DIVISÃO DA OPOSIÇÃO SERÁ BOA PARA A REELEIÇÃO DE CONFÚCIO MOURA

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pmdbconfOs principais e maiores partidos políticos de Rondônia definiram neste fim de semana, obedecendo legislação eleitoral, a rodada de convenções para determinar candidaturas de deputados estaduais, federais, governador de Rondônia e senador da república para a disputa eleitoral de 2014. A justiça eleitoral poderá decidir, após o registro de candidaturas, pelo indeferimento de quem tiver ficha suja.

Os tucanos foram os primeiros a reunir a militância ainda na sexta-feira, 27. Onze partidos fecharam bloco de apoio com o PSDB: PSDC, PSD, SDD, PEN, PSL, PSC, PT do B, PHS, PRB, PMN e Democratas. A frente partidária lançou o nome do ex-senador da República, Expedito Júnior (PSDB), com o vice, deputado estadual Neodi Carlos (PSDC). Deputado Federal, Moreira Mendes (PSD), tentará uma vaga no senado.

 Neodi Carlos, vice, Expedito Júnior, candidato ao governo e Moreira Mendes, pretenso ao senado. (Divulgação)

Neodi Carlos, vice, Expedito Júnior, candidato ao governo e Moreira Mendes, pretenso ao senado. (Divulgação)

Neodi foi citado nas investigações do Ministério Público Estadual (MPF), acusado por uma testemunha de envolvimento no escândalo da Operação Dominó em 2006. Investigações da Polícia Federal apontaram naquela época desvio de R$ 70 milhões por meio de contratos fraudulentos que partiam da Assembleia Legislativa. Segundo a testemunha, um servidor público, Neodi queria usar o dinheiro de “caixa dois” para comprar um avião e depois alugar para o legislativo.

Já Expedito Júnior, é natural de Guararapes, São Paulo. Político, professor e empresário, foi vereador, deputado federal por três mandatos e senador da República. Em junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu cassar o mandato dele no senado. Júnior foi acusado de compra de votos e abuso de poder econômico. Em seu lugar tomou posse o segundo colocado em votos, Acir Gurgacz. Em 2010, Expedito tentou candidatura ao governo, mas foi barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Moreira Mendes, foi acusado de envolvimento em suposto desvio de recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia por meio de emissão e cancelamento de bilhetes de passagens aéreas, que foram pagos para empresas que ele tinha sociedade. Foi condenadorem primeiro grau e ainda recorre em instância jurídica superior. O STF vem negando os pedidos de liminares do candidato.

jaquelinecassol-640x360TUMULTUADO – O grupo político do senador Ivo Cassol, iniciou arranhado por brigas internas e as insistentes imposições do deputado estadual, Maurão de Carvalho (PP), que tentou forçar seu nome para a vaga de candidato ao governo. Carvalho foi derrotado na convenção partidária. Venceu Jaqueline Cassol, irmã do senador Ivo.

Empresária, advogada, ex-diretora do Departamento de Trânsito, Jaqueline Cassol é o nome escolhido pelo PR (Partido Republicano) que coligará com o PP (Partido Progressista) para o governo. O vice será Carlos Magno. Não ficou definido senador e onde caberá Maurão.
Magno é liderança no meio rural, foi secretário estadual de Agricultura, mas esteve preso por cerca de 90 dias pela Polícia Federal, acusado de desviar mais de R$ 70 milhões do poder legislativo. Magno também foi chefe da Casa Civil na gestão de Ivo Cassol.

Jaqueline teve seu nome envolvido por um jornal local na morte violenta de uma estudante de jornalismo. A secretaria de Segurança Pública negou participação dela no caso. Jaqueline tenta reaver na justiça sua imagem pública, move ação judicial e pediu ao buscador na internet, Google, que sejam retiradas todas publicações na web sobre o caso.

REELEIÇÃO- O atual governador de Rondônia, Confúcio Moura terá como vice o seu super secretário, Lúcio Mosquini. Segundo especialistas, quanto maior o número de candidatos maiores as chances da reeleição de Confúcio. É que, com muitos candidatos, haverá pulverização de votos entre eles, além do que, todos tentarão bater no candidato do governo, o que, para os especialistas, pode ajudar a crescer o nome dele junto ao eleitorado. O volume de obras e benefícios do governo Confúcio Moura a todos os municípios de Rondônia é a carta na manga do governista.

 

PETISTAS – Apesar da recomendação nacional de coligar com o PMDB, o deputado federal, Padre Ton, bateu o pé, mostrou força dentro do partido em Brasília: decidiu se isolar da disputa e não apoiar os peemedebistas.
Especula-se que os petistas possam apoiar o grupo de Ivo Cassol.

O PTC do ex-presidiário e vereador Jair Montes pensou em lançar o juiz aposentado Léo Faccin para governo, mas decidiu por apoiar o PT.

Ton deve lançar-se na disputa a uma vaga de Senado ou reeleição. O PT ainda realiza sua convenção partidária nesta segunda-feira, 30.

Os socialista podem lançar o nome de Aluízio Vidal (PSOL) para o senado e Pimenta de Rondônia para o governo.

ANÁLISE – O cenário eleitoral começa a ser desenhado com os nomes de candidatos ao governo como Jaqueline Cassol, Expedito Júnior e Confúcio Moura. Ainda não é possível determinar favoritismo ou fazer previsões, mas alianças políticas e partidárias vão definir tempo de propaganda eleitoral na TV e no rádio, o que pode representar muito para o eleitorado. Soma-se a isso, o bom desempenho de cada candidato e as melhores propostas de trabalho.

O corpo a corpo e a campanha nas redes sociais e na internet podem ser decisivos também, se houver planejamento estratégico. Confúcio Moura apesar de ter em mãos a máquina pública, erra na escolha do nome para vice, não fez um bom mandato e poderá perder para a simpatia e apelo popular de Expedito Júnior que tem aparecido bem em algumas pesquisas.

Jaqueline Cassol vem de uma família tradicional na política e com forte poder econômico. Agregou a isso, o nome de Carlos Magno, influente no setor de agronegócios e no meio rural, além de ser homem de confiança do clã Cassol.

Maisro.com com Agência Vanguarda