificou-se que “integrantes do grupo atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga em carretas para o estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio”. O líder do grupo foi preso em novembro do ano passado. Depois disso, as investigações foram ampliadas.

Segundo a PF, foi descoberto que “sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína”. Além disso, o “dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias” em nome de terceiros e empresas.

Fonte: UOL NOTÍCIAS