Coluna Zona Franca

                                   Ponte Brasil-Bolívia

É para festejar de pé, Guajará-Mirim! Têm políticos da Pérola do Mamoré que continuam com o papo furado de falar em Bolsonaro, um cara que nada fez pela região, muito pelo contrário. Em um ano de governo, Lula cravou obras importantes para Rondônia, com mais de R$ 30 bilhões do reais inclusos no PAC. A ponte binacional Brasil-Bolívia é uma realidade e deve ser comemorada todos os dias. Guajará mudará da água para o vinho na questão do desenvolvimento. Graças à Lula e ao senador Confúcio Moura (MDB). Porque o restante da bancada federal é TOTALMENTE contra Lula. Até a deputada estadual Dra. Taíssa(PSC), virou bolsonarista. Falam mal de Lula, mas estão ali babando com a ponte binacional.

 Ponte Brasil-Bolívia 2

O PT de GM deveria colocar um outdoor com os dizeres: “Essa obra é do governo Lula”. Senão a oposição ao governo federal vai continuar batendo em Lula e dizendo que a ponte é dos bolsonaristas. De narrativas eles entendem muito bem.

Um  escárnio

O deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil-RO), é o autor de um projeto de lei que permitirá o uso do Fundo Amazônia (criado para proteger as florestas contra o desmatamento) para asfaltar a BR-319, sentido Porto Velho-Manaus. Ou seja, dinheiro que seria para proteger a Amazônia vai ser usado para fomentar as invasões de terras protegidas, causando desmatamento e a desertificação da região. Porque, ao asfaltar a BR-319, inevitavelmente se intensificarão a grilagem de terras, desmatamento e queimadas. Pode até asfaltar, mas daí usar o Fundo Amazônia é um escárnio.

Um  escárnio 2

Efrain caiu!

Por falar em bolsonarista, o senador Marcos Rogério (PL-RO) estava mantendo na encolha, em silêncio, um indicado dele no mais importante cargo no Ministério das Minas e Energia. A segunda pessoa, depois do ministro. Enquanto o senador descia o pau em Lula, mantinha o então secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Pereira da Cruz, no cargo. Se fuçar, tem mais gente dele em cargos no governo federal.

Eleições 2024

Preparar. Atacar! A pré-campanha eleitoral começa com ataques pessoais e políticos. Mesmo com a legislação mais rigorosa para estas eleições, não vão faltar acusações infundadas, fake news e toda a sorte de crimes eleitorais. Se der BO, contrata um bom advogado. Nelson Canedo está aí para transformar água em vinho. As vezes o que se enxerga como crime eleitoral, a justiça vê de outro jeito.

Máquina administrativa

Que candidato da oposição terá a capacidade para enfrentar um ou dois candidatos indicados pelo atual prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves e pelo governador Marcos Rocha, ambos do UB? Difícil enfrentar as máquinas administrativas do município e do estado.

Máquina administrativa 2

Difícil mas, não impossível. A coluna de ontem deu a pista: união da oposição em torno de um nome competitivo. União de todos os partidos com o mesmo objetivo: desalojar os bolsonaristas da prefeitura de Porto Velho e disputar as eleições de 2026 com possibilidades de eleger o governador de Rondônia.

Confúcio

Há quem defenda a presença do senador Confúcio Moura (MDB) nas eleições em Porto Velho. Até como candidato! Isso mesmo! E com Fátima Cleide (PT) de vice. Será que rola? Tem gente dizendo nos bastidores que sim. Que uma engenharia desta envergadura teria apoio do presidente Lula a exemplo do que fez em São Paulo, ao manejar Marta Suplicy para ser vice de Guilherme Boulos (PSOL-SP).

E o Vinícius?

Nesse arranjo pela sucessão municipal, o pré-candidato a prefeito de Porto Velho, Vinícius Miguel (PSB) sairia a vereador, assim como Pimentel (MDB), Ramon Cujuí (PT), Pimenta de Rondônia (PSOL), Sid Orleans (PT), dentre outros. Claro, pessoal, tudo isso são conjecturas e possibilidades. Como dissemos anteriormente, é difícil, mas não impossível. Quem diria que o prefeito Hildon Chaves apoiaria Marcos Rocha em 2022?

Inaceitável

Lula está corretíssimo ao se alinhar a países que condenam o genocídio praticado por Israel. A decisão do governo brasileiro de endossar a acusação liderada pela África do Sul contra o genocídio promovido pelo estado de Israel contra o povo palestino em Gaza fez com que o presidente Lula fosse atacado pelo grupo de comunicação Globo. Em editorial publicado nesta sexta-feira, o jornal diz que o presidente faz “agressão injusta” a Israel.

Inaceitável 2

“Foi lastimável a adesão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à petição apresentada pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, acusando Israel de ações e omissões de ‘caráter genocida’ na guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Ao atender ao pedido do embaixador palestino no Brasil, Lula viola a tradição de equilíbrio da diplomacia brasileira, banaliza uma acusação que só deveria ser feita com a maior parcimônia, em atitude que fortalece a vertente mais insidiosa do antissemitismo contemporâneo”, escreve o editorialista do Globo, grupo de comunicação que tem endossado o genocídio em curso na Palestina.

Inaceitável 3

Ora, bolas. Você mataria toda a família numa casa que está abrigando um assassino? Se um bandido se esconder na sua casa, é lícito que a polícia chegue atirando em todo mundo, só para chegar ao objetivo de matar o bandido? Claro que não, né? Pois é isso que está acontecendo na Faixa de Gaza. Milhares de crianças e idosos, inocentes, foram mortos. E a matança continua.

Inaceitável 4

O professor de políticas públicas Samuel Braun, de origem judaica, explicou de forma didática por que considera que o estado de Israel está promovendo um genocídio contra o povo palestino em Gaza. “No ritmo da matança de civis que Israel está promovendo (1,3% da população em três meses), em seis anos estará morto até o último palestino de Gaza. Mas a alegação sionista é que estão fazendo as ações militares (aterrorizantes a olhos nus) ‘com cuidado com os civis nunca antes visto’. Liberais repetem isso nessa rede todo dia, falando sério, sem um pingo de vergonha”, escreveu Braun, em seu X (antigo Twitter).

Isso a Globo não mostra!

Os jornalões passaram o ano disseminando o terror na economia. A redução dos juros somente seria possível com a inflação controlada, e a perspectiva era de inflação acima do teto da meta. É o que diziam. Pois sabe-se agora que a inflação de 2023, medida pelo IPCA, ficou em 4,62%, abaixo do teto, e só a Folha deu a notícia de manchete na versão online. Estadão e Globo esconderam a informação nos cantinhos. Como esconderam que PIB e nível de emprego ficaram acima do que pregavam os ‘especialistas’ da direita ouvidos pelos jornalões durante o ano todo. Como escondem que a bolsa vem batendo recordes, que os investimentos externos voltaram e que a balança comercial teve superávit de US$ 98,8 bilhões em 2013. Um recorde histórico.

Isso a Globo não mostra! 2

E a sabotagem continua. Todas as notícias sobre os bons indicadores de 2023 aparecem agora, na Folha, no Globo e no Estadão, com um mas. Todas as frases têm um mas. O ano de 2023 foi bom, mas em 2024. As milícias da grande imprensa estão tão ativas quanto as milícias da extrema direita às vésperas das eleições municipais e da disputa pelo espólio de Bolsonaro. Os jornalões jogam para a claque do fascismo. Apesar da inflação abaixo do teto da meta, de 4,75%, a Folha ainda teve e a petulância de publicar na capa: “Analistas esperavam IPCA menor, de 4,55%”.

Isso a Globo não mostra! 3

O governo, segundo a Folha, não atendeu totalmente às expectativas do mercado financeiro por um, detalhe de 0,7 ponto percentual. E esse 0,7 está na capa da Folha, como se tivesse alguma relevância. E continuam batendo no que se mexe, porque as milícias não podem ficar sem pauta. O fascismo tem hoje nos jornalões um time que a direita não tinha na ditadura.

Corno manso

A coluna assistiu ao filme Napoleão, dirigido por Ridley Scott. Por vencer a centenas de batalhas com milhares de mortos, o general e imperador da França, Napoleão, lembra muito o ex-presidente Bolsonaro que sempre se saiu vitorioso, mesmo praticando os mais diversos crimes eleitorais e afrontando as instituições. Napoleão também foi um corno manso. Permitia que a esposa dele, Josephine, tivesse casos enquanto se embrenhava pelo mundo em suas batalhas.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

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