Candidatos a prefeito de Porto Velho apostam nas redes sociais para massificar o nome

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Na disputa pelos votos, o vale tudo dos candidatos a prefeitura de Porto Velho, começou a esquentar com uma semana de campanha. O ringue, agora, são as redes sociais e o termômetro, os “likes” dos eleitores. Além das alfinetadas aos adversários, eles tentam ganhar a simpatia dos internautas com mensagens inspiradoras, memes engraçados, torcida pelos atletas olímpicos e lives no Facebook. Em épocas de vacas magras e o aperto da Lei eleitoral contra doações de empresas e o curto tempo de campanha, 45 dias, estão tornando as redes sociais o principal meio de comunicações dos candidatos a prefeito de Porto Velho, com destaque para o mais jovem deles, Léo Moraes (PTB) que já vinha utilizando a internet para se comunicar com o eleitor. Nestas eleições, Léo Moraes montou um QG para as redes sociais: monitora, cria, divulga e interage.

O candidato Williames Pimentel (PMDB) também entrou na onda, mas um pouco tarde e está menos presentes do que outros candidatos.
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Roberto Sobrinho (PT) também intensifica campanha pelas redes sociais, recebendo bastantes “curtidas” e comentários positivos.
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Mauro Nazif (PSB), o prefeito que disputa reeleição, está com uma mega equipe trabalhando o visual nas redes sociais.
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Hildon Chaves (PSDB), novato em tudo, engatinha as redes sociais mostrando a cara, pois é pouco conhecido. Precisa intensificar mais.
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Ribamar Araújo (PR) está com uma presença tímida nas redes sociais, limitando-se a informes sobre a campanha dele.
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Candidatos tem que se proteger contra notícias falsas’

Professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e coordenador do projeto “Conexão eleitoral”, Michael Mohallem afirma que o uso das redes sociais será intensificado nessas eleições e destacou a importância do WhatsApp:

— Primeiro, porque a campanha terá que ser feita com menos recursos e as redes são mais baratas do que a TV. E também porque só doações de pessoas físicas serão aceitas. Então, as redes serão usadas para pedir dinheiro e levar o eleitor até o site dos candidatos para fazer o repasse. O WhatsApp também é uma ferramenta útil, pois eleitores podem compartilhar o material. Mas candidatos só podem mandar mensagens para quem solicitou. Caso contrário, podem ser denunciados ao MP eleitoral.

Sobre as alfinetadas dos candidatos, o professor explica que o uso difamatório é proibido pela lei eleitoral.
— Mas acontece e os boatos acabam viralizando. O candidato precisa ser rápido em desmentir as notícias falsas — diz.

Mesmo com a relevância das redes sociais, Mohallem garante que a TV ainda é o principal mecanismo:
— Mas a participação do eleitor na TV é passiva. Nas redes, ele pode dar a sua opinião e influenciar outras pessoas. Mas é preciso lembrar que elas podem passar a impressão errada. Os algoritmos do Facebook, por exemplo, restringem a cerca de 5% a quantidade de amigos e seguidores que veem uma postagem. Para que todos vissem, o candidato teria que pagar e isso é proibido pela lei eleitoral.

Mais RO com Extra/Globo