Caso raro: mulher grávida tem uma bebê viva e outra morta na barriga

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“Tenho na barriga uma bebê viva e outra morta, nesta terça-feira vou conhecer uma filha viva e outra sem vida.” Essa é a declaração da nutricionista Thaiana Loena Fraga, de 29 anos, grávida de gêmeos, que há quase dois meses leva a gestação com um dos fetos sem vida em sua barriga. Ela é vítima de uma síndrome rara, chamada Transfusão Feto-Fetal (STFF).

O sonho de ser mãe de gêmeas foi interrompido pelo diagnóstico. Thaiana seria mãe de Maria Alice e Maria Holoísa, porém aos 6 meses de gestação ela descobriu a síndrome, que segundo os médicos acontece quando um dos fetos passa a “doar” sangue para o outro e fica anêmico. O receptor, por sua vez, recebe muito sangue elevando a produção de líquido amniótico, o que sobrecarrega o coração e tirou a vida de Maria Heloísa.

A notícia veio no fim de novembro de 2021, após exames de rotinas de uma gravidez tranquila. Ela sabia que gestação gemelar univitelina, em apenas uma placenta, poderia haver complicações, mas não sabia que poderia ser fatal. Com isso, Thaiana precisou ir para Campinas (SP) para realizar uma intervenção cirúrgica e tentar salvar os bebês.

“Tudo aconteceu muito rápido, descobrimos que os cordões umbilicais se uniram e uma das bebês estava sugando o sangue da outra, o coração não dava conta. Fomos para Campinas para cauterizar onde ocorria essa ligação entre elas. A única alternativa era a cirurgia, tinha 55% de chance das duas sobreviveram, e eu me agarrei nisso”, relatou ao G1.

Um bebê sem vida

Thaiana, passou por uma cirurgia em tentativa de manter ambas as filhas vivas. Todavia, o obstetra constatou que uma delas já estava sem batimento cardíaco ainda no útero. A mãe não esconde que é muito doloroso saber que ao dar à luz, em uma cesárea marcada para esta terça-feira (25/1), Maria Alice vai nascer viva, mas a irmãzinha, Maria Heloísa não.

“O coraçãozinho dela já tinha parado de bater, a Maria Heloísa estava com insuficiência cardíaca. Mantemos as duas na minha barriga porque a placenta ainda tem bastante líquido e está sendo possível manter apenas uma viva sem que haja risco de infecção”, lamentou.

A nutricionista relata que em meio a alegria de segurar sua filha no colo, também viverá momentos de luto e tristeza. Afinal, ela terá que preparar o enterro da que não sobreviveu.
Tratamentos

Devido a cirurgia, exames e viagem, a família gastou mais de R$ 80 mil no tratamento. Para ajudar nas despesas, a família conta com ajuda, e está promovendo a rifa de uma TV de 50 polegadas ao custo de R$ 30,00. Neste momento difícil, Thaiana pede que as pessoas se solidarizem com sua história.

 

Fonte: Metrópoles