COLUNA ZONA FRANCA

0
278

O dilema

Máximo e Moraes, candidatos de Marcos Rocha

O governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), é candidaditíssimo ao Senado Federal em 2026, independente dos resultados das eleições municipais. Ponto pacífico. Mas, seria melhor elegendo o prefeito de Porto Velho e de outros municípios chaves como Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná e Vilhena, com ênfase a sucessão na capital. Para isso, ele conta com quatro nomes possíveis, pela ordem: Dr. Fernando Máximo (União Brasil), Mariana Carvalho (Republicanos), Cristiane Lopes (União Brasil) e Léo Moraes (Podemos).

O dilema 2

Por seu turno o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), também quer fazer o sucessor dele, de olho na sucessão estadual de 2026. É candidatíssimo ao governo de Rondônia. Nesse sentido ele tem um candidato apenas. Ou melhor, uma candidata: Mariana Carvalho.

Vazios

A coluna sabe que a maioria do eleitor portovelhense pouco se importa com o que fizeram ou andam fazendo seus políticos preferenciais. Por exemplo, Mariana Carvalho. O que ela fez durante o mandato dela de deputada federal? Nada! Apoiou e ainda apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro(PL), envolto nas investigações que apuram a tentativa de golpe civil militar em 8 de janeiro de 2023.

Vazios 2

Para ela e para muitos, dizer que é bolsonarista ainda é currículo. Só que, com a iminente condenação de Bolsonaro, talvez as coisas mudem na cabeça de vento dessas pessoas. Se não mudar é caso de internação. Aliás, Mariana Carvalho tem uma fixação por políticos, digamos, polêmicos. Apoiou Aécio Neves (PSDB) e encheu de abraços o ex-deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ). 

Prefeito de Porto Velho

A capital do estado continua feia e sem atrativos. Pior do que isso é a população periférica que só é olhada em períodos de eleições. Os jovens dos bairros mais pobres são esquecidos. A não ser pelas políticas públicas do governo federal, o jovem portovelhense não tem nada para aplaudir essa administração. O próximo prefeito de Porto Velho tem que priorizar programas sociais destinados ao jovem periférico, principalmente na área de educação e tecnologia. O futuro já chegou e a capital está no passado, batendo palmas para uma rodoviária, quando o assunto agora é carro voador.

Jovem órfão

O jovem rondoniense, de modo geral, não tem espaço nas administrações estadual e municipais. O governador só olha para o agro. Agro isso, agro aquilo. O prefeito de Porto Velho só enxerga o centro da cidade. Periferia, nem pensar. Com isso a população mais carente e mais necessitada de programas sociais, fica órfão, sem pai, nem mãe. Eleger um (a) prefeito (a) sem compromisso com a nova geração é atraso. Como se diz, ninguém merece.

Mudança necessária

A coluna aposta numa mudança radical, mesmo sabendo que o eleitor portovelhense não esteja nem aí com o futuro da própria cidade. Persistir no erro é impedir que a capital de Rondônia caminhe para o futuro. Pagar a folha salarial em dia, asfaltar aqui e ali é obrigação de qualquer gestor. Porto Velho precisa de mais, de programas sociais que visem a melhoria da qualidade de vida da população. Atualmente, o povo está apenas sobrevivendo como pode.

Vinícius Miguel

O pré-candidato a prefeito de Porto Velho, Vinícius Miguel (PSB), é o único indicado de Rondônia a integrar o grupo do governo federal sobre uso indevido de telas por crianças, que vai estudar os riscos do uso indevido e abusivo de dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes. Vinícius Valentin Raduan Miguel é professor da Universidade Federal de Rondônia e presidente da Comissão de Proteção à Cidadania e Mobilização Comunitária da OAB-RO. A portaria de nomeação de Vinícius Miguel foi publicada dia 14 de março pela Presidência da República/Secretaria de Comunicação Social/Secretaria de Políticas Digitais.

Vinícius Miguel 2

Falando nisso, Vinicius disse à coluna que é ponto pacífico que PT e PSB caminhem juntos nesta eleição municipal, não importando a posição. Durante toda a semana foi de muita conversa entre os presidentes do PT e PSB que se comprometeram a estarem juntos nestas eleições, podendo sair daí uma chapa Fátima/Vinicius ou Vinicius/Fatima.

Lista atualizada

Lista atualizada de pré-candidatos a vereador por Porto Velho: PT/PCdoB/PV-Ayres Mota, Luis Coelho, Pimenta de Rondônia, Edson Silveira, Almir José (Sindsef), Alessandra do Simprof, Cliveron, Nilton Souza, Toco Sticcero, Claudio Carvalho, Israel Trindade, Wanoel e Fatinha; PSB:  Mauro Nazif Júnior e Josias Perito; Cidadania: Antônio Medeiros, Júnior Siqueira e Dim Dim; Agir: Pastor Evanildo, Sargento Ramalho e Josinélio Muniz; Solidariedade: Hermínio Coelho, Claudio da Padaria e Solange Feira; PSOL: Raymison Correia, Yulle Vargas (foto), Pastor Israel, Pastor Elias, Felipe Oliveira, Fábio Varão, Barbie do Povo e Antenor Karitiana.

Lista atualizada 2

Republicanos-Pastor Ivanildo da Universal, Júnior Coimbra, Fernando PM,  Dr Júnior Queiroz, Pedro Geovar; União Brasil: Ellis Regina, Pastor Sandro, Edmilson Dourado, Isaque Machado, Pastor Bruno Luciano e Dabson Bueno; PSD: Da Silva do SINTRAR, Enfermeiro Roneudo, Wanoel Martins, Rai Ferreira, Kaue Ribeiro, Carlinhos Damasceno, Márcia Socorrista e Joel Enfermagem.

Lista atualizada 3

Podemos: Júnior Moraes, Alyson Cuiabano, Felipe da Saúde; Avante: Breno Mendes, Jair Júnior e Thiagão 9; PRD: Alexs Palitot, Joelna Holder, Júnior Cavalcante, Everaldo Fogaça
e Moisés Cruz; PL: Sofia Andrade, Jurandir Bengala, Gilber Mêrces, Jacaré Vista Alegre e Willian Homem do Tempo; MDB: Júnior da Versátil, Francisca Kaxarari e Márcio Oliveira.

Lista atualizada 4

 PSDB/Cidadania-Nilton Souza, Edwilson Negreiros, Adalto Bandeirantes, Dr Macário Barros, Márcio Pacele, Paulo Tico, Valtinho Canuto, Evaldo Agricultura, Marcelo Reis, Wellen Prestes e Alyson Sandubas.  OBS: Lista aberta, podendo haver mudanças, acréscimos ou exclusão.

Recado claro

Justiça nega pedido do bicheiro Rogério Andrade para chegar mais tarde em casaBolsonaro lançou Alexandre Ramagem (PL) à prefeitura do Rio em quadra de samba do bicheiro Rogério Andrade (na foto sendo preso). Sintomático. Diz tudo sobre o que realmente é Bolsonaro e seu entorno. Eleito para o primeiro mandato de deputado com apoio de Bolsonaro, Ramagem foi escolhido pelo ex-presidente para disputar contra o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Candidato à reeleição, Paes conta com o apoio do presidente Lula (PT) na capital.

Recado claro 2

Criticaram Flávio Dino por adentrar numa comunidade do Rio. E agora? O bicheiro autorizou Bolsonaro a usar a quadra da escola de samba da qual é patrono? Com certeza sim, visto que são amigos de longa data.

Editorial do Estadão

Em editorial de hoje, Estadão chama Bolsonaro de “doidivanas” e “ressentido com a democracia”. O jornal pede que “não saia barato” o golpismo de Jair Bolsonaro, a cada dia mais exposto pelas “estarrecedoras” revelações dos comandantes militares e de pessoas de seu entorno, como o seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. O inelegível foi chamado de “doidivanas” e de “ressentido com a democracia” no texto abaixo:

Editorial do Estadão 2

O Brasil esteve à beira de um golpe de Estado nos estertores do governo de Jair Bolsonaro. Já não se trata mais de uma conjectura ou de um mero exagero retórico. Um golpe para impedir a posse de Lula da Silva como presidente da República legitimamente eleito foi uma possibilidade real, como ficou claro a partir dos depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, prestados à Polícia Federal (PF) no início de março. (…)

Editorial do Estadão 3

São estarrecedoras as revelações dos militares, trazidas a público agora que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu retirar o sigilo das investigações. Aos policiais, Freire Gomes afirmou que Bolsonaro convocou reuniões no Palácio da Alvorada com a cúpula das Forças Armadas após a derrota no segundo turno para apresentar aos comandantes “hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e estados de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral”. (…).

Editorial do Estadão 4

Que Bolsonaro é um ressentido com a democracia de marca maior, já era fato público e notório desde muito antes de ele cogitar concorrer à Presidência da República. Seus quatro anos de mandato como chefe de Estado e de governo só deixaram claro para um público mais amplo a sua índole liberticida. A natureza golpista de Bolsonaro, no entanto, não diminui a importância das revelações feitas por seus ex-comandantes militares – ao contrário. (…)

Editorial do Estadão 5

Inconformado com a derrota eleitoral, Bolsonaro se moveu para pôr tropas armadas nas ruas a fim de sustentá-lo no cargo, sob a falsa justificativa de que a eleição não teria sido limpa. Tramou prender autoridades políticas e judiciárias. Por óbvio, teria lançado suas garras também sobre a imprensa profissional e independente. No limite, Bolsonaro assumiu o risco de derramar o sangue de concidadãos em nome de um projeto pessoal de poder. Um doidivanas, assim como os fardados que anuíram com essa loucura.

Editorial do Estadão 6

Eis a dimensão da sordidez. Ao tempo que fazia chegar ao País a informação de que estaria “deprimido” por não ter sido reeleito, Bolsonaro, na verdade, estava maquinando o fim da democracia, cuja reconquista tanto custou aos brasileiros. Que isso não saia barato.

Barrados no baile

Semana passada, deputados bolsonaristas viajaram aos EUA com o pretexto de denunciar, no Congresso americano, o risco que corre a nossa democracia devido à atuação do Judiciário. Foram barrados e fizeram um discurso vergonhoso na calçada. Na volta ao Brasil, tomaram conhecimento dos depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica confirmando a tentativa de golpe liderada por Bolsonaro. Ficaram em silêncio. A defesa da democracia nunca foi o objetivo destes deputados. O texto é do Amoedo, ex-bolsonarista e ex-Novo.

 

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.