Coluna Zona Franca

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DataFolha

Lula lidera corrida eleitoral de 2022 e marca 55% contra 32% de Bolsonaro no 2º turno. Com a possibilidade real de vencer até no primeiro turno, vão se intensificar os ataques ao petista. A direita não quer a volta da esquerda, nem que para isso tenham que cometer mais crimes eleitorais. Em 2018 as fake news deram o tom da campanha.

                                               CPI da Covid

Ontem, durante o depoimento do  ex-secretário das Comunicações Fabio Wajngarten, na CPI da Covid (Genocídio), ficaram claras a falta, a omissão e a culpa do excelentíssimo senhor presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido). O negacionismo é oficial e ficou provado. Peças publicitárias desincentivaram o isolamento e propagaram o uso de tratamento ineficaz (Cloroquina).

Pfizer na gaveta

A revelação mais bombástica do depoimento de Fabio Wajngarten foi a informação de que uma carta da Pfizer, oferecendo a vacina no ano passado, ficou dois meses literalmente engavetada. Bolsonaro simplesmente ignorou a oferta. A Pfizer tentou 11 vezes e Bolsonaro recusou 11 vezes a vacina. Parte das 428 mil mortes poderia ter sido evitada se as vacinas tivessem sido aplicadas desde dezembro, em quantidade suficiente para imunizar metade da população em dois meses como fizeram os Estados Unidos e Israel. Hoje o CEO da Pfizer no Brasil é o convidado da CPI da Covid, oportunidade em que vai esclarecer tudo isso.

Pazuelo

O general Eduardo Pazuelo, ex-ministro da Saúde, está com medo de ser preso durante depoimento à CPI da Covid na semana que vem. O presidente da CPI, senador Aziz (PSD-AM), sinalizou que ele pode ficar tranquilo, ao não aceitar o pedido de prisão do  ex-secretário das Comunicações Fabio Wajngarten. Ou seria uma estratégia de Aziz para fisgar o peixe grande?

Boquirroto

O senador Marcos Rogério (DEM), integrante da CPI

O senador Marcos Rogério (DEM-RO), membro titular da CPI da Covid e defensor de Bolsonaro, está perdendo todas na comissão e caindo no descrédito em Rondônia, estado ao qual ele pretende se candidatar ao governo.

Terras de Ivo Cassol

No município de Alta Floresta D’Oeste, no distrito de Porto Rolim, região de planície alagável, que se torna uma ilha fluvial na maior parte do ano, a Agência Pública apurou denúncias de irregularidades fundiárias já apontadas pelo Incra no processo de privatização de uma área de 12 mil hectares da fazenda Mequéns, onde a família do ex-governador e ex-senador Ivo Cassol cria gado e tem uma imponente sede com piscina e Jacuzzi.

Terras de Ivo Cassol 2

Foi a partir de 2005, quando Cassol ainda era governador de Rondônia, que os filhos Ivo Junior Cassol, Karine Cassol Raposo e Juliana Mezzomo Cassol adquiriram a fazenda em um trâmite envolvendo o irmão e sobrinhos de Sebastião Ferraz de Camargo, fundador da construtora Camargo Corrêa.

Terras de Ivo Cassol 3

Sob a fazenda Mequéns e em parte da vila de Porto Rolim, os indígenas que reivindicam o território tradicional afirmam existir um sítio arqueológico com suas urnas funerárias – “constantemente destruídas”, como denunciou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em relatório de 2017. O documento aponta que algumas das urnas funerárias indígenas aparentam ser “usadas como floreiras” – que volta e meia servem de cenário para os vídeos de Juliana Cassol, influenciadora digital fitness.

Terras de Ivo Cassol 4

A cacique Valda, do povo indígena Wajuru, explica que as urnas, onde os indígenas eram enterrados, representam um patrimônio histórico nacional. “Elas estão espalhadas pela vila, pelos sítios, em todos os cantos onde moravam índios”, diz. Ivo Junior Cassol afirmou à reportagem que nunca viu os artefatos e que os vasos mencionados pelo Iphan no relatório foram dados a uma de suas irmãs. Segundo ele, muitas das acusações contra a família são políticas. “Vão na cabeça desse pessoal que tem menos conhecimento e dizem que os Cassol vão fazer tal e tal coisa, e nós não fazemos nada.” Veja reportagem completa AQUI.

Terras invadidas

Boa parte, senão a maioria das terras ocupadas hoje por prósperos fazendeiros (agronegócio) em Rondônia é oriunda de invasões, grilagem e posse de terras indígenas. Algumas destas terras que seriam da União, são reivindicadas por sem terras (MST), que são classificados como terroristas. A região de Corumbiara está sempre em pé de guerra. Recentemente Bolsonaro ameaçou colocar os sem terra nos “trilhos”, o que significa massacre.

Eleições 2022

O próximo governador de Rondônia poderá vir da esquerda, face ao desfacelamento do governo de extrema direita de Bolsonaro e a súbita ascensão de Lula nas pesquisas. O petista poderá vencer já no primeiro turno, avaliam analistas. Ontem a DataFolha confirmou essa tendência. Bom para o (s) candidato (s) da esquerda ao governo de Rondônia. PDT, PSB, PT, PCdoB e PSOL pretendem surfar na onda lulista.

Jesualdo Pires

Jesualdo Pires, pré-candidato ao governo em 2022

Pelo PSB, um nome surge fortíssimo, avaliam analistas. Jesualdo Pires, ex-prefeito duas vezes de Ji-Paraná, com alto índice de aprovação. Pires deixou a prefeitura em 2018 para disputar uma das cadeiras de senador. Obteve quase 200 mil votos.

Ramon Cujuí

Pelo PT o nome mais forte é o de Ramon Cujuí, que foi candidato a prefeito de Porto Velho nas últimas eleições. A ex-senadora  Fátima Cleide deverá disputar o Senado ou a Câmara Federal.

Acir Gurgacz

Único senador que concluirá o mandato em 2022, Acir Gurgacz, deverá disputar o governo pelo PDT.

Nomes da direita

Ivo Cassol (PP), Hildon Chaves (PSDB), Marcos Rogério (DEM), Jaime Bagattoli (PSL) são alguns dos nomes da direita que devem disputar a sucessão do extrema direita Marcos Rocha, atual governador de Rondônia.

Cemitério de políticos

O ano de 2022 será marcado pelo enterro político de algumas figuras de Rondônia. Que já não vencem as eleições há muito tempo e vão tentar pela última vez. Pretendem voltar ao poder, mas dificilmente lograrão êxito: Valdir Raupp, Ivo Cassol, Donadons, Maurão de Carvalho, Carlinhos Camurça, dentre outros menos cotados.

Ponte que partiu!

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, teria fretado um jatinho para ir a Brasília semana passada, só para fazer parte da comitiva de Bolsonaro que veio a Rondônia inaugurar a ponte Dilma Rousseff.

 

Por equipe do Mais Rondônia