COLUNA ZONA FRANCA

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                                     Marielle Franco

Mais uma promessa de campanha de Lula cumprida. A PF prendeu dois membros do clã Brazão e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da PC do Rio de Janeiro, mandantes da morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil – RJ) foi preso durante a operação, juntamente com Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Eles são suspeitos de serem os mandantes do assassinato. O ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa foi preso pela suspeita de acobertar o crime.

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Pode ser uma imagem de 4 pessoas e texto que diz "Cleber Lourenço @ocolunista_ Essa foto é um retrato da falência institucional do RJ. o mandante sentado ao lado da família e do amigo da vítima que ele próprio mandou matar. É desolador."Durante as investigações, o então chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa se fez de amigo da família de Marielle Franco, confortando a mãe dela. “É uma tristeza muito grande ver o nome dele nessa lama”, disse Marinete Silva, mãe de Marielle, em entrevista à GloboNews. “Ele falou que era questão de honra elucidar esse caso (morte da Marielle)“.

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O delegado Rivaldo Barbosa foi indicado para a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro pelos generais Walter Braga Netto e Richard Nunes, respectivamente interventor do governo Michel Temer na Segurança Pública do Rio e secretário de Segurança na intervenção, uma semana antes do crime, ocorrido em 2018. Rivaldo, que até então chefiava a Delegacia de Homicídios, assumiu o cargo na véspera do assassinato. Braga Netto que se tornaria ministro da Defesa de Bolsonaro, é investigado pelo envolvimento no suposto planejamento de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rivaldo teria combinado com Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), antes do crime, que garantiria a impunidade.

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Rivaldo Barbosa era investigado por suspeita de que teria recebido R$ 400 mil em propinas para atrapalhar as investigações. “Foram trazidas suspeitas de suposta corrupção envolvendo servidores da Delegacia de Homicídios, especificamente sobre o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e servidores a ele relacionados, notadamente chefes da equipe de investigação da Delegacia de Homicídios”, diz um trecho do relatório.

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ARQUIVO - O chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, em entrevista sobre o assassinato de Marielle Franco. Ao lado, o deputado Marcelo Freixo, de quem a vereadora foi assessora parlamentarO presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), demonstrou perplexidade com o suposto envolvimento do ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa no assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Freixo revelou que Rivaldo foi a primeira pessoa que ligou quando soube do crime. “Mataram Marielle”, disse ele ao delegado ao pedir que o próprio ajudasse a elucidar o caso. Não sabia nada, o inocente.

 

                                     Brazão e Bolsonaro 

Chiquinho Brazão em carreata ao lado do senador Flávio BolsonaroChiquinho Brazão, envolvido com a milíci@ e preso hoje por ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, fez campanha de reeleição de Bolsonaro. Na foto, Chiquinho Brazão em carreata ao lado do senador Flávio Bolsonaro.

Brazão e Bolsonaro 2

Nenhuma descrição de foto disponível.O envolvimento de Bolsonaro no caso Marielle, se restringe ao fato de que durante o mandato dele, não moveu um palha para a sua elucidação, muito pelo contrário, contribuiu para atrapalhar as investigações. A investigação em curso da PF vai atingir também aqueles que, desde 2018, quando o assassinato aconteceu, não deixaram as autoridades investigarem, plantaram pistas falsas e travaram o andamento das apurações.

Por que Chiquinho Brazão?

Ela tinha disputado a eleição para vereadora na mesma área da zona oeste do RJ que Chiquinho Brazão e teve mais votos do que ele. Ambos estavam se preparando para disputar a eleição para deputado federal. Ela estava se firmando como adversária fortíssima de Chiquinho na região colocando a eleição dele em risco . Por outro lado, era uma mulher que combatia a milícia do RJ de frente e certamente denunciaria em breve as implicações da família Brazão com a questão imobiliária ilegal na região onde ela atuava. Estava atrapalhando os negócios da família.

A boneca assassina

Depois não sabem porque alunos invadem escolas armados e atiram em outros alunos e professores. A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) divulgou uma boneca que segura uma arma na mão para ‘espantar comunista’. O vídeo da propaganda foi postado em suas redes sociais. Essa iniciativa ganha contornos ainda mais graves ao lembrarmos que, no ano anterior, Júlia Zanatta foi acusada de ameaçar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela posou para uma foto empunhando uma arma de fogo e vestindo uma camiseta com a inscrição “come and take it” – uma provocação explícita – além de apresentar a imagem de uma mão com quatro dedos sendo atingida por três disparos, numa clara alusão desrespeitosa ao presidente.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

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