Com um pé no MDB, Ismael Crispim diz que não corre risco de perder mandato ao deixar PSB

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Deputado estadual Ismael Crispim (sem partido)

PORTO VELHO- Ismael Crispim (sem partido), o 3° deputado estadual mais votado da história de Rondônia, de acordo com o perfil dele na página da ALE-RO, deixou o PSB, partido pelo qual foi eleito em 2022 com 23.417 votos (2,69%).

De acordo com a jurisprudência, ele poderia perder o mandato, caso algum suplente entrasse com o pedido junto ao TRE-RO. Na mesma situação, o ex-deputado federal Evandro Roman (Patriotas-PR) perdeu o mandato em novembro de 2021, por infidelidade partidária.

Evandro Roman exercia o cargo como primeiro suplente desde fevereiro de 2019. Ainda naquele ano, ele mudou de sigla, do PSD para o Patriota, pela qual foi candidato a prefeito de Cascavel (PR) em 2020 e da qual se tornou dirigente no Paraná.

Pouco após a troca, outros três suplentes de deputado federal – Reinhold Stephanes Junior, Edmar de Souza Arruda e Hidekazu Takayama – acionaram o TSE alegando que a desfiliação de Roman do PSD foi realizada sem nenhuma justa causa prevista na legislação.

Em sua defesa, Roman alegou que a sua saída do PSD foi amigável, em comum acordo com a diretoria da sigla, motivo pelo qual não teria havido infidelidade. Ele apresentou uma carta de anuência do partido para sua desfiliação. A maioria dos ministros do TSE, contudo, decidiu que não basta uma carta de anuência para afastar a infidelidade partidária e consequente perda de mandato.

No caso do Crispim, a reportagem conversou com ele na manhã desta quinta-feira. Segundo ele, não correria esse risco: “Não perco em razão da anuência do PSB, e o processo de declaração de desfiliação foi feito diretamente pelo TRE”. De acordo com o deputado que está “namorando” o MDB, ele tomou todas as medidas jurídicas possíveis.

Crispim disse que foram ouvidas todas as partes (suplentes, dirigentes), que permitiram a saída sem a possibilidade de perca de mandato. “No nosso caso o ato é declarado pelo TRE e inclusive já transitou em julgado. Não foi só o acordo com o partido, houve um pedido ao TRE para que reconhecesse o ato. E o colegiado julgou pela procedência do pedido”, disse.

Segundo suplente, a reportagem consultou o ex-deputado Lazinho da Fetagro que disse que não reivindicaria o mandato. O primeiro suplente é o Chiquinho da Emater. Os semais suplentes são Zé Duda, Caê Moura, Antônio Cutia, Berenice Azevedo, Rosinha Vieira, Rafa Paraná, Mateus do Lavador, James Albino e a trans Renata Evans.

Indagado sobre uma possível reivindicação do mandado, o novo presidente do PSB, advogado Vinícius Miguel não tinha certeza da saída de Ismael Crispim. “Não estou sabendo da saída dele”, disse.

 

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