Coluna Zona Franca, por Roberto Kuppê

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MST, sempre exemplar

O MST vai enviar 180 médicos de várias especialidades para socorrer os Yanomami. São médicos que se formaram enquanto estavam no MST. E não adianta esperar na grande mídia porque Folha, Veja e Estadão não vão divulgar isso.

Pode ser um meme de 1 pessoa e texto que diz ""Onde estão os cristãos pró-vida?", pergunta Padre Júlio sobre os Yanomami diariodocentrodomundo.com.br "Onde estão os cristãos pró-vida?", pergunta Padre Júlio sobre os Yanom..."Holocausto

Jair Bolsonaro impôs aos indígenas um ultimato: ou se aculturavam e liberavam suas terras para serem exploradas ou morriam de fome, de doença, à bala. Dessa forma, retomou o genocídio de onde a ditadura militar havia parado. A diferença é que, sob ele, tudo parecia ter sido feito com muito orgulho e sem nenhum pudor.

Holocausto 2

O ex-presidente deixou claro seu incômodo com os direitos das populações indígenas aos seus territórios desde que era apenas um deputado federal do baixo clero. Quando chegou ao controle do Poder Executivo, deu início a uma ofensiva contra esses povos que repetiu as ações de consequências genocidas executadas na ditadura militar ao negar-lhes terras, forçar sua aculturação, dificultar acesso a alimentos e permitir a exploração econômica de seus territórios por terceiros, mesmo à revelia.

Projeto militar

O agora senador Hamilton Mourão (PL), ex-vice-presidente da República, ocupou a presidência do Conselho Nacional da Amazônia Legal por três anos. O órgão foi formado por 19 militares e ninguém da Funai ou do Ibama. Ele tem culpa sim, se não foi o principal executor do genocídio Yanomami.

Garimpo ilegal

Esse genocídio colocado em prática pelos militares (disso não há dúvidas) tem a ver tão e somente por causa do garimpo ilegal de ouro. Pelo ouro, eles estavam dispostos a dizimar toda uma população indígena no Brasil. O que certamente teria uma reação forte de todo o mundo.

Intervenção federal

 Segundo o secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba,  os cerca de 30,4 mil moradores da Terra Indígena Yanomami estão “à mercê do crime organizado”. São pelo menos 20 mil garimpeiros ilegais nas terras Yanomami. O governador de Roraima, Antônio Denarium (PP) é bolsonarista. Foi reeleito em 2022 no primeiro turno. Ele apoia os garimpeiros. Lula prometeu varrer os garimpeiros da região. Será que vai haver nova intervenção federal?

Covarde

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pressionou os partidos que integraram sua base, em especial o PL, para questionar o resultado do segundo turno das eleições que deram a vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, o ex-capitão se recusou a assinar a ação. De acordo com informações da colunista do jornal O Globo, Bela Megale, membros do PL pediram para que o próprio Bolsonaro liderasse e assinasse a ação dirigida ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Bolsonaro, por sua vez não quis ter sua digital declarada na “investida golpista”, apesar de ser o maior interessado no processo.

Rondônia

Falando em Bolsonaro, Rondônia é quase 100 bolsonarista. A bancada federal, de 11 parlamentares, apenas o senador Confúcio Moura (MDB) não é. Da nova Assembleia Legislativa, apenas a deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) foi eleita pela esquerda. O resto é tudo bolsonarista. Ruim para as populações indígenas, em especial aos Uro Eu Wau Wau que vivem sob ataques de grileiros e garimpeiros. Cláudia de Jesus sozinha não vai dar conta.

Boa notícia

Neste mês de fevereiro, o Hospital Bom Pastor, em Guajará-Mirim (RO), passa a realizar cirurgias eletivas para a rede municipal de saúde. Por meio de convênio com a Prefeitura e Secretaria Municipal de Saúde, a unidade realizará cerca de 50 procedimentos por mês, das especialidades de cirurgia geral e ginecologia. Pertencente à entidade filantrópica Pró-Saúde, uma das maiores no ramo da gestão hospitalar do país, o Hospital Bom Pastor atua como referência em obstetrícia, pediatria, ginecologia, clínica médica e cirúrgica para Guajará-Mirim, Nova Mamoré, mais de 50 aldeias indígenas da região Norte do país, além da cidade de Guayaramerin, na Bolívia.

Boa notícia 2

O presidente Lula exonerou 38 pessoas e dispensou cinco integrantes da Funai em todo País. Entre os exonerados de Rondônia estão Sidcley José Sotele (coordenador regional de Cacoal – RO) e Saulo Roberto Franco Santarém (coordenador regional de Guajará-Mirim – RO).

Homem do tempo

Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas, pessoas em pé e ao ar livreApós quase ser preso em Brasília por participar de atos golpistas, o repórter William Homem do Tempo voltou pra Porto Velho, a noticiar os problemas da cidade. Não sem antes apagar tudo que gravou em Brasília, naquele inesquecível 8 de janeiro. Apagou também a participação dele no acampamento da Brigada, em Porto Velho.

 

Nova rodoviária

A novela da nova rodoviária de Porto Velho ainda está em curso. Dizem que agora entra na fase de demolição com previsão de entrega no final de 2024. Com certeza, não. Ainda vão surgir denúncias de fraudes na licitação, desvios, corrupção, como é de praxe. Podem aguardar para final de 2026.

Lançamento épico

Pode ser uma imagem de 3 pessoas e texto que diz "XavÄer da Silveira UMA FRENTE POPULAR NO OESTE DO BRASIL Do Catedral PalMadei Palacete outras do Territorio Federal de Rondônia 058 く @aquariusproducoesculturais Zola Xavier da Silveira"O jornalista rondoniense Zola Xavier da Silveira vai lançar em Porto Velho, em março, o livro ‘Uma frente popular no Oeste do Brasil – Do incêndio na Catedral ao Palacete Rio Madeira e outras histórias do território federal de Rondônia’.  A obra descortina momentos interessantíssimos da História contemporânea do Brasil. De imediato, convém destacar seu ineditismo: o foco de Zola é o estado de Rondônia, sua terra natal. Zola homenageia um dos maiores humanistas que o Brasil já teve, o Marechal Rondon. O lançamento está agendado para o dia 24 de março de 2023 (sexta-feira), na Casa de Cultura Ivan Marrocos, Porto Velho /Rondônia, a partir das 19 horas.

CACS criminosos

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (25) uma operação para coibir fraudes na obtenção do certificado de registro de Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC) para compra de armas e munições. Batizada de Ilídimo, a ação cumpre dois mandados judiciais de busca e apreensão, na cidade de Barra do Garças, em Mato Grosso. A investigação constatou a existência de diversos documentos falsos que estariam sendo utilizados em processos de requerimento de certificado de registro. Os dados foram obtidos após compartilhamento de informações com o 41º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, localizado em Jataí, em Goiás.

Inelegível

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avaliam que existe ambiente para julgar ação que pede a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda no primeiro semestre deste ano, entre março e abril. Ao todo, tramitam 16 ações contra Bolsonaro, mas fontes do TSE ouvidas pelo blog afirmam que a mais avançada é a que trata da reunião de Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada, quando ele ameaçou o sistema eleitoral com ataques às urnas.

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