Centro Universitário lança as primeiras graduações de jornalista a distância do país

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Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em 2015, somente 39,9% dos municípios brasileiros possuem unidades de ensino superior em seu território. Ainda é pouco, mas uma década atrás a porcentagem era a metade disso, 19,6%. Um dos fatores para esse crescimento é a expansão do ensino a distância, que gera oportunidades à população que reside no interior e não tem acesso fácil a cursos superiores.

Esta é a realidade do estudante Bruno Fernandes, 19 anos, que mora em Lavras do Sul (RS), onde não há nenhuma instituição de ensino superior. “Para fazer a graduação tenho que ir até Caçapava, que fica a 61 quilômetros. Mas, apesar do acesso, até hoje não consegui fazer o curso de Jornalismo que eu queria, pois a opção mais próxima está em Bagé, a 71 quilômetros. Fica inviável trabalhar aqui e fazer um curso presencial realizando este deslocamento todos os dias”, conta.

De acordo com o reitor do Centro Universitário Internacional Uninter, Benhur Gaio, muitos brasileiros vivem a mesma realidade do estudante. “Já lançamos cursos de Educação Física, Engenharia Elétrica, da Computação e da Produção a distância, que surpreenderam o mercado pelas soluções encontradas para as atividades práticas. Agora vamos fazer o mesmo para as graduações em Jornalismo e em Publicidade e Propaganda”, destaca.

Pioneira, a Uninter lança as primeiras graduações a distância de Jornalismo (com duração de quatro anos), e de Publicidade e Propaganda (de três anos e meio). “Em Curitiba, já oferecemos estes cursos presenciais. Com a oferta a distância para todo o Brasil, os alunos têm acesso à mesma grade curricular e aos mesmos professores”, explica o reitor. Para resolver a questão dos laboratórios e da prática, os futuros jornalistas e publicitários terão acesso ao pacote Adobe Creative Cloud com mais de 30 softwares disponíveis e equipamentos como câmera fotográfica, filmadora digital, tripé e gravador de voz. “Tudo isso eles podem usar em casa, não é preciso ir até o polo de apoio presencial para pegar uma câmera, por exemplo, pois o aluno ganha um kit completo no segundo ano do curso”, afirma.

Animado com a novidade, Fernandes já planeja a transferência de curso. “Tentei fazer Marketing, desisti e fui para Letras, mas não era realmente minha vocação. Tranquei o curso e estou em processo de transferência para Jornalismo, finalmente vou fazer o que eu sonhei desde criança”, conta o estudante que já trabalha na área de Comunicação.

Em Minas Gerais, o microempresário Alan Ribeiro também quer garantir uma vaga no novo curso. “Trabalho com a oferta de serviços de Marketing e Comunicação para pequenos negócios em Sete Lagoas (MG). Com esse curso vou conseguir aprimorar os serviços da minha empresa. Quero entender como funciona uma assessoria de imprensa e crescer como profissional”, explica. Ribeiro ainda destaca que o município onde mora tem faculdades, mas nenhuma oferece o curso de Jornalismo. “Sem a oferta do curso a distância eu teria que viajar todo dia para Belo Horizonte durante os quatro anos da graduação”, finaliza.

As inscrições para o vestibular já estão abertas e as aulas começam em fevereiro.