COLUNA ZONA FRANCA

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Dias sangrentos

Deputado estadual Rodrigo Amorim (PL-RJ), promoveu ataques contra Freixo

O presidente Bolsonaro (PL) já deu o tom de como será e como quer a campanha eleitoral de 2022: tensa, violenta e imprevisível. Além da morte do petista Marcelo Arruda, de Foz de Iguaçu, assassinado por um confesso bolsonarista, no sábado o pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB) sofreu ataques de políticos bolsonaristas e castristas. Sobre esses ataques, o criminalista Kakay disse: “a intimidação nos coloca num impasse: como reagir sem entrar no jogo da violência?”. Lula também se manifestou, claro: “não vamos aceitar provocação, mas não vamos entrar no jogo violento deles”.

Dias sangrentos 2

O psicanalista Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho foi chocante e abre a preocupação de que abra uma série de atentados. “É um crime político, mas o assassino de Foz é também vítima do discurso de ódio. Nosso grande desafio não é só a deposição de Bolsonaro, mas a reversão de um discurso que chamamos de bolsonarismo. Ele foi tomado pelo discurso do mito. Ele vai para a cadeia, mas foi também manipulado”, diz ele.

Culpa da mídia

 Professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Cláudio Couto, em entrevista à TV 247, apontou a responsabilidade da imprensa tradicional pela ascensão de Jair Bolsonaro (PL) e pela produção do ódio e violência política. A “caricatura” da esquerda e do PT fabricada pela mídia hegemônica fabricou, por sua vez, o ódio político, segundo Couto. “Há uma estigmatização que foi feita da esquerda e do PT desde pelo menos o episódio do Mensalão que foi imputando ao partido a pecha de ser o criador da corrupção do Brasil, como se só ali houvesse corrupção, o que é, evidentemente, uma caricatura da realidade. Só que é uma caricatura da realidade que tem consequências, porque produziu um ódio político impressionante”.

Culpa da mídia 2

Ao mesmo tempo em que demonizava a esquerda, a imprensa tradicional, na ocasião da eleição presidencial de 2018, normalizou Bolsonaro, tratando-o apenas como um candidato “conservador”, destacou o professor Cláudio Couto. “O Bolsonaro foi normalizado. A gente viu órgãos de mídia da grande imprensa que se recusavam terminantemente a chamar o Bolsonaro pelo seu nome, pelo que ele é, ou seja, um extremista, um candidato de extrema direita. Se colocava às vezes ‘candidato conservador’, como se ele fosse um conservador ao estilo [Winston] Churchill. A gente está falando de uma coisa muito diferente. Chamar alguém assim de conservador, candidato de direita, não chamá-lo pelo que ele era, um candidato de extrema-direita, já foi um grande erro, porque foi normalizando o Bolsonaro. Foi dando a ele um espaço para que ele se colocasse apenas como mais um candidato dentre todos os outros. Creio que agora para muito gente na grande imprensa está caindo a ficha”.

Clubes de tiro

A maioria absoluta dos clubes de tiro é ligada a bolsonaristas. Durante o governo Bolsonaro, quase um clube de tiro foi aberto por dia no Brasil. Segundo números cedidos pelo Exército, há 2.061 clubes de tiros em atividade no país, e quase metade (1.006) foi fundada de janeiro de 2019 até maio de 2022. Em contrapartida, o Brasil perdeu 764 bibliotecas públicas.

Clubes de tiro 2

O estado de Rondônia aparece em segundo lugar do ranking de clubes de tiro por milhão de habitantes segundo levantamento feito pelo UOL, perdendo apenas para Santa Catarina. Pertencer a um clube de tiro legaliza a atividade de atirador esportivo e dessa maneira credencia a pessoa a comprar várias armas e muita munição.

Eleições, Rondônia

Rondônia não tem histórico de violência em eleições, exceto ao ocorrido em 16 de outubro de 1990, quando o então candidato ao governo Olavo Pires (PTB), foi brutalmente assassinado quando ia disputar o segundo turno com Valdir Raupp (MDB). De lá para cá não houve nenhuma violência em períodos eleitorais de destaque, a não ser casos isolados no interior do estado.

Eleições, Rondônia 2

Vinícius Miguel (PSB)

Nestas eleições concorrem até candidatos com bíblia debaixo do braço. Dois evangélicos, Marcos Rocha (União Brasil) e Marcos Rogério (PL), conservadores e defensores de armas. Léo Moraes (Podemos) e Vinícius Miguel (PSB-Frente Democrática), são católicos. Presume-se que teremos em Rondônia uma eleição limpa.

Convenções

Alguns partidos já marcaram suas convenções que iniciam no próximo dia 20, com o PSC que vai apoiar a reeleição de Marcos Rocha (União Brasil). O partido do governador faz convenção dia 24 de julho. Dia 31 será a vez da Frente Democrática (PT, PSB, PCdoB, PV, Rede, PSOL e Solidariedade).

Mais médico

Mais um médico rondoniense vai disputar as eleições deste ano. Para deputado federal, o pré-candidato Dr. Marcílio (Podemos), da região de Pimenta Bueno, chega forte e determinado:  “Chega de descaso com a saúde dos municípios do interior. Precisamos de leitos e não de ambulâncias!”. Dr. Marcílio defende a construção de mais hospitais no interior de Rondônia, especialmente em Pimenta Bueno.

Pré-candidatos a deputado estadual 

Terrinha (PDT), homem do povo

Maria Leonice Tupari (Rede), Terrinha (PDT), Estenio Junior (PSDB), Adriana Martins (PL), Dra Taíssa (PSC), Zequinha Araújo (MDB), Ayrton Gurgacz (PDT), Claudia de Jesus (PT-Ji-Paraná), Caê Aires Moura (PSB), Cida do PT (Pimenta Bueno), Léo Simão (PT-Cacoal), Gilvana do Sindur (PT-PVH), Hermínio Coelho (PT-PVH), Lionilda do Sintero (PT-Cacoal), Lula do Assentamento (PT-Alto Alegre), Sid Orleans (PT-PVH), Vandeir do MPA (PT-Nova União), Daniel Barbosa (PT-Alta Floresta), Professora Lílian Ferreira (PT-G. Mirim), Francimar (PT-PVH),  Janilto (PT-P. Bueno), Joelson Chaves de Queiroz (PCdoB), Josué Shockness (PCdoB)e Alexandra Batista da Costa (PCdoB).

Pré-candidatos a deputado federal

Elias, Rezende, primeiro filho de Rondônia a dirigir o DER-RO. Pré-candidato a deputado Federal, homem trabalhador tem muito a contribuir com o Estado de Rondônia lá em Brasília, já fez muito por Rondônia frente ao DER e fará muito mais.
Fátima Cleide (PT)

Para deputado  federal, são esses alguns dos pré-candidatos: Fátima Cleide (PT-PVH),  Alessandra Lunas (PT-PVH) e Gervano Vicent (PT-M. Andreazza); Samuel Costa (PCdoB), João Cerqueira de Souza (PCdoB), Maria Penha da Silveira (PCdoB), Elias Rezende (União Brasil), Dr. Marcilio (Podemos), Rosângela Hilário (PDT-Porto Velho), Thiago Flores (MDB), Maria Simões (PL), Luiz Cláudio (PL) e Almir Suruí (PDT). 

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