Coluna Zona Franca

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Por Roberto Kuppê (*)

Música no Fantástico

O governador de Rondônia,coronel Marcos Rocha (União Brasil), venceu pela terceira vez um processo de cassação de mandato. A vitória  foi  do governador, porém, o artilheiro, foi o advogado Nelson Canedo (foto) que, com três gols de placa, já pode pedir música no Fantástico. À coluna, Canedo deu a fórmula  de um campeão: “Foco. Não ligar para os ruídos periféricos e fazer o que tem que ser feito: criar boas teses e produzir provas para embasar a defesa”. 

Marcos Rocha é inocente?

Não! Sobre a extinção por decreto de reservas ambientais, Marcos Rocha, de fato,  errou. Não poderia ter feito, mas, a defesa dele provou que não impactou nas eleições. Ou seja, não deu votos para o então candidato à reeleição, pois a medida foi feita à apenas dois dias do segundo turno. Era disso que tratava o pedido de cassação. O desembargador Miguel Mônico concluiu que o governador cometeu crime eleitoral por abuso de poder político e econômico, mas, a maioria dos juízes votou pela improcedência, ou seja, não viram ganhos eleitorais. Cabe recurso.

CPI das Reservas Ambientais

Falando nisso, a  Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia (Alero) instalou uma CPI com a finalidade investigar e apurar as possíveis irregularidades nos processos de criação de 11 Unidades de Conservação no estado de Rondônia, pelo então governador Confúcio Moura (MDB). 

Passando a boiada

Em 2021, a ALE-RO “passou a boiada” e promoveu a maior redução de unidades de conservação já aprovada por um parlamento estadual. Os deputados decidiram praticamente extinguir a Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná, uma das mais desmatadas do país, em benefício da pecuária ilegal. Dos 193 mil hectares, sobraram apenas 22 mil, pouco mais de 10% do território original.

MP reage

 O Ministério Público de Rondônia entrou com ação contra a redução sancionada pelo governador Marcos Rocha. Fazendeiros estão sendo obrigados, pela Justiça de Rondônia, a desocupar a Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná, em Porto Velho.

Não vem mais

Comunismo

Pode ser uma imagem de 4 pessoas e textoA palavra nunca sai de moda embora o sistema não tenha sequer a possibilidade de ser implementado no Brasil. Mas, o que é o comunismo falado por Lula que causa ruídos e rasga a calcinha da direita? Quando Lula fala em comunismo ele quer dizer que é contra as desigualdades sociais, contra o abismo existente entre quem tem muito e quem não tem nada. Muitas pessoas, até da direita, são contra as desigualdades, ou seja, são comunista também! Mas, não existe ninguém mais comunista (neste contexto) do que Lula. Tudo que o presidente faz é para reduzir as desigualdades. Esta semana ele entregou milhares de casas Brasil afora e promete 2 milhões de unidades até o final deste mandato.

“Sorte”

Segundo alguns comentaristas políticos e alguns economistas, Lula está com “sorte” pelo sucesso da economia no terceiro governo dele. Os dois primeiros governos também foram sucesso devido à “sorte”. Risos. Na verdade, como Lula disse em campanha, a economia só dá certo se o povo pobre estiver no orçamento. Esse é o segredo da “sorte” de Lula: o povo no orçamento. O que significa isso? Programas sociais como Bolsa Família, valorização do salário mínimo, Minha Casa Minha Vida, poder de compra. Tudo isso junto e misturado gira a roda da economia.

“Sorte” 2

Esse daí é o Gabriel Leal de Barros, sócio e economista-chefe da Ryo Asset e ex-diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), com passagens por BTG Pactual e RPS Capital. Segundo o sabichão, “o governo do presidente Lula teve sorte na economia em seu primeiro ano, ajudado pelo desempenho extraordinário do agronegócio no primeiro trimestre e por um cenário externo desafiador para os países desenvolvidos e outros emergentes, o que deixou o Brasil mais bem posicionado em termos competitivos”.

“Sorte” 3

“O governo deu sorte neste ano. Teve sorte externamente, por causa da piora fiscal do mundo, que ficou em uma situação muito mais complicada”, afirma Barros, em entrevista ao Metrópoles. “No cenário interno, o governo também deu sorte com a supersafra do agro, que salvou o primeiro semestre em termos de PIB. Não fosse a supersafra, teríamos um PIB muito pior neste ano. Então, podemos dizer que foi um misto de sorte com algumas medidas tomadas pelo governo que, se não são excelentes, são menos piores do que o mercado projetava no início do ano”. Ah, tá…risos…

“Sorte” 4

Já pensou se Lula tivesse sido eleito presidente em 2018, em vez de Bolsonaro? Como estaríamos hoje? Graças ao Sérgio Moro, o Brasil perdeu quatro anos de “sorte”. Azar de todos nós.

“Sorte” 5

Opera em alta o Ibovespa desta terça-feira, 19. O pregão será marcado pela repercussão da ata do Copom, divulgado antes da abertura do mercado, bem como decisões monetárias do Japão e indicadores econômicos da zona do euro.

“Sorte” 6

Às 8h, o Banco Central do Brasil divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que aconteceu entre terça e quarta-feira passada, e cortou em 0,5 ponto percentual (p.p.) a taxa básica de juros para 11,75%. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, antevêem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz o documento. Ou seja, a economia está bombando graças à “sorte” de Lula.

Lulismo X Bolsonarismo

Lira e Pacheco marcam jantares para fechar apoios para reeleiçãoA reviravolta institucional e política ocorrida no Brasil no último ano sugere que, se as forças progressistas e democráticas quiserem, estão reunidas as condições objetivas para que o bolsonarismo – e o que ele representa – seja reduzido ao mínimo desejável. A volta de Lula ao poder – e as conquistas do seu primeiro ano de mandato – , a derrota eleitoral e a inelegibilidade de Bolsonaro, a cassação de Deltan Dallagnol, a derrocada política – e moral – de Sergio Moro, o descrédito da Lava-Jato, as ascendências de Cristiano Zanin e Flávio Dino ao STF, os questionamentos sobre o papel da forças armadas e, sobretudo, o perfil garantista do Supremo Tribunal Federal, oferecem os elementos para que , os arroubos autoritários e radicais se mantenham controlados pelos limites institucionais da democracia. Resta saber o quanto as forças democráticas e progressistas estão organizadas – e interessadas – nisso.

Vai vendo, Brasil

Após o Senado aprovar a indicação de Flávio Dino ao STF, o senador bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO) apresentou um projeto na Casa para alterar a forma de escolha dos futuros ministros da Corte. Com uma leitura pouco convencional da Constituição Federal de 1988, a proposta do parlamentar tira o poder do presidente da República e dá apenas ao Senado o direito de indicar e aprovar ministros do Supremo. No projeto, o senador bolsonarista alega que a Constituição não especifica que cabe o presidente da República a indicação e que a “melhor leitura” seria de que a tarefa cabe aos senadores. Com certeza teríamos um Flávio Bolsonaro, com notório saber jurídico, como ministro do STF. Risos.

Violência

Nenhuma descrição de foto disponível.A criminalidade aumentou nos primeiros meses do governo Lula. Correto. A culpa é do Lula. Incorreto. O ex-presidente Bolsonaro é o grande responsável pela violência que hoje cai no colo de Lula. Foi Bolsonaro quem distribuiu milhões de armas à torto e à direita, caindo em mãos criminosas. Até gente de bem está envolvida em crimes com armas de grosso calibre, adquiridas nos anos passados. “Ah, mas o Lula não está combatendo”…está sim. O ainda ministro da Justiça, Flávio Dino, tem realizado um grande trabalho de apreensão de armas (aos milhares) das mãos da bandidagem.

Em alta

Conheça as 10 carreiras que estão em alta no mercado de trabalho | Guia do EstudanteLula, Alexandre de Moraes, Randolphe Rodrigues, Sid Orleans, Nelson Canedo, Fátima Cleide, Flávio Dino, Fernando Haddad, Vinícius Miguel, Gil do Vigor, Jesualdo Pires, Confúcio Moura, Miguel Mônico, Raduan Miguel Filho, Guilherme Boulos, Fabiano Cantarato, Renan Calheiros, Erika Hildon…

Em baixa

20 profissões em baixa, segundo recrutadores | ExameRenato Cariani, Marcelinho Carioca, coronel Chrisóstomo, Sílvia Cristina, Fernando Máximo, Carlinhos Maia, Alan Queiroz, Anselmo de Jesus, Milei, Bolsonaro (toda a família), Arthur Lira, Eduardo Girão, Nikole, Bibo Nunes, Tarcísio Freitas, Magno Malta…

Chico Mendes

Há 35 anos, morria Chico Mendes, brutalmente assassinado por grileiros de terras no Acre. A história e legado de Chico Mendes reverberam Brasil afora como símbolo de luta e resistência. Em celebração ao nosso Herói Nacional será realizada a Semana Chico Mendes – entre os dias 15 a 22 de dezembro – datas de nascimento e morte de Chico. Neste ano, com o tema: “Empate de Retomada”, as atividades acontecem nos municípios de Xapuri, Assis Brasil, Epitaciolândia e Rio Branco. Na pauta, teremos temas como Justiça Climática e O Esperançar de um Novo Futuro, assim sonharemos e esperançaremos – como Chico sonhou e esperançou. O encontro, organizado pelo Comitê Chico Mendes, contará com a presença de diversas organizações, lideranças, estudantes, indígenas, extrativistas, quilombolas e ativistas socioambientais, para fortalecer a Aliança dos Povos da Floresta e levantar bandeiras rumo a um Empate de Retomada.

Betinho

Excelente a série da Globoplay, “Betinho, no fio da navalha”, sobre o criador do Ação Cidadania, em 1993. Mesmo com Aids (pegou por ser hemofílico), Betinho mobilizou a sociedade para a missão de tirar 32 milhões de pessoas da fome. Até hoje, principalmente no Natal, o Ação Cidadania é atuante.

Melei a Argentina

O novo presidente da Argentina, Javier Milei (Liberdade Carajo), não deverá durar muito no cargo. Em pouco mais de uma semana no cargo, já foi vaiado por alguns de seus eleitores que já estão satisfeitos. O mote de campanha “liberdade, carajo”, não passou de enganação. As primeiras medidas do presidente argentino foram proibir manifestações. Logo contra quem, argentino que nem gosta de se manifestar. Risos.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político.

Informações para a coluna:  [email protected]

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