Consórcio SIM após três anos operando no vermelho: Cronologia de um fim anunciado

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Porto Velho- A paralisação dos motoristas de ônibus que teve fim parcial na última quarta-feira na capital de Rondônia é reflexo do descumprimento do contrato entre a prefeitura de Porto Velho e o Consórcio SIM. Foram três anos de prejuízo comprovado em planilha, de acordo com o Consórcio SIM. Greves dos motoristas e cobradores foram inevitáveis.

O descaso com que a municipalidade vinha tratando as empresas, em especial ao Consórcio SIM, tem deixado a população em estado de nervos. A irresponsabilidade e a falta de compromisso que vinha se repetindo desde a administração Mauro Nazif, inviabilizou investimentos na capital que, sem um transporte eficiente, não permite que trabalhadores cheguem aos postos de trabalho.

Quando assinou o contrato de prestação de serviço de transporte coletivo no dia 20 de outubro de 2015, o Consórcio SIM surgiu para dar um basta na falta de transportes em Porto Velho. Contratado com a promessa de transportar cerca de 100 mil passageiros diários, o consórcio não obteve a contrapartida e passou três anos trabalhando no vermelho. Cumpriu todas as obrigações, mas não recebeu as contrapartidas como aumento da tarifa, redução ou isenção do ICMS do diesel, além da redução o ISS para 2%.

Infográfico 1

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De 2015 até 2019, o Consórcio SIM só amargou prejuízos e conviveu com a indiferença da prefeitura de Porto Velho. Não bastasse isso, o surgimento de aplicativos e do taxi compartilhado tornou as coisas mais difíceis ainda para o Consórcio SIM. Isso sem falar nas gratuidades que só aumentaram os prejuízos. E nada de contrapartida para fazer face ao desequilíbrio financeiro da empresa. E tome prejuízos.

O desequilíbrio financeiro não só impactou na qualidade dos serviços, quanto afetou diretamente os trabalhadores. A prefeitura se comprometeu a implementar várias ações administrativas, para evitar  a atual situação de crise financeira. Por razões administrativas, infelizmente tais ações ainda não foram implementadas.

Desde o início das atividades, a empresa vem sendo prejudicada economicamente por falta de ações do Executivo municipal, o que redundou no colapso financeiro da operação, mesmo tendo a empresa notificado, por várias vezes a municipalidade sobre tais problemas, sem que houvesse solução para o problema.

Infográfico 2

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Os prejuízos econômicos do Consórcio SIM foram comprovados por meio de documentos, planilhas e estudos técnicos no juízo acima apontado. Quanto às reivindicações dos trabalhadores, de acordo com o Consórcio SIM, a empresa honrou os salários vencidos, restando apenas as vantagens suplementares que vão ser objeto de negociação no TRT.

Diante do quadro caótico, o Consórcio SIM vai abrir mão da continuidade da prestação de serviços e está na justiça formalizando o destrato. Outra empresa deve assumir o contrato temporário.

O grande problema: quem vai assumir um negócio que dá prejuízo? Todas as empresas ouvidas pela SEMTRAN disseram não. A população ainda vai sofrer muito com a falta de transporte.

Infográfico 2

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Fonte: Mais RO

Arte: Rafael