DILMA ESTÁ SENDO CHANTAGEADA

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Governo petista tem melhorado o nível de vida do brasileiro

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“Volta Lula” ou “Muda Dilma”? No governo, cresce a impressão de que a recente campanha infiltrada na imprensa, com ramificações nos partidos, em especial o PT, e em parte do empresariado, nada mais é do que uma cortina de fumaça para obrigar a presidente Dilma a ceder às suas pressões e imposições. Imagina-se como mero artifício a movimentação dos que insistem na troca da sucessora pelo antecessor, já para as eleições de outubro. Em primeiro lugar, porque o Lula repete dia sim, outro também, não admitir ser candidato no lugar de Dilma. Depois, porque as pesquisas do fim de semana confirmam a evidência da reeleição. Assim como torna-se clara a chantagem dos políticos atrás de mais ministérios e dos empresários ávidos de favores e benesses para seus empreendimentos.

Não seria para valer a blitz desenvolvida, de algumas semanas para cá, através do “volta Lula”. A operação visaria a, no fundo, promover o “muda Dilma”, levando a presidente a maiores concessões aos partidos, na reforma do ministério, como mais neoliberalismo em sua política econômica.

Por isso, ameaçam com a sombra da candidatura do primeiro-companheiro, em manobra já detectada no Palácio do Planalto. Se verdadeira essa versão, pouca importância será dada à movimentação em curso, acrescendo-se mais um argumento: não existem adversários pelo menos até agora capazes de impedir a conquista do segundo mandato. As consultas eleitorais repetem os baixos níveis de preferência para Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva. Joaquim Barbosa poderia assustar, mas não muito. Ele nega a hipótese de concorrer e carece de base partidária.

Tudo indica, por essas razões, que o ministério não será mais loteado do que já se encontra, assim como o regime de concessões de patrimônio público não avançará além do estágio atual.

Quanto ao que virá depois da reeleição, é outra história. Dilma poderá compor a equipe dos seus sonhos, livrando-se do fisiologismo dos partidos de sua base, bem como desenvolver na economia uma estratégia menos neoliberal que a ansiada pelo andar de cima.

 

Carlos Chagas