CNN troca o termo ‘mulheres’ por ‘indivíduos com colo de útero’ em nome da ideologia de gênero

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Nos Estados Unidos, na quinta-feira (30), o canal CNN escreveu uma matéria sobre a recomendação da American Cancer Society, de que as mulheres precisam passar por exames de câncer do colo do útero aos 25 anos, em vez de 21. Contudo, tratou de apagar em todo o texto qualquer palavra que remeta ao sexo feminino. Usou, no lugar, a expressão genérica “indivíduos com colo do útero”.

Com esta redação, a CNN adota a diretiva da Associação de Jornalistas Trans dos EUA, que recomenda o uso de expressões neutras de gênero quando se for referir ao sexo masculino ou feminino.

Eis um trecho do guia da associação:

“Isso é particularmente prevalente quando se escreve sobre saúde masculina e saúde feminina’. Considere se esse enquadramento é inclusivo. Quando você escreve a palavra mulheres, você inclui mulheres trans? Aplica-se a pessoas não binárias e homens trans? A maioria dos relatos sobre saúde de acordo com o sexo negligencia as pessoas trans e equivale incorretamente a anatomia ao gênero. Em vez de simplesmente escrever ‘homens’ ou ‘mulheres’, considere quem afeta o problema que você está escrevendo – por exemplo: pessoas com ovários, pessoas com próstata, pessoas que podem engravidar. Em alguns casos, a resposta não é clara imediatamente e pode ser necessário consultar um especialista. Se você não conseguir encontrar uma resposta clara, pode usar ‘homens/mulheres cis e algumas pessoas intersexuais e trans”.

Outro grupo que demanda a servidão da língua à ideologia progressista é o Human Rights Campaign (HRC), que elaborou o guia em que “redefiniu partes básicas do corpo biológico sob o pretexto de inclusão, privando efetivamente as mulheres de sua própria biologia e atribuindo-a aos homens biológicos”, conforme reportou o Breitbart.

A ideologia de gênero é mais uma faceta dos progressistas. Segundo ela, o sexo biológico (masculino e feminino) não define o gênero de ninguém. As pessoas podem “trocar de gênero” a qualquer momento da vida, seja com mutilações corporais ou ingestão de hormônios, seja simplesmente considerando a si mesmas como do sexo oposto ao do nascimento.

O professor e filósofo Olavo de Carvalho já alertara sobre essa “animalização da linguagem”“No penúltimo estágio da degradação cultural, a linguagem perde toda referência aos objetos de experiência e se reduz a um conjunto de sinais de reconhecimento grupal. O que as pessoas dizem já não tem nada a ver com fatos e coisas de um ‘mundo’ objetivo, mas expressa apenas o reflexo de simpatia ou antipatia com que os membros de um grupo distinguem os ‘de dentro’ e os ‘de fora’”.

“O último estágio atinge-se quando esse tipo de comunicação se alastra para fora das conversações banais e debates de botequim e invade a esfera da linguagem ‘culta’ dos jornais, dos debates parlamentares e das teses acadêmicas”, completou o filósofo.

 

Fonte: Terça Livre